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Mercado Livre usa Black Friday para reconquistar ex-clientes que não voltaram

Investimentos em logística, entrega rápida, promoções e marketing serão usados como 'isca' para fidelizar o consumidor brasileiro

Giovanna Sutto

(Divulgação/Mercado Livre)

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O Mercado Livre (MELI34) definiu seu objetivo para a edição 2023 da Black Friday: usar a sua entrega rápida, uma obsessão da companhia, para reconquistar o cliente que já comprou alguma vez na plataforma e que, por algum motivo, não voltou.

A entrega rápida é uma das “maiores fortalezas” da empresa, mas já não é mais uma “novidade” para seus clientes, lembra Luiz Vergueiro, diretor sênior de logística do Mercado Livre, ao IM Business. Por isso, a estratégia é tentar dar, cada vez mais, uma experiência de “quase loja física” para o consumidor.

“O consumidor vem cada vez mais buscando uma experiência de compra que se aproxime da loja física, ou seja, que ele possa escolher o que quiser e sair com o produto na mão. É o que tentamos fazer”, reforça Vergueiro.

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Com cerca de 40% de market share no Brasil, o Mercado Livre desenvolveu uma estrutura logística para chegar “ao máximo de cidades possíveis em um ou dois dias”, acrescenta o diretor. Hoje, a varejista nascida na Argentina diz entregar no mesmo dia em 193 municípios, em até um dia em 2,9 mil das 5.565 cidades brasileiras (mais da metade do país) e em até dois dias nas demais localidades.

(Esta reportagem faz parte de uma série sobre as estratégias logísticas das varejistas para o maior evento do varejo deste ano.)

Para atrair o consumidor de volta, a empresa também vai investir em promoções, com descontos que podem chegar a até 70% em uma ampla cartela de produtos. Se a propaganda é a “alma do negócio”, como diz o ditado popular muito conhecido no Brasil, esta é outra aposta da companhia, que prevê investir 50% em mídia nesta edição em relação a 2022.

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Leia também as outras matérias da série:

Investimento em logística

O Mercado Livre teve US$ 359 milhões de lucro líquido no terceiro trimestre, alta de 178% na comparação anual, fruto do avanço das receitas sobretudo no Brasil. Isso permitiu a continuidade dos investimentos em logística.

A empresa inaugurou em agosto um novo centro de distribuição em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, e em outubro um centro de distribuição em Betim, Minas Gerais, para atender toda a região de Belo Horizonte.

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Além dos 10 centros de distribuição (CDs) espalhados pelo país, que funcionarão em plena capacidade na Black Friday, o Meli também conta com uma frota de 8 aviões, 4,5 mil agências que são usados como pontos de coleta e troca para consumidores e 127 pontos logísticos menores, que suportam a operação.

Seca do Norte preocupa?

Um dos desafios para a Black Friday deste ano é a seca histórica que atinge a região Norte e promete gerar desafios logísticos e operacionais no varejo no país. Questionado, Vergueiro afirmou que a empresa opera com suporte aéreo quando há demanda em grandes cidades da região, como Manaus e Belém.

A Zona Franca de Manaus é um importante polo industrial de produção para o setor e funciona com uma logística majoritariamente fluvial. Com o baixo nível de água, o transporte de matérias-primas e produtos pode ser afetado.

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“Fora de grandes cidades, estamos cuidando para garantir o atendimento. Temos uma demanda menor por lá. O consumidor não precisa se preocupar, não terá impactos ou se houver, serão mínimos”, disse Vergueiro sem detalhar a operação logística ou soluções colocadas em prática para contornar o problema.

Giovanna Sutto

Repórter de Finanças do InfoMoney. Escreve matérias finanças pessoais, meios de pagamentos, carreira e economia. Formada pela Cásper Líbero com pós-graduação pelo Ibmec.