Ação da Hypera sobe 6% após aquisição e Dotz salta mais 7%; Soma dispara 10%, Hering avança 5,5% e Burger King cai

Confira os destaques da B3 na sessão desta terça-feira (13)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Após a disparada de 16% da véspera, as ações da Dotz (DOTZ3, R$ 17,15, +7,19%) registram novamente um salto na B3 na sessão desta terça-feira (13); os papéis chegaram a subir cerca de 15%, mas depois amenizaram para ganhos de cerca de 6%. Ontem, analistas como Itaú BBA e Credit Suisse iniciaram a cobertura para a ação com recomendação de compra e vendo forte potencial de alta (veja mais clicando aqui).

Já entre as construtoras, diversas empresas como Cyrela (CYRE3, R$ 23,38, -0,34%), Melnick (MELK3, R$ 6,13, -0,33%), Direcional (DIRR3, R$ 13,67, +1,64%) e Moura Dubeux (MDNE3, R$ 9,17, +0,33%) divulgaram prévias operacionais do segundo trimestre. Enquanto Melnick, Cyrela e Moura Dubeux operam entre leves perdas e ganhos, Direcional registrava ganhos de cerca de 3% após os dados, mas amenizou a alta, para cerca de 1%.

Também favoreceu o setor a divulgação do parecer preliminar do deputado Celso Sabino (PSDB-PA), relator da reforma tributária, trazendo, entre outras alterações, a novidade de que fundos imobiliários não serão tributados, permanecendo a redução da alíquota de 20% para 15% no ganho de capital.

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Essa notícia dos FIIs, em especial, segundo avaliou o analista da Clear Corretora, Rafael Ribeiro, beneficia o setor de construção e shoppings, “uma vez que os fundos são usados como uma forma de financiamento”. Ações como Multiplan (MULT3, R$ 24,48, +2,86%), brMalls (BRML3, R$ 10,54, +2,63% e Iguatemi (IGTA3, R$ 42,00, +2,26%) ficaram entre as maiores altas do dia.

Já Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos, avalia que houve uma reação exagerada do mercado financeiro quando foi o apresentado o texto original. “Claro que tem particularidades, questão de deixar FIIs isentos faz com que o setor reaja um pouco mais forte, tanto os fundos quanto as empresas do setor imobiliário”, afirma.

Também registrando alta, ficaram as ações da Enjoei (ENJU3, R$ 9,55, +3,13%), com ganhos de cerca de 3% após prévia operacional do segundo trimestre.

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A Hypera (HYPE3, R$ 36,45, +6,36%) avançou cerca de 6%. A companhia anunciou a compra de 12 marcas de medicamentos da Sanofi por US$ 190,3 milhões. Os produtos incluem AAS, Naturetti, Cepacol Hidantal e Buclina.

Enquanto isso, as ações do Grupo Soma (SOMA3, R$ 18,45, +10,28%) e da Cia. Hering (HGTX3, R$ 38,54, +5,56%) tiveram uma sessão de disparada.

Na véspera, o Soma comunicou ao mercado que fará uma oferta primária de ações que pode levantar R$ 750 milhões, considerando o valor dos papéis da empresa no fechamento do pregão de quinta-feira, a R$ 16,30. A transação envolve 46 milhões de ações ordinárias a serem emitidas pela companhia e não há previsão de lotes adicionais.

Os recursos serão destinados à aquisição da Hering, realizada depois de uma negociação “relâmpago”, por R$ 5 bilhões. O Grupo Soma é conhecido, principalmente, pelas marcas de alto valor agregado, voltadas à alta renda. Em entrevista ao Estadão/Broadcast, na semana passada, o presidente da empresa, Roberto Jatahy, afirmou que a intenção é repaginar completamente a Hering nos próximos meses.

Já o BK Brasil (BKBR3, R$ 11,96, -3,55%), após a disparada de 7,92% na véspera com a notícia de que a companhia assumirá as operações da Domino’s Pizza, a sessão foi de baixa para os papéis.

Segundo informações do Valor, há um incômodo entre acionistas minoritários relevantes da companhia de fast food em torno da operação desenhada para a associação com a Domino’s. O principal questionamento é a diluição dos investidores com o aumento de participação da Vinci (dona da Domino’s) no BK Brasil, disseram três fontes a par do assunto ao jornal.

Confira no que ficar de olho:

Eletrobras (ELET3, R$ 43,35, -0,62%; ELET6, R$ 42,70, -0,54%)

O presidente Jair Bolsonaro sancionou com vetos nesta terça-feira lei que abre caminho para a privatização da Eletrobras, além de prever a contratação compulsória de térmicas a gás natural e outras fontes.

Foram realizados 14 vetos, dentre eles de um artigo que determinava que o Poder Executivo aproveitasse empregados da Eletrobras e de suas subsidiárias demitidos sem justa causa durante os 12 meses subsequentes à desestatização.

Bolsonaro também vetou artigo que definia que a diretoria do Organizador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) deveria ser aprovada pelo Senado Federal. A nova lei permitirá que a privatização ocorra por aumento do capital social, com renúncia do direito de subscrição de ações pela União, que assim terá diluída sua fatia de 61% na empresa.

A previsão do ministério é de finalização da operação em janeiro de 2022. Até lá, deverão ser realizadas as definições de premissas fundamentais à modelagem da privatização pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).

A Eletrobras informou ainda na segunda que seu conselho de administração aprovou o exercício do direito de venda conjunta (tag along) das ações detidas pela controlada Eletronorte na transmissora de energia NBTE. Segundo a Eletrobras, a decisão ocorreu após a empresa ter sido notificada de que a Leovac Participações, afiliada da gestora canadense de fundos de pensão Ontario Teachers Pension Plan Board (ONTPP), havia fechado acordo para compra da Evoltz, que detém 51% das ações da Norte Brasil Transmissora de Energia. A estatal afirmou que o valor da proposta recebida é de R$ 700 milhões.

JHSF (JHSF3, R$ 7,50, +3,16%)

A JHSF anunciou na segunda-feira que exerceu opção de compra de terreno adicional junto ao empreendimento Complexo Boa Vista, por cerca de R$ 140 milhões. A área adicional envolve 6,1 milhões de metros quadrados. O complexo está situado em Porto Feliz (SP), a cerca de 150 quilômetros da cidade de São Paulo, e além de empreendimentos residenciais de alto padrão, prevê campo de golfe, lagos, praia artificial e outros equipamentos.

Segundo a JHSF, a área anunciada nesta segunda-feira “será destinada à implantação do quarto empreendimento do Complexo Boa Vista”. A empresa não deu mais detalhes.

Bradespar (BRAP4, R$ 79,30, +2,85%)

A Bradespar vai pagar R$ 600 milhões em dividendos extraordinários, com data prevista para pagamento de 26 de julho de 2021: R$ 323 milhões é parte da reserva de lucro e R$ 276 milhões é em dividendos obrigatórios

Segundo o comunicado, o valor por ação será de R$ 1,618907527 por ação ordinária e R$ 1,780798280 por ação preferencial.

A partir de 16 de julho, as ações passam a ser negociadas “ex-dividendos”.

Cyrela (CYRE3, R$ 23,38, -0,34%)

A Cyrela divulgou na segunda-feira saltos nas vendas e lançamentos de imóveis residenciais no segundo trimestre, apoiada em parte pela fraca base de comparação com o ano passado e pelo bom momento vivido pelo mercado de construção civil. As vendas contratadas da companhia somaram R$ 1,56 bilhão entre abril e o final do primeiro semestre ante R$ 512 milhões no mesmo período do ano passado. Em comparação com o primeiro trimestre deste ano, as vendas subiram 51,3%, informou a companhia.

Das vendas líquidas no trimestre, R$ 239 milhões foram de estoque pronto (15%), R$ 545 milhões à venda de estoque em construção (35%) e R$ 776 milhões à venda de lançamentos (50%). “Dessa forma, a Cyrela atingiu uma velocidade de vendas (“VSO”) de lançamentos de 40,2% no trimestre”, afirmou a companhia. Já os lançamentos avançaram para R$ 1,93 bilhão nos três meses encerrados no fim de junho ante R$ 254 milhões no mesmo período de 2020. A empresa lançou 19 empreendimentos no trimestre ante apenas três no mesmo período do ano passado.

O Itaú BBA avalia o resultado da Cyrela como positivo, marcado por retomada de volume de lançamentos e velocidade de vendas “saudável”.

O Credit Suisse avaliou os resultados da Cyrela como mais fortes do que o esperado, e avalia que a empresa é uma das mais bem estruturadas do setor e a melhor posicionada para se beneficiar do momento atual. As vendas líquidas de R$ 1,3 bilhão foram 125% superiores às do mesmo período do ano anterior, e 6% acima da expectativa do Credit.

Direcional (DIRR3, R$ 13,67, +1,64%)

A Direcional teve recordes de lançamentos e vendas no segundo trimestre de 2021. O total de lançamentos, incluindo a parcela de sócios nos projetos, chegou a R$ 784,9 milhões – alta de 123,5% na comparação anual. As vendas totais subiram 53%, para R$ 614 milhões.

Levando em conta só a parte própria nos empreendimentos, o total de lançamentos foi de R$ 660,5 milhões, alta de 123,3%, e vendas de R$ 515,7 milhões, avanço de 49,9%.

O Credit avalia que o resultado da Direcional bate novamente as expectativas, com patamares recordes de lançamentos e vendas e expansão da Riva. O banco diz esperar que a empresa continue a ter bons resultados, mas vê pouco espaço para valorização das ações, por isso mantém avaliação neutra.

Even (EVEN3, R$ 9,85, -0,61%)

A Even teve aumento de 18% em vendas líquidas no segundo trimestre, totalizando R$ 354 milhões. Foram feitos dois lançamentos, um em São Paulo com VGV de R$ 171 milhões e outro no Rio Grande do Sul com VGV de R$ 44 milhões.

O BBA avaliou os dados da Even como neutros, com velocidade de vendas razoáveis a partir dos estoques, mas disse que a velocidade das vendas consolidadas perdeu ritmo em comparação com trimestres anteriores, devido a um ritmo de lançamentos mais lento.

Os resultados da Even foram considerados levemente fracos pelo Credit. O banco diz que os volumes de lançamentos e vendas ficaram abaixo de suas estimativas, mas que a Even já anunciou em seu dia do investidor projetos sólidos de lançamentos, um indício de que os resultados da empresa devem melhorar no futuro.

Mas, devido à perspectiva de concorrência forte, o banco mantém avaliação neutra para os papéis. O valor potencial de vendas (PSV na sigla em inglês) de R$ 216 milhões ficou 26% acima do mesmo período do ano anterior, e abaixo da expectativa de R$ 394 milhões do Credit. As vendas de R$ 354 milhões ficaram 20% abaixo da estimativa do Credit.

Moura Dubeux (MDNE3, R$ 9,17, +0,33%)

A Moura Dubeux registrou avanço de 456% no VGV de lançamentos no segundo trimestre na base anual, a R$ 501 milhões.

O Itaú BBA viu o dado da Moura Dubeux como positivo, devido a bons resultados operacionais, com fortes vendas e mais um trimestre de geração de fluxo de caixa, apesar das compras de terrenos.

O Credit avaliou os resultados da Moura Dubeux como positivos. Para atingir a estimativa de lançamentos do Credit para 2021, de R$ 1,3 bilhão, a empresa ainda precisa lançar R$ 708 milhões em empreendimentos, algo que o banco avalia como possível devido à perspectiva melhor para a pandemia no Brasil. O banco reitera avaliação outperform.

Melnick (MELK3, R$ 6,13, -0,33%)

A Melnick registrou VGV bruto total de R$ 604,6 milhões no segundo trimestre de 2021. Já o VGV líquido foi de R$ 461,7 milhões.

O BBA avaliou os dados preliminares da Melnick como neutros, em que um resultado “razoável” de vendas foi ofuscado por volume lento de lançamentos e aumento nos cancelamentos de vendas.

B3 (B3SA3, R$ 16,95, +1,44%) e Totvs (TOTS3, R$ 38,09, +0,93%)

B3 e Totvs anunciaram na segunda-feira uma parceria na área de tecnologia para o setor financeiro, em que a operadora brasileira de infraestrutura para o mercado de capitais vai injetar R$ 600 milhões em uma subsidiária da produtora brasileira de software.

O acordo prevê que a B3 terá 37,5% de participação na TFS Soluções em Software após o investimento, com a Totvs detendo o restante.

O Credit Suisse avalia o acordo como positivo para a Totvs por representar um enfoque maior e mais recursos para a divisão da Totvs, que não vinha obtendo tanta atenção em meio a outras iniciativas. O banco encara como provável uma oferta pública inicial de ações (IPO na sigla em inglês), como forma de liberar valor. A entrada da B3 como parceira pode atrair clientes em potencial, e avalia que há espaço para que um ator consolidado se consolide no mercado de software para instituições financeiras por meio de fusões e aquisições.

O banco também afirma ver o negócio como negativo para a Sinqia (SQIA3), por criar um forte concorrente no mercado. O portfólio de produtos da TFS é menos competitivo do que o da Sinqia, mas a empresa poderia se tornar uma concorrente mais forte com fusões e aquisições, que podem vir a ser disputadas entre as empresas.

O Itaú BBA também comentou a injeção de R$ 600 milhões na TFS Soluções. O banco avalia que se trata do primeiro grande movimento da B3 para diversificar sua receita, e ressalta que o valor da empresa é de R$ 950 milhões. Mas espera mais detalhes sobre tendências de crescimento de receitas, portfólio de produtos e outros indicadores para realizar uma avaliação mais segura sobre o valor. O banco avalia que a compra pode abrir espaço para outras compras, e vê a notícia como levemente positiva para a B3.

Mosaico (MOSI3, R$ 18,60, +4,79%)

A Mosaico fez dois anúncios na última segunda-feira: (i) lançamento de sua plataforma de agregação de cupons e promoções e (ii) lançamento de sua extensão de comparação de preços, através da integração completa do Vigia de Preço, adquirido em maio.

A plataforma de descontos começa a operar oferecendo mais de 1000 cupons e com mais de 100 lojas parceiras, atendendo a um novo público, que inicia a compra pela escolha de promoções. Já a extensão, funcionará como um assistente virtual, melhorando a expêriencia de compra durante a navegação dos usuários em sites de e-commerce

“Enxergamos os anúncios como positivos, pois reforçam a estratégia da empresa de auxiliar os consumidores durante toda a jornada de compra online. Mantemos a nossa recomendação de compra e preço-alvo para o fim de 2021 de R$ 38,0 por ação”, destaca a XP.

Locaweb (LWSA3, R$ 26,23, +1,63%)

A Locaweb informou a conclusão da compra, por meio da subsidiária integral Tray Tecnologia, da Bagy Soluções de Comércio Digital Ltda. A Bagy foi fundada em 2017 em Belo Horizonte e é uma plataforma de e-commerce focada em social commerce, com mais de 13,5 mil clientes ativos e 127 mil seguidores nas redes sociais.

O valor da transação não foi informado.

GPS (GGPS3, R$ 18,59, +6,41%)

A GPS anunciou a aprovação da compra do Grupo Vivante, pela Top Service Serviços e Sistemas, controlada da companhia.

A companhia aponta que o Grupo Vivante “presta serviços de manutenção em geral, facilities e eficiência energética e tem presença nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Amazonas e Bahia, dentre outros”. O valor do contrato não foi divulgado.

Cogna (COGN3, R$ 4,25, +0,47%)

A Cogna vai emitir R$ 1,25 bilhão em debêntures.

A emissão ocorrerá em duas séries e serão objeto de distribuição pública com esforços restritos de colocação.

De acordo com a companhia, as debêntures “visam alongar o passivo financeiro da Cogna, aportar capital em suas controladas (por meio de mútuo, aumento de capital, AFAC ou qualquer outra forma permitida pela legislação e regulamentação aplicável), sendo o remanescente destinado para o reforço do capital de giro”.

As debêntures da primeira série terão juros remuneratórios de 100% da variação acumulada das taxas médias diárias dos Depósitos Interfinanceiros DI, over extra-grupo, acrescida de uma sobretaxa (spread) de 2,60%. Da mesma forma as da segunda série, com a mudança em relação ao spread, que é de 2,95%.

A XP avalia o movimento como positivo, conforme deve ajudar a companhia em uma perspectiva de balanço patrimonial. “No entanto, com relação a operação, nós continuamos cautelosos a respeito do processo de turnaround da frente de ensino superior e baixo desempenho do ensino básico no curto-prazo. Portanto, nós reiteramos a nossa recomendação neutra e preço-alvo de R$ 5,10 por ação”, aponta a equipe de análise.

Fleury (FLRY3, R$ 24,99, +0,44%)

O Fleury concluiu ontem sua 6ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, e a primeira emissão de uma empresa do setor de saúde no país com metas ESG, com a emissão de 1 milhão de debêntures com valor nominal unitário de R$ 1 mil, somando R$ 1 bilhão.

A emissão é dividida em três séries, sendo a primeira de R$ 250 milhões, a segunda de R$ 375 milhões e a terceira de R$ 375 milhões. Os papéis pagarão 100% da taxa DI, acrescida de spread de 1,35% ao ano no caso das debêntures da primeira série, de 1,50% para as da segunda série e de 1,75% para a terceira série.

Vale (VALE3, R$ 115,75, +0,59%)

A Vale afirmou na segunda-feira que o valor predestinado à compensação dos danos considerados irreversíveis causados pelo rompimento de barragem da empresa em Mariana (MG), em novembro de 2015, atualmente em R$ 5 bilhões, já foi estipulado e não é objeto de renegociações em curso com autoridades.

O colapso da estrutura, que pertencia à mineradora Samarco – uma joint venture da Vale com a anglo-australiana BHP – deixou 19 mortos e centenas de desabrigados, além de poluir o rio Doce em toda a sua extensão até o mar capixaba, no que foi considerado à época o maior desastre socioambiental da história do país.

Segundo a Vale, o montante predestinado à compensação dos danos considerados irreversíveis pelo rompimento, foi fixado em R$ 3,6 bilhões em acordo em 2016. “Este valor, devidamente corrigido, está atualizado em R$ 5 bilhões e já foi compromissado”, disse a companhia. Ainda segundo a Vale, desse montante foram executados R$ 1,2 bilhão, restando definição apenas quanto ao destino de aproximadamente R$ 335 milhões.

Petrobras (PETR3, R$ 28,56, +0,39%; PETR4, R$ 27,90, +0,61%)

Segundo a Reuters, que ouviu quatro fontes, a venda do campo de Albacora, da Petrobras, deve atrair pelo menos três potenciais compradores, após o adiamento de quase um mês para a conclusão das ofertas dos interessados.

A companhia tem vendido dezenas de ativos nos últimos anos, de refinarias a oleodutos, em uma tentativa de reduzir sua dívida e ampliar o foco na produção de petróleo em águas ultraprofundas.

Os campos de Albacora e Albacora Leste, que estão sendo vendidos conjuntamente, estão entre os ativos mais cobiçados do programa da Petrobras. Juntos, eles provavelmente representarão o maior desinvestimento da empresa desde 2017, quando a estatal fechou a venda de uma participação no campo de Roncador para a norueguesa Equinor EQNR.OL, por US$ 2,9 bilhões.

Há pelo menos três partes propensas a apresentar uma oferta vinculante pelos campos, segundo as fontes.

Um consórcio é composto pela norte-americana Talos Energy TALO.N, pela companhia de private equity EIG Global Energy Partners, pela Enauta (ENAT3) e pela 3R Petroleum (RRRP3), disseram as fontes.

Outro consórcio é formado pela PetroRio (PRIO3) e pela Cobra, uma unidade da francesa Vinci.

A australiana Karoon Energy KAR.AX apresentou no início do ano uma oferta não vinculante, pré-condição para o envio de uma proposta vinculante, disseram as fontes. A empresa tem procurado um parceiro financeiro para a fase final do processo de venda, acrescentaram as pessoas.

BB Seguridade (BBSE3, R$ 22,80, -1,60%)

A BB Seguridade informou na segunda-feira que Carlos Motta dos Santos e Mauro Ribeiro Neto renunciaram a seus postos de presidente e vice-presidente do conselho de administração da companhia.

Para o lugar de Santos, a BB Seguridade afirmou que foi indicado o nome do atual vice-presidente de desenvolvimento de negócios e tecnologia do Banco do Brasil, Marcelo Cavalcante de Oliveira Lima. Para a vaga de Ribeiro Neto a indicação foi a atual vice-presidente de controles internos e gestão de riscos do BB, Ana Paula Teixeira de Sousa. Ambos vão completar os mandatos de 2021 a 2023.

Hypera (HYPE3, R$ 36,45, +6,36%)

A Hypera  anunciou a compra de 12 marcas de medicamentos da Sanofi por US$ 190,3 milhões. Os produtos incluem AAS, Naturetti, Cepacol Hidantal e Buclina.

Este portfólio da Sanofi teve vendas de R$ 250 milhões em 2020, portanto, o valuation implícito EV/Vendas é de cerca de 4 vezes, em comparação com o EV/Vendas de 2020 da Hypera de 6,5 vezes.

Na avaliação da XP, além das marcas, a companhia será capaz de aproveitar as sinergias de custos integrando a produção dos medicamentos da Sanofi, bem como as sinergias fiscais dos benefícios que a Hypera tem em Goiás.

“Também acreditamos que a Hypera será capaz de diluir ainda mais suas despesas operacionais, pois está apenas adicionando as marcas e produtos ao seu portfólio, tornando a transação altamente atrativa também na perspectiva de Ebitda”, avalia a XP, que mantém recomendação de compra com preço-alvo de R$ 48 por ação.

Enjoei (ENJU3, R$ 9,55, +3,13%)

A Enjoei (ENJU3) publicou na noite da última segunda-feira (12) prévia de suas principais métricas operacionais referente ao segundo trimestre de 2021, registrando crescimento de vendas brutas de mercadorias (GMV) de 82%.

A taxa de crescimento foi inferior ao primeiro trimestre (alta de 104%), mas contra uma base de comparação muito mais difícil, ressalta o Bradesco BBI.

“Se olharmos para a tendência de dois anos, o crescimento acelerou da média do primeiro trimestre de cerca de 79% para aproximadamente 87% no segundo trimestre”, avalia o BBI. O GMV de R$ 205 milhões ficou em linha com a estimativa de R$ 210 milhões do BBI, o que coloca a Enjoei no caminho certo para cumprir a estimativa dos analistas de R$ 910 milhões para o ano todo.

O número de novos sellers cresceu 124% na comparação anual, mantendo o ritmo de crescimento de três dígitos do primeiro trimestre de 2021 (alta de 118%). O número de novos compradores aumentou 29% na comparação anual para 181.000 – “esta é uma desaceleração em relação a uma concorrência mais difícil e também está um pouco abaixo do nível de aproximadamente 200 mil novos compradores que vimos nos últimos dois trimestres”, aponta o BBI. Veja mais clicando aqui. 

EDP Brasil (ENBR3, R$ 17,67, -0,17%)

O Credit Suisse comentou o guidance (projeção) da EDP Brasil para seus volumes no segundo trimestre de 2021, indicando forte desempenho devido à recuperação econômica e a uma base de comparação fraca devido aos efeitos da pandemia em 2020. Os volumes totais subiram 16% na comparação anual, impulsionados pelo mercado livre, com alta de 29,4% na mesma comparação, e por uma alta de 6,1% nos volumes do mercado cativo.

Os volumes da unidade de distribuição de São Paulo subiram 18% na comparação anual, a partir de bom desempenho dos segmentos industrial, com alta de 32,5%, e do segmento comercial, com alta de 19,3%, ambos na comparação anual. O segmento residencial também apresentou volumes positivos, com alta de 3,2%, beneficiado por temperaturas mais altas, expansão da base de clientes e ao calendário.

As vendas totais de energia subiram 2,2% na comparação anual, impulsionadas pela alta de 5,2% dos ativos hidrográficos.
O Credit Suisse avalia que os resultados da EDP devem se beneficiar da recuperação de volumes em suas distribuidoras, e que o segmento de geração também deve se beneficiar por uma estratégia de alocação melhor. O banco mantém avaliação outperform e preço-alvo de R$ 24,60.

Cteep (TRPL4, R$ 24,80, -0,60%), Taesa (TAEE11, R$ 37,74, +0,80%) e Alupar (ALUP11, R$ 26,14, +1,12%)

O Itaú BBA atualizou suas estimativas para empresas de transmissão de energia sob sua cobertura.O banco aponta que o setor tenha desempenho abaixo do Ibovespa devido à alta das taxas de juros, ao impacto da reforma fiscal, ao apetite maior por risco entre investidores após a reabertura da economia e a dados sólidos do PIB.

O banco ressalta que o IGPM teve alta acumulada em 12 meses encerrados em julho de 2021 de 37,1%, significativamente acima do IPCA no período. Taesa e Alupar devem ser as maiores beneficiárias do descompasso, enquanto que a CTEEP deve sentir o menor impacto.

O banco também diz acreditar que a proposta enviada pelo governo à Câmara é negativa para empresas que pagam altos dividendos, e empresas que pagam juros sobre as ações. O banco diz esperar que CTEEP e Taesa sejam as mais prejudicadas.

O BBA elevou a avaliação da Alupar de market perform (perspectiva de valorização dentro da média do mercado) para outperform, rebaixou a da Cteep para market perform e manteve a da Taesa em underperform (abaixo da média). Para a Cteep, o banco elevou o preço-alvo de R$ 26 para 2021 a R$ 28,2 para 2022, frente à cotação de R$ 24,95 para os papéis TRPL4. O banco diz antecipar um resultado negativo da reforma fiscal, e ressalta que a empresa não é beneficiada pela alta correção do IGPM, já que a maior parte das receitas ligadas a linhas de transmissão é ligada ao IPCA.

O banco elevou o preço-alvo da Taesa dos R$ 29,1 para 2021 a R$ 36,7 para 2022, frente à cotação de R$ 37,44 de segunda para os papéis TAEE11. O BBA diz que o impacto positivo do IGPM já está “mais do que precificado” nos papéis, e que novas valorizações dependerão de fusões e aquisições, como a venda da participação da Cemig na companhia.

Para a Alupar, o banco elevou o preço-alvo de R$ 28 para 2021 para R$ 34,8 para 2022, frente à cotação de R$ 25,85 de segunda. O banco diz que a empresa deve se beneficiar dos preços altos de energia, já que 33% de seus volumes gerados não são contratados. Além disso, a empresa deve ser a menos afetada pela proposta de reforma tributária, por oferecer o menor pagamento de dividendos.

(com Reuters e Estadão Conteúdo)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.