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Magalu investe em logística otimizada para entregas mais rápidas para Black Friday

A varejista vai apostar em modelo fullfiment, que armazena milhões de produtos no centro de distribuição antes da venda

Giovanna Sutto

(Shutterstock)

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Com o objetivo de acelerar as entregas dos pedidos da Black Friday, a  Magazine Luiza investiu para ter sua maior operação de fullfiment, nome do modelo implementado em centros de distribuição que, entre outros pontos, permite que a varejista estoque milhões de produtos antes de fazer as vendas para depois enviá-los ao consumidor.

Esse formato não é novo. Outras varejistas como Amazon e Mercado Livre, por exemplo, possuem espaços que funcionam assim. Mas no caso do Magalu esse modelo foi inaugurado no ano passado, implementado em sete dos 22 centros de distribuição da empresa e vem recebendo investimentos para ser o principal motor da Black Friday 2023.

“A maior vantagem de operar nesse modelo é a redução de prazo de entrega. Conseguimos estocar produtos de sellers parceiros e quando há venda não há deslocamento extra para irmos buscá-los, trazê-los para o nosso espaço e depois enviar ao cliente”, afirma Eduardo Galanternick, vice-presidente de negócios do Magazine Luiza, em entrevista ao IM Business, em uma série que trata das estratégias para a Black Friday 2023. Ele diz que é possível reduzir em média três dias o prazo final, com frete grátis para produtos selecionados.

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Com essa estratégia,  sem dar um número fechado, a empresa diz que espera aumentar em sete vezes o volume de pedidos na data deste ano comparando com o ano passado. Atualmente já são mais de dois mil sellers que utilizam os centros de distribuição da companhia como estoque e essas vendas já representam 15% dos pedidos do marketplace.

Segundo Galanternick, esse mecanismo permite que o pequeno comerciante que vende no marketplace do Magalu coloque foco na estratégia comercial sem se  preocupar com a gestão de seu estoque e despacho de pedidos.

Ao reforçar esse pilar, o Magazine Luiza pretende cada vez mais aumentar o volume de produtos com prazos menores de entrega. Hoje a empresa faz entregas em até 48 horas em 250 cidades do país — mas há concorrentes como Amazon, Casas Bahia, e Mercado Livre com promessas de prazos menores.

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O cliente pode escolher entre receber a compra em casa ou retirar em uma loja física, no caso do online, ou mesmo comprar direto na loja física, que responde por  30% das vendas totais da empresa. “Nossa estrutura offline é integrada à online. Vendemos no app e site para retirada na loja, e as lojas podem vender os produtos do online. Temos uma capilaridade grande e um público fiel às lojas físicas, que são bem importantes para a estrutura logística, já que funcionam também como pontos de armazenamento”, explica.

Em relação à expectativa de vendas, há um cenário desafiador para muitos consumidores: o endividamento das famílias atinge quase 77%. Apesar disso, empresa está otimista e espera que o tíquete médio da data seja de cerca de R$ 1.000. “Vamos trazer, além das promoções, várias opções de pagamento, com descontos no Pix, parcelamento maior no cartão, além do nosso crediário que concede crédito facilitado ao cliente”, diz o executivo.

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Seca no Norte pode impactar descontos

Entre os desafios para o final de ano está a seca histórica que o Norte do país enfrenta. Como a região abriga a Zona Franca de Manaus, importante polo industrial para o país e para o varejo, a produção de alguns itens pode ser afetada.

“A situação em Manaus afeta algumas categorias como ar-condicionado, televisões, micro-ondas. Mas a gente já vem se programando há algum tempo e nos antecipamos para formar estoque. Fechamos parcerias para o marketplace e não temos expectativa de impacto negativo nem na Black Friday, nem para dezembro”, garante o executivo.

Como a empresa  vende somente o que possui em estoque, Galanternick afirma que a chance de atraso na entrega devido à intercorrência logística na região Norte “é zero”.

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O efeito pode se concentrar no preço. O executivo admitiu que é possível que essas categorias não recebam descontos tão altos como outras categorias, diante desse desafio logístico. “Talvez  essas não sejam as categorias com os maiores percentuais [de desconto]. Buscamos oferecer promoções em todas as categorias. Nesses casos pode ser que não tenham a mesma profundidade de descontos”, diz.

O patamar de descontos pode passar dos 75% em alguns casos e Galanternick entende que é preciso ser agressivo nos preços.

“Teremos uma Black com um cenário competitivo diferente: alguns players novos e outros mais antigos que não devem estar com a mesma pujança”, analisa o executivo. “A gente acredita no trabalho de planejamento que a gente fez e o de execução que temos daqui pra frente”.

Giovanna Sutto

Repórter de Finanças do InfoMoney. Escreve matérias finanças pessoais, meios de pagamentos, carreira e economia. Formada pela Cásper Líbero com pós-graduação pelo Ibmec.