Fechar Ads

Em previdência, vale a pena investir em FIDCs?

Inclusão de FIDCs contribui para rentabilidade e estabilidade das carteiras
Por  Rafael Burquim -
info_outline

Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

Nos primeiros meses do ano, é comum que os investidores reflitam sobre as suas alocações previdenciárias, visando aproveitar os benefícios tributários dessas aplicações. Proteção e rentabilidade são fatores decisivos quando se fala de estratégia de longo prazo voltada para essa modalidade de investimento. E são exatamente essas características que os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) oferecem.

Considerando que o investidor brasileiro tem um perfil médio mais conservador e gosta de aplicações com baixa volatilidade e retornos consistentes, diversificar o seu portfólio de previdência com segurança pode ser um caminho promissor, considerando os possíveis desafios do horizonte de longo prazo. Nesse contexto, os FIDCs surgem como um componente estratégico para carteiras previdenciárias.

Os FIDCs se apropriam de parte do spread de crédito praticado na economia real. Esse spread de crédito é a diferença entre os juros dos empréstimos e a taxa de juros oficial, a Selic. Assim, os rendimentos dos investimentos dos fundos previdenciários ficam mais próximos das taxas de juros reais, superando o CDI, mantendo volatilidade baixa e melhorando a performance das carteiras com objetivos de longo prazo.

Pela norma do setor, é permitida uma alocação de até 25% em FIDCs em um fundo previdenciário. O processo de alocação é constituído por três pilares: identificação do ativo; construção do portfólio com base na relação retorno e liquidez; e o monitoramento das carteiras, que visa resguardar e antecipar situações que possam trazer eventuais riscos ao portfólio.

Assim, utilizamos atributos dos FIDCs em uma carteira diversificada, com objetivos de longo prazo e combinados com outros ativos de renda fixa. A escolha dos ativos vem de processos de análise e monitoramento, criados a partir da experiência de uma equipe de análise de risco de mercado e crédito. Isso significa que o risco é controlado e diluído por meio da mescla com outros ativos de crédito e renda fixa rentáveis.

Contudo, o fundo previdenciário da Solis, por exemplo, hoje é destinado somente a investidores qualificados, aqueles que possuem pelo menos R$ 1 milhão em investimentos financeiros. Agora, após a entrada em vigor da nova norma de fundos, estamos otimistas na oferta desse tipo de investimento para o público em geral. Em breve, com a orientação adequada por um profissional de investimentos, o investidor de menor porte também poderá e beneficiar das vantagens dos FIDCs, diversificando e agregando valor ao seu portfólio.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Rafael Burquim Sócio, co-fundador e gestor de fundos de renda fixa, risco de mercado e créditos líquidos da Solis Investimentos

Compartilhe

Mais de Opinião - Especialistas convidados