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Como a tecnologia transformou os profissionais de investimento – e facilitou a vida dos clientes

É importante que o investidor conheça todos os tipos de profissionais que atuam no mundo dos investimentos e tenha a clareza de que as limitações do passado precisam ser sempre revistas
Por  Giovana De Biase
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

O avanço da tecnologia tem proporcionado um elevado ganho de escala aos profissionais que trabalham com investimentos. Estamos vivenciando um grande crescimento no número e tipos de profissionais especializados, atendendo os investidores das mais diferentes formas.

Há alguns anos, o tratamento do tema investimento era concentrado entre os gerentes de bancos e pautado na distribuição de poupança ou de produtos bancários. Somente no caso das grandes fortunas já se observava um trabalho mais técnico e customizado, feito por gestores de patrimônio.

Com a expansão das ferramentas tecnológicas e plataformas abertas de investimentos, os Agentes Autônomos de Investimentos (AAI) ganharam muita projeção. Com um modelo de negócio 100% vinculado às Corretoras de Valores, eles foram os grandes alavancadores do crescimento dessas plataformas abertas de investimentos.

Muitos gerentes de bancos, entre outros profissionais, buscaram maior especialização e viram na atividade de AAI uma grande oportunidade para ofertar aos seus antigos clientes nos bancos produtos com maior independência e rentabilidade.

Com um modelo de remuneração ao profissional de investimento baseado em rebates, em que parte do valor pago a Corretora de Valores pelo investimento é repassado ao AAI, o cliente passou a ter acesso à um serviço especializado, sem custos adicionais.

O modelo de remuneração mais adotado pelo profissional de AAI para a prestação dos seus serviços segue sendo através dos rebates. Porém, já se observa em alguns casos o surgimento de um modelo baseado em um custo fixo, ou “Fee fixo”. Nesse novo modelo, o profissional reverte para o cliente todas as receitas que receberia com os rebates e cobra um percentual sobre o patrimônio do cliente.

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Assim, os clientes que se sentiam desconfortáveis em não ter clareza sobre as taxas “efetivamente” pagas e rebatidas aos seus AAIs puderam ter maior transparência nessa informação à medida que passaram a receber o cashback desses valores.

Cabe ressaltar que não dá para afirmarmos qual o melhor modelo a ser adotado. Isso irá variar de acordo com o perfil de alocação dos Investimentos de cada cliente.

Por exemplo, um cliente que tenha muitos títulos públicos através do Tesouro Direto, vai gerar pouco valor de rebate. Logo, se ele adotar o modelo de “Fee fixo”, terá pouca reversão a receber como cashback, mas pagará um percentual do seu patrimônio ao seu Agente Autônomo de Investimentos. Nesse caso, o cliente teria maior transparência, mas deixaria seu investimento mais custoso.

Ou seja, o melhor modelo de custos dependerá do perfil de alocação e do interesse de cada cliente.

As Plataformas de Investimentos foram capazes de tornar a profissão de AAI conhecida, respeitada e muito valorizada. O crescimento do número desses profissionais segue exponencial: eles já somam quase 20 mil em todo o Brasil. Com muita tecnologia, eles atendem milhões de brasileiros investidores de todos os perfis.

A quantidade de profissionais nesse segmento no Brasil ainda é muito baixa quando comparada aos mais de 2 milhões de profissionais de investimentos em países como os EUA, por exemplo.

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Nos EUA, o modelo principal utilizado pelos profissionais que atuam com investimentos é mais parecido com outro tipo de profissional, que no Brasil chamamos de Consultor de Investimentos.

Esse perfil de profissional vem crescendo muito nos últimos dois anos, em função dos avanços tecnológicos que as plataformas de investimentos vêm realizado.

No modelo de trabalho adotado pelos consultores de investimentos, a remuneração é sempre baseada em um custo fixo. Ou seja, no início da prestação de serviços um valor é pré-determinado. Dependendo de onde o consultor aloque os investimentos, alguns valores de rebates são revertidos aos clientes como cashback.

Como os consultores de investimentos atuam com base em normas e certificações diferentes das dos AAIs, eles não precisam ter vínculos com uma única instituição. Por isso, podem atuar de maneira concentrada em uma plataforma ou de forma descentralizada em várias instituições.

No modelo de prestação de serviços do consultor de investimentos, ele tem sempre que contar com a aprovação do cliente para toda e qualquer decisão de investimentos a ser tomada. Ou seja, ele presta a consultoria na análise das estratégias de alocação dos investimentos, mas quem de fato executa a ordem de compra ou venda do ativo é o cliente final.

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É nesse aspecto que as plataformas, como a Wealth Services da XP, entram com o suporte tecnológico para ajudar a dar maior escala e facilitar a vida do cliente, que não precisa ficar procurando os ativos elegíveis. Com o celular, o cliente consegue validar e efetivar a estratégia desenhada com o seu consultor.

Com o início do Open Banking no Brasil, há uma expectativa muito grande de que o modelo de prestação de serviço de consultorias de investimentos ganhe muita tração. Por isso, investimentos em tecnologia estão sendo feitos de maneira intensiva na plataforma de Wealth Services da XP.

A consolidação escalável dos patrimônios dos clientes, com relatórios robustos e claros, plataformas de produtos preparadas para suportar uma capacity elevada e grandes volumetrias serão peça chave para o ganho de escala e o consequente crescimento exponencial desse tipo de profissional por aqui.

O terceiro e último modelo de atuação de profissionais de investimentos são os de gestores de patrimônio. Nesse segmento, a tecnologia vem também ajudando a aumentar escala.

Ainda se observa um certo atraso na percepção de grande parte dos investidores de que só sendo multimilionário para ter esse tipo de profissional te assessorando. A cada dia, ferramentas e plataformas como a Wealth Services da XP tem investido para que esses profissionais, antes restritos a poucos clientes, possam atender milhares de pessoas, com mais controle e qualidade do que anteriormente.

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Na atividade prestada pelos gestores de fortunas, a cobrança pelo serviço é definida no momento da contratação, de um modo similar ao dos consultores, definindo se um “Fee fixo”.

Porém, como são gestores de recursos credenciados pela CVM, a decisão de investimento fica com este profissional. O cliente não precisa ficar aprovando cada ordem de alocação dos seus investimentos.

A definição do veículo de alocação a ser adotado irá depender do tamanho do patrimônio e o ativo a ser utilizado. Esses dois pontos irão definir ser os gestores de patrimônio farão a gestão através de fundos exclusivos ou de carteiras administradas. Mas, se for desejo do cliente, a decisão poderá ser tomada sempre por ele.

É importante que o investidor conheça todos os tipos de profissionais que atuam no mundo dos investimentos e tenha a clareza de que as limitações do passado precisam ser sempre revistas.

A tecnologia vem a cada dia transformando e apoiando para que os serviços sejam escaláveis e os clientes possam acessar e escolher o melhor modelo na busca dos seus objetivos.

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Giovana De Biase Formada em Economia pelo IBMEC-Rio, iniciou a carreira no mercado financeiro no BTG Pactual. Na XP Investimentos, iniciou sua atuação em 2016 na mesa de Arbitragens off-shore. Em 2019, foi pioneira na Criação da Área de Wealth Services da XP, sendo responsável pela estratégia e coordenação do desenvolvimento de ferramentas para atendimento aos Gestores de Fortunas e Consultores de Valores Mobiliários. Em 2020, se tornou head de Growth & Strategy do Canal Wealth Services

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