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Liderar é para quem sabe desafiar limites

Estratégia só faz sentido se muito bem alimentada por um combustível que une a capacidade de ouvir demandas dos consumidores a inovações
Por  Antonio Quintas -
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

O que faz uma empresa chegar à liderança de um mercado? Ou, talvez, a pergunta mais relevante seja: como manter-se na liderança depois de conquistá-la? Claro que as respostas vão variar de acordo as particularidades de cada segmento, mas quando falamos de inovação e tecnologia, há pelo menos três elementos presentes nas estratégias de empresas que experimentam a liderança: desafiar limites, tomar riscos e quebrar paradigmas.

Olhar para o mercado de smartphones é um bom exercício para entender como esses três aspectos estão presentes. Ao longo da última década, foi um dos segmentos que mais cresceu e impactou as nossas vidas. Só em 2021, segundo dados do Mobile Phone Tracker, da consultoria IDC, foram mais de 1,3 bilhão de dispositivos vendidos globalmente.

Mas o maior avanço se deu com o ganho de novas funcionalidades. O smartphone abriu caminho para novas indústrias digitais – trabalho remoto, educação, entretenimento, saúde e bem-estar. Hoje, nos permite capturar, explorar e comunicar com qualquer pessoa, em qualquer lugar, com o toque de um dedo.

A reinvenção constante desse mercado só ocorre porque há empresas dispostas a desafiar limites, correr riscos e quebrar paradigmas. Aquelas que ajudaram a transformar o smartphone no centro digital de nossas vidas prosperaram. É justamente isso que nos move a seguir inovando e temos alguns exemplos que mostram como estivemos presentes em grandes mudanças desse mercado.

Um bom exercício é olhar para a atual geração de nossos smartphones da categoria premium. Ela é resultado de uma série de decisões que tomamos ao longo dos últimos anos e que, em muitos casos, foram consideradas como movimentos pouco óbvios pelo mercado. A tela grande por exemplo, foi introduzida em nossos smartphones em 2011.

Na época, o padrão para o tamanho dos displays de dispositivos premium era de pouco mais de 4 polegadas. Em pouco tempo o consumidor abraçou a ideia e telas com mais de 6 polegadas hoje viraram o padrão.

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Outros fatores que hoje são considerados essenciais em smartphones premium, como as câmeras de nível profissional e os recursos de produtividade, também nasceram como ferramentas voltadas a certos nichos de usuários e acabaram tornando-se padrão para o mercado.

Também assumimos o risco de quebrar os paradigmas do formato dos dispositivos, num esforço de se reinventar dentro de um mercado consolidado. Em 2019, apresentamos os smartphones dobráveis. Esses dispositivos, por mais curiosidade que despertassem, eram vistos com ceticismo por parte do mercado.

Mas o que assistimos com todas as possibilidades de uso que nasceram com esse tipo de smartphone foi a rápida evolução de um mercado de nicho para o segmento mainstream. Segundo dados da consultoria Strategy Analytics, o mercado de dobráveis triplicou de tamanho em 2021.

Destaco também como a liderança em tecnologia e inovação foi responsável por mudar um hábito tão antigo quanto fazer pagamentos. A pergunta “é por aproximação?”, cada vez mais comum hoje, poderia soar até constrangedora quando lançamos os primeiros smartphones compatíveis com pagamento por aproximação, em 2016.

Mas sabíamos que era o início de uma revolução, que hoje está em pleno curso no Brasil. Segundo dados da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), o pagamento por aproximação cresceu 384,6% em 2021, somando R$ 198,9 bilhões em compras. No fim de 2021, uma em cada quatro transações presenciais com cartões de crédito são feitas aproximação. A expectativa é que até o fim de 2022, em torno de metade das transações presenciais seja feita por meio dessa tecnologia.

Por fim, vale reforçar a mensagem de que liderar também é saber dar exemplos concretos em questões de emergência para o mundo, como a sustentabilidade. O lixo proveniente da pesca é um dos principais poluentes dos oceanos. Todos os anos, cerca de 640.000 toneladas de redes de pesca são descartadas no mar.

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A partir de 2022, estamos incorporando em algumas linhas de dispositivos móveis um material plástico produzido a partir de redes de pesca que seriam descartadas no mar. Junta-se a essa iniciativa o compromisso de usar material reciclado em substituição aos plásticos nas embalagens até 2025, num conjunto de ações presentes no nosso compromisso Galaxy for the Planet, anunciado em 2021.

Desafiar limites, tomar riscos e quebrar paradigmas são estratégias que só fazem sentido se muito bem alimentadas por um combustível que une a capacidade de ouvir as demandas dos consumidores a inovações obtidas por meio de investimentos em pesquisa e desenvolvimento. Trouxemos já no ano passado o maior portfólio de smartphones 5G no Brasil mesmo antes de boa parte das pessoas saber do que se tratava a tecnologia. Nossa experiência como líder mostra que o segredo está em saber dosar esses dois mundos.

Antonio Quintas É vice-presidente da divisão de dispositivos móveis da Samsung Brasil e tem mais de 30 anos de experiência no mercado de tecnologia. Na Samsung há mais de 7 anos, o executivo lidera a estratégia de negócios de smartphones, tablets, notebooks e wearables

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