Ata do Copom, IPCA, resultados de bancos e varejistas: o que acompanhar na semana

Tudo o que o investidor precisa saber antes de operar na semana

Mitchel Diniz

(Shutterstock)

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Depois de acompanhar mais uma alta na taxa Selic, para o maior patamar em cinco anos, os investidores vão olhar com atenção para a ata da reunião em que a decisão foi tomada. A ata do último encontro do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) será divulgada na terça-feira (9), antes da abertura da Bolsa.

“Por enquanto, esperamos que o comitê deixe a taxa inalterada no encontro de setembro, encerrando o ciclo de alta em 13,75% ao ano”, escreveu Mario Mesquita, economista-chefe do Itaú. No comunicado que acompanhou a última decisão, porém, o Copom deixou a porta aberta para uma alta residual, de 25 pontos base, e estendeu o horizonte de convergência da inflação para 2024.

“Foi uma decisão acertada, levando em conta a magnitude dos choques que se abateram sobre a economia”, disse Mesquita.

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Também na terça-feira será divulgado o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) referente ao mês de julho. O Itaú espera uma deflação de 0,61%, levando a taxa anual para 10,1% (de 11,9% em junho).

“A leitura deve mostrar deflação da energia elétrica e combustível, com a redução de impostos impactando em resultado em mais de 120 pontos base. Por outro lado, alimentação em casa segue sob pressão (especialmente leite). A inflação de serviços subjacentes, como alimentação fora de casa e aluguel, deve se manter em níveis elevados, enquanto a inflação de bens deve seguir mostrando desaceleração na margem”, disse o economista do Itaú.

” Ao mesmo tempo, as medidas de núcleo devem seguir pressionadas, sobretudo pela inflação de serviços”, diz análise do Bradesco.

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Na agenda de indicadores da economia brasileira, as vendas do varejo, referentes a junho, saem na quarta-feira (10). O Itaú prevê uma retração de 1,5% no núcleo do índice em relação a maio. Para o índice amplo, que inclui veículos e material de construção, esperamos um recuo de 1,3% na margem.

Na quinta-feira (11) é a vez do número do setor de serviços. “Prevemos um crescimento mensal de 0,5%, com o componente de serviços para o lar crescendo 1% na margem”, diz o economista do Itaú.

Destaques da agenda internacional

Dados de atividade e inflação também são destaque nos Estados Unidos, China e Europa. Na quarta-feira, tem o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA. “O índice deve apresentar uma acomodação, com queda dos preços de combustíveis”, diz uma breve análise do Bradesco. Na média das projeções do consenso Refinitiv, o CPI de registrar avanço de 0,2% em julho, na comparação com junho.

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Na quinta-feira é a vez do índice de preços ao produtor (PPI) e a média das projeções do mercado aponta para uma alta mensal de 0,3% em julho na comparação com o mês anterior. Nos dois casos, os analistas estão prevendo uma desaceleração para os índices.

Na Ásia, os índices de preços da China e no Japão saem na terça-feira (9) à noite. Na Europa, os dados estão concentrados na reta final da semana, com PIB do Reino Unido e produção industrial da zona do euro previstos para sexta-feira (12).

Temporada de balanços chega ao ápice

A agenda de resultados corporativos da semana está turbinada – são dezenas de balanços por dia. Destaque para os bancos, com os números de Banco do Brasil (BBAS3) e Itaú (ITUB4). É nesta semana também que saem os resultados de Magazine Luiza (MGLU3) e Via (VIIA3).

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Confira abaixo o calendário dos próximos dias, e a agenda completa da temporada aqui.

Segunda-feira (08/08)

Terça-feira (09/08)

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Quarta-feira (10/08)

Quinta-feira (11/08)

Sexta-feira (12/08)

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Mitchel Diniz

Repórter de Mercados