Em linha com o mercado, Ifix fecha sessão com queda de 0,20%; FII HGFF11 é destaque de alta

O fundo CSHG FoF (HGFF11) foi o destaque na lista das maiores altas do dia, com elevação de 2,84%

Wellington Carvalho

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O IFIX — que reúne os fundos imobiliários mais negociados da Bolsa — fechou a sessão desta quinta-feira (5) com queda de 0,20%, aos 2.782 pontos. Na sessão anterior, o índice fechou com baixa de 0,25%. O fundo CSHG FoF (HGFF11) foi o destaque na lista das maiores altas do dia, com elevação de 2,84%. Confira os demais destaques de hoje ao longo do Central de FIIs.

A Ativa Investimentos passou a recomendar a compra do Hectare CE (HCTR11), que caiu mais de 8% em abril, maior queda entre os fundos imobiliários no mês passado. Para a corretora, não há nenhum problema operacional com o Hectare.

Com mais de 170 mil cotistas e um patrimônio líquido de quase R$ 2,5 bilhões, o Hectare é um fundo do tipo “papel”, que investe em títulos de renda fixa do mercado imobiliário indexados a índices de inflação ou ao CDI (certificado de depósito interbancário). Mais de 70% do portfólio é composto por certificados de recebíveis imobiliários (CRI), instrumento usado por empresas do setor para captar recursos.

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Na prática, as companhias do setor imobiliário “empacotam” receitas futuras que têm para receber — como aluguéis ou parcelas pela venda de apartamentos, por exemplo — em um título (o CRI) que é vendido aos investidores. Em geral, o CRI embute um rendimento prefixado e também a correção por um indicador, que normalmente é a taxa do CDI ou o IPCA.

Nas últimas semanas, o Hectare foi questionado por supostamente investir em CRIs de empreendimentos que teria participação. Para analistas, a dupla exposição representaria uma operação onde o fundo captaria recursos para emprestar para ele mesmo.

A possibilidade de um eventual conflito de interesse levou as cotas do fundo a uma queda de mais de 16% em quatro sessões. Após divulgação do relatório gerencial da carteira — que negou irregularidades nas operações da carteira — os papéis do Hectare recuperaram parte das perdas do mês.

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Em maio, o fundo passou a fazer parte da carteira recomendada da Ativa Investimentos, que não compartilha da preocupação recente de parte dos analistas.

“Não vemos nenhum problema operacional em relação à carteira do Hectare que justifique as recentes quedas para o atual patamar de preço”, pontua o documento.

De acordo com o relatório, as cotas do Hectare estão sendo negociadas com um desconto maior do que o de fundos similares – 12% – e há expectativa de aumento nos dividendos este mês.

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Maiores altas desta quinta-feira (5)

Ticker Nome Setor Variação (%)
HGFF11 CSHG FoF Títulos e Val. Mob. 2,84
RZAK11 Riza Akin Títulos e Val. Mob. 2,1
HGRE11 CSHG Real Estate Lajes Corporativas 1,94
HSAF11  HSI Ativos Financeiros Títulos e Val. Mob. 1,34
MALL11 Malls Brasil Plural Shoppings 1,29

Maiores baixas desta quinta-feira (5):

Ticker Nome Setor Variação (%)
CARE11 Brazilian Graveyard and Death Care Outros -3,15
JSRE11 JS Real Estate Híbrido -2,76
VISC11 Vinci Shopping Centers Shoppings -2,61
[ativo=NCHB11] NCH High Yield Títulos e Val. Mob. -2,5
XPPR11 XP Properties Outros -2,3

Fonte: B3

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Desdobramento das cotas do XP Selection; mudança na gestão do General Shopping e Outlets

Confira as últimas informações divulgadas por fundos imobiliários em fatos relevantes:

XP Selection ( XPSF11) aprova desdobramento das cotas

A Assembleia Geral Ordinária Extraordinária do XP Selection aprovou o desdobramento das cotas do fundo, de acordo com fato relevante divulgado nesta quarta-feira (4).

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Segundo o documento, cada uma das cotas da carteira será convertida em dez novos papéis.

As cotas desdobradas começarão a ser negociadas na B3 na sessão desta sexta-feira (6) e oferecerão aos titulares os mesmos direitos previamente existentes.

No fechamento do mercado nesta quarta-feira (4), as cotas do XP Selection foram negociadas a R$ 72,78, com queda de 1,23%.

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Em coluna no InfoMoney, Marcos Baroni, da Suno Research, fala sobre a tendência de os fundos imobiliários adotarem valores de cotas cada vez mais acessíveis ao investidor.

Genesis Capital deixa gestão do General Shopping e Outlets (GSFI11)

O FII General Shopping e Outlets do Brasil anunciou, nesta quarta-feira (4), a renúncia da Genesis Capital ao exercício das funções de gestora do fundo.

A empresa seguirá na gestão do fundo até a definição de um novo prestador de serviço. Depois, a Genesis Capital seguirá apenas como consultora imobiliária da carteira.

No mês passado, o General Shopping e Outlets do Brasil adquiriu 49% do Outlet Premium Grande São Paulo, localizado na cidade de Itaquaquecetuba (SP).

De acordo com o documento, o valor da aquisição ficou em R$ 152 milhões, o que representa R$ 18,7 mil o metro quadrado.

Após a aquisição, o portfólio do fundo passou a ser composto por 9 ativos, sendo 5 outlets e 4 shoppings tradicionais, totalizando uma área bruta locável (ABL) própria de 124 mil metros quadrados.

Giro Imobiliário: como ficam os FIIs com mais um aumento da Selic

Selic a 12,75% ao ano: como investir? Títulos de inflação, multimercados e FIIs ganham espaço

Como era amplamente esperado pelo mercado, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central optou por elevar a Selic em 1 ponto percentual, para 12,75%, na reunião desta quarta-feira (4).

No comunicado, os dirigentes enfatizaram que a decisão reflete a incerteza ao redor de seus cenários e um balanço de riscos com variância ainda maior do que a usual para a inflação prospectiva. Além do que, diz o documento, é compatível com a convergência da inflação para as metas ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano-calendário de 2023.

Com o olhar voltado para a proteção de portfólios e para um ambiente de forte volatilidade, alocações em títulos públicos ou papéis de crédito privado atrelados ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ganham força nas carteiras.

Ao mesmo tempo, posições em títulos com maior liquidez para aproveitar as oportunidades que eventualmente possam surgir são bastante recomendadas. Prefixados também chamam a atenção de especialistas como trunfos, com a aproximação do fim do ciclo de alta de juros e a oportunidades de ganho de capital para quem estiver disposto a correr mais risco.

Fundos multimercados e fundos imobiliários também se mostram como duas grandes apostas para os próximos meses. Especialistas ouvidos pelo InfoMoney apontam ainda que há boas oportunidades na Bolsa, com ações que estão bastante descontadas devido à correção de preços recente, se o investidor tiver o horizonte de investimento voltado para o longo prazo.

Depois de acompanhar o recuo no preço das cotas de vários fundos imobiliários (FIIs) nos últimos meses, a gestora de patrimônio G5 Partners vem aumentando a participação desses tipos de fundos na carteira. Quem explica é Carlos Belchior, estrategista-chefe da G5.

Segundo ele, há muitos FIIs que estão extremamente descontados com a cota abaixo do valor patrimonial e taxas de carrego “interessantes”. “Achamos que existe uma oportunidade”, diz Belchior.

Siqueira, do Santander, afirma que também vê boas opções para fundos de papel para quem está de olho no curto prazo. Segundo cálculos da casa, fundos de recebíveis são o segmento que mais avança no ano, com alta de 3,36%. O yield anualizado entregue pelo segmento também está próximo de quase 14%, nas contas da corretora.

“Contra o retorno dos FIIs, não há argumentos”, afirma professor Baroni em resposta a Barsi

Um dos maiores especialistas de fundos imobiliários do País, Marcos Baroni – head de pesquisa em FIIs da Suno Research – saiu em defesa da eficiência do produto para geração de dividendos. Para ele, críticas como as feitas recentemente por Luiz Barsi destoam da realidade dos fundos imobiliários e podem assustar quem está ingressando no segmento.

Professor Baroni, como é conhecido, participou da edição do Liga de FIIs desta terça-feira (4), que teve apresentação de Maria Fernanda Violatti, analista da XP, Thiago Otuki, economista do Clube FII, e Wellington Carvalho, repórter do InfoMoney.

Luiz Barsi, um dos maiores investidores individuais da Bolsa brasileira, conhecido pela estratégia de comprar ações de empresas que pagam dividendos generosos, fez duras críticas aos fundos imobiliários. Afirmou que são um “conto do vigário” e acrescentou: “Fuja dos fundos”.

A fala de Barsi — que deu as declarações em entrevista ao jornal Valor Econômico — repercutiu no mercado de FIIs. Para Baroni, os fundos imobiliários provaram, ao longo dos últimos 11 anos, que entregam resultados semelhantes ou até superiores ao dos principais índices da Bolsa.

Baroni toma como exemplo o desempenho das empresas do IDIV – índice de Dividendos da Bolsa – na comparação com o Ifix. Os dois indicadores apresentam comportamento similar ao longo do tempo – altas de 176% e 180% em 11 anos, respectivamente.

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Wellington Carvalho

Repórter de fundos imobiliários do InfoMoney. Acompanha as principais informações que influenciam no desempenho dos FIIs e do índice Ifix.