Inquérito do golpe

Ao STF, Bolsonaro baixa o tom, chama apoiadores de “malucos” e nega plano de golpe

Ex-presidente negou a todo o momento intenção de implantar medidas de exceção, como Estado de Sítio e GLO, mas admitiu conversas com ministros, às quais caracterizou como “informais”

Por  Marina Verenicz, Paulo Barros -

Em depoimento ao ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal, o ex-presidente Jair Bolsonaro negou qualquer envolvimento em tentativa de golpe de Estado para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva em 2023. Ao longo do interrogatório, Bolsonaro adotou um tom defensivo, alternando desabafos políticos e justificativas jurídicas, tentando desvincular sua atuação de medidas golpistas e minimizar o teor de documentos e reuniões.

Baixe aqui o ebook gratuito 50 Prompts para Organizar sua Vida Financeira

Com tom de resignação, Bolsonaro tentou enquadrar todos os episódios investigados como reações frustradas, conversas hipotéticas e manifestações espontâneas — e não como articulação deliberada de um golpe. Em dado momento, chamou apoiadores que, em manifestações, pediam AI-5 e intervenção militar de “malucos”.

Confira a seguir os principais pontos do depoimento (clique no item para navegar).

Minuta e reuniões com militares

Bolsonaro confirmou que teve contato com uma minuta que sugeria medidas de exceção como estado de sítio, mas classificou o documento como informal, sem validade jurídica e exibido rapidamente em uma tela. Reiterou que nunca houve convocação dos conselhos da República e da Defesa, o que tornaria qualquer medida inconstitucional. “Nada foi assinado, nada foi iniciado”, disse.

Conversas com comandantes foram “desabafos”

Relatou ter se reunido com os chefes das Forças Armadas após o segundo turno, mas sustentou que os encontros eram de natureza informal, com base em respeito mútuo e na formação militar comum. “Só pode confiar nos militares”, afirmou, negando qualquer plano concreto de ruptura institucional.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Documento com “discurso de golpe” e mensagens de militar da reserva

Disse que o “discurso de golpe” encontrado em sua mesa no PL foi impresso e enviado por seu advogado, como parte de peças do inquérito. Sobre mensagem enviada por um major-brigadeiro da reserva da Aeronáutica, afirmou não se lembrar de tê-la recebido e destacou que o militar não tinha comando sobre tropas: “Está de pijama há muito tempo”.

Leia mais: Bolsonaro nega ameaça de prisão em meio a contradições entre militares

“Tem sempre uns malucos querendo intervenção militar”

Ao ser questionado sobre os acampamentos em frente a quartéis e os pedidos por intervenção militar, Bolsonaro negou ter incentivado os atos. “Intervenção militar, isso não existe”, declarou. Disse que muitos dos que pediam AI-5 sequer sabiam o que significava e ironizou: “Pedir intervenção militar, isso é pedir para o senhor praticar o suicídio”. Chamou de “malucos” os apoiadores que pediam tais medidas.

Opção foi não desmobilizar para evitar caos no centro de Brasília

Alegou que não desmobilizou os acampamentos para evitar deslocamento dos manifestantes para a Praça dos Três Poderes, o que poderia agravar a situação. Segundo ele, o movimento estava em processo natural de esvaziamento antes dos atos de 8 de janeiro.

Leia mais: Bolsonaro justifica ausência na posse: “Não iria me submeter à maior humilhação”

Estado de sítio foi cogitado após multa do TSE

Bolsonaro admitiu que a discussão sobre medidas constitucionais como estado de defesa surgiu após o TSE aplicar multa ao PL, impossibilitando novos recursos. Segundo ele, cogitaram “alternativas constitucionais”, mas nada foi levado adiante.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Transição e nomeações das Forças Armadas

Disse que a transição foi pacífica e que atendeu a pedidos do presidente eleito Lula, nomeando inclusive dois comandantes militares ainda antes da posse. “Assumiram sem nenhum problema”, afirmou.

Leia mais: Bolsonaro diz ficar “arrepiado” quando se fala que o 8/1 foi uma tentativa de golpe

Reunião ministerial com críticas ao sistema eleitoral foi “desabafo”

Sobre a reunião em que ministros endossaram falas sobre fraudes, Bolsonaro disse que não se tratava de um ato oficial, mas de um momento informal entre colegas de governo. Reforçou que o conteúdo não foi planejado, e que reuniões costumam ter espaço para desabafos.

update 16h45

Interrogatório de Bolsonaro foi encerrado. Sessão volta às 17h para o depoimento de Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira

update 16h44

Ao final, Bolsonaro respondeu a diversas perguntas de seu advogado, negando seu envolvimento na trama golpista, incluindo a edição da minuta do golpe e do planejamento da prisão de autoridades

update 16h34

Reuniões com militares foram “desabafos”, não conspiração, diz Bolsonaro

Ex-presidente disse que as conversas com comandantes militares após o segundo turno foram motivadas pela confiança e formação comum: “Os militares, nas horas boas e ruins, estão contigo”. Reforçou que as reuniões não resultaram em ações práticas e descreveu os encontros como forma de desabafo pessoal.

Afirmou que acreditava que o governo Lula não se sustentaria: “Esse governo ia cair de maduro, como está caindo”, disse. E projetou um retorno de forças políticas à direita nas próximas eleições.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

update 16h26

Sobre mensagem de oficial da Aeronáutica: “Não me lembro”

Questionado sobre uma mensagem recebida em 2 de janeiro de 2023 do major-brigadeiro da Aeronáutica, Maurício Pazini Brandão — em que se falava que “a tropa continua com sangue nos olhos” e questionava se haveria desmobilização ou permanência em alerta — Bolsonaro disse não se recordar de ter recebido o texto. “Eu cortei quase todos os meus contatos quando saí do Brasil”, afirmou.

Disse ainda que Pazini estava na reserva “há muito tempo” e que atuava como professor do ITA e depois em Brasília, sem qualquer ligação com comandos militares. “Não tem tropa nenhuma com ele”, afirmou.

update 16h25

Documento com “discurso de golpe” foi enviado por advogado, diz Bolsonaro

O ex-presidente confirmou que um documento contendo um suposto discurso a ser lido no momento da efetivação de um golpe de Estado foi encontrado em sua mesa na sede do Partido Liberal. No entanto, afirmou que o texto não foi escrito por ele. “O discurso não é meu, não”, disse. Segundo Bolsonaro, o material foi impresso e enviado por seu advogado, Dr. Paulo, com base em peças do inquérito da Polícia Federal.

Alegou que teve acesso ao conteúdo apenas quando o recebeu e que não houve qualquer iniciativa pessoal de redigir ou utilizar o discurso, que fazia menção à decretação de estado de sítio e à GLO (Garantia da Lei e da Ordem).

update 16h22

Bolsonaro nega participação nos atos que resultaram na depredação da Praça dos Três Poderes no dia 8 de janeiro de 2023

O ex-presidente criticou a Polícia Federal por, segundo ele, não identificar os responsáveis pela convocação das pessoas que chegaram a Brasília para os atos do dia 8 de janeiro. “Não entendo por que a PF não apurou quem convocou essas pessoas.”

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Bolsonaro relatou que, na data dos ataques, estava passando mal nos Estados Unidos. “Passei mal pra caramba”, disse, referindo-se a um problema intestinal. Citou um tuíte publicado às 21h07 daquele dia, no qual condenou as invasões e depredações, comparando-as aos protestos de 2013 e 2017 promovidos por movimentos de esquerda.

Rejeitou ter qualquer relação com os atos. Disse que mesmo após a apreensão de telefones seus e de aliados, nada foi encontrado que indicasse estímulo ou participação nos ataques. “Repudiamos tudo isso aí”, afirmou.

update 16h21

Bolsonaro nega ter incentivado intervenção militar

Questionado sobre a presença de manifestantes em frente a quartéis pedindo intervenção militar, o ex-presidente negou ter estimulado o movimento. “Intervenção militar, isso não existe”, declarou. Disse que, ao se deparar com cartazes pedindo AI-5, perguntava aos manifestantes se sabiam do que se tratava, alegando que muitos não sabiam.

Usou uma metáfora para rebater as expectativas de ruptura institucional: “Pedir intervenção militar, isso é pedir para o senhor praticar o suicídio. O senhor não vai praticar o suicídio”.

Bolsonaro disse que optou por não desmobilizar os acampamentos para evitar que as pessoas se concentrassem na região da Praça dos Três Poderes, o que poderia, segundo ele, gerar maior instabilidade: “Ficar lá, afastado”.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Tem sempre uns malucos querendo AI-5, intervenção militar”, diz Bolsonaro sobre apoiadores.

update 16h17

Sobre manifestações pós-eleição: “Não somos como o outro lado”

Questionado sobre a ausência de ação direta para desmobilizar protestos que pediam golpe militar, Bolsonaro afirmou ter pedido aos caminhoneiros que desobstruíssem as estradas em vídeo divulgado em 1º de novembro: “Esse não é o nosso modo de ser (…) não somos como o outro lado, que não mede consequências”.

Disse ainda que o vídeo, lido diante da imprensa, foi também um sinal de que não contestaria o resultado eleitoral: “Vocês vão sentir saudade de mim. Só se sente saudade de alguém quando esse alguém vai embora”.

Finalizou o trecho lembrando que, no dia 30 de dezembro, antes de viajar aos EUA, fez uma live reforçando que não haveria confronto: “Não vamos achar que o mundo vai acabar no dia 1º de janeiro. Não tem tudo ou nada”.

update 16h16

Fala polêmica em 2021 era “desabafo”, diz Bolsonaro

Indagado pelo Procurador Geral da República, Paulo Gonet, sobre declarações feitas em 7 de setembro de 2021 contra ministros do STF e do TSE, Bolsonaro reconheceu o tom elevado, mas minimizou o conteúdo: “Desabafei muitas vezes (…), mas não existia nada de concreto para ser feito contra o poder judicial”.

Ele atribuiu os ataques ao ministro Luís Roberto Barroso a um antigo embate quando Barroso, como advogado, defendeu a permanência de Cesare Battisti no Brasil, enquanto Bolsonaro, como parlamentar, defendia a extradição. “Tem algo pessoal entre nós dois, eu relevo muita coisa, parece que ele marcou isso aí, não me esquece.”

update 16h07

“Nem cogitado foi”, diz Bolsonaro sobre medidas excepcionais

Ex-presidente afirmou que as medidas excepcionais como defesa ou sítio não chegaram a ser cogitadas de forma concreta: “Como a vossa excelência perguntou pra mim agora, não houve a convocação dos conselhos. Então nada a gente podia fazer”.

(Foto: Reprodução/TV Justiça)

update 16h06

Bolsonaro nega ter recebido voz de prisão

Questionado se em alguma das reuniões teria recebido voz de prisão de algum general, Jair Bolsonaro foi categórico: “Não, senhor. As Forças Armadas sempre primaram pela disciplina, pela hierarquia”.

Ele rebateu o depoimento do Brigadeiro Batista Júnior, dizendo que o relato não procede e foi “exagerado”. Alegou que o próprio comandante do Exército desmentiu a versão e destacou que ninguém foi trocado no comando das Forças: “Se dependesse de alguém diferente pra levar adiante um plano ridículo desse, teria trocado o comandante da Marinha. Ninguém trocou comandos de ninguém”.

update 16h04

“Reunião com 40 pessoas não é conspiração”, diz Bolsonaro

Bolsonaro ironizou a acusação de conspiração: “20, 30 pessoas com cartaz na frente, total mais de 40 pessoas, ninguém vai pensar em conspirar dessa forma”.

Ele também reconheceu seu estilo verbal: “Eu sempre carreguei no linguajar. Tento me controlar, tenho melhorado bastante”. Reforçou que isso faz parte de sua forma de se comunicar, mas não teria implicado em incitação a ilegalidades.

update 16h03

Sobre reunião polêmica: “foi grampeada”, diz Bolsonaro

Ao ser questionado por Fux sobre uma reunião em que teria ofendido autoridades — apelidada por alguns de “reunião do golpe” — Bolsonaro respondeu que o encontro foi gravado sem seu consentimento. Disse que, após o episódio da reunião ministerial de abril de 2020 (divulgada por decisão do STF após denúncia de Sergio Moro), proibiu novas gravações: “Essas reuniões nossas tinham essa marca. A partir dali, eu falei, ninguém vai gravar mais nada”.

update 16h03
update 16h01

Agora o ministro Luiz Fux começa seu interrogatório de Bolsonaro. Fux relembra pressão pelo voto impresso

O ministro Luiz Fux relembrou em seu questionamento que recebeu, em seu gabinete, diversas lideranças e técnicos que defendiam o voto impresso, incluindo a deputada Bia Kicis e o então advogado Gustavo Bebianno. Afirmou que Bolsonaro, ainda como presidente e candidato à reeleição, esteve no TSE para reforçar essa demanda.

Fux contou que, apesar das dificuldades técnicas e financeiras, foi realizada uma licitação para viabilizar o voto impresso. No entanto, o Supremo Tribunal Federal declarou a medida inconstitucional por comprometer o sigilo do voto, o que levou ao cancelamento do contrato. A empresa vencedora já havia adquirido equipamentos e posteriormente foi indenizada.

 

(Reprodução/TV Justiça)

update 15h55

Bolsonaro diz que não teve relação com acampamentos em quartéis

O ex-presidente afirmou que os acampamentos montados em frente aos quartéis, como o de Brasília, surgiram espontaneamente após o segundo turno das eleições de 2022. “Eu nunca fui a acampamento”, disse Bolsonaro, acrescentando que só recebia informações pelas redes sociais ou por relatos de pessoas que passavam pelo Palácio da Alvorada.

Ele opinou que era preferível que os manifestantes permanecessem nos acampamentos do que se deslocassem para áreas centrais de Brasília. Destacou que o movimento perdeu força com o tempo, e que por volta da quarta ou quinta-feira anterior aos atos de 8 de janeiro, havia cerca de “duzentas pessoas no máximo”.

Reforçou que não havia comando organizado nas manifestações e que muitos dos envolvidos “mal sabiam o que estavam fazendo”. Afirmou que, por isso, não enxerga como os atos poderiam ser caracterizados como organizados ou incentivados por ele.

update 15h50

“Agenda da Caixa” e general Heleno

Sobre anotações atribuídas ao general Heleno, apreendidas pela PF e que sugeririam uma ruptura institucional, Bolsonaro disse nunca ter discutido nada fora da legalidade com o ex-ministro.

Questionado sobre uma reunião convocada no dia da formatura do neto de Heleno, Bolsonaro diz não lembrar de tê-lo chamado naquele dia e minimiza o episódio, dizendo que conversas com Heleno no Alvorada eram informais e sem teor conspiratório. A existência de tal reunião foi confirmada pelo ex-ministro do GSI e pelo comandante da Marinha, que teria dado uma carona ao general em um avião da FAB.

update 15h49

Hacker de Araraquara

Bolsonaro confirma que recebeu o hacker levado pela deputada Carla Zambelli, mas diz não ter confiado nele e o encaminhou ao Ministério da Defesa. Alega não saber se ele foi de fato recebido por autoridades militares.

Além disso, relata que recebeu o senador Marcos do Val e o ex-deputado Daniel Silveira, mas considerou a conversa “coisa de maluco”. Disse não ter dado prosseguimento à proposta de gravação clandestina de autoridades e cortou contato com o senador.

update 15h47

Bolsonaro: “Golpe é uma coisa abominável. O golpe até seria fácil começar. O after day que é simplesmente imprevisível e danoso para todo mundo.”

Ex-presidente negou que golpe tenha sido tratado: “O Brasil não poderia passar por uma experiência dessa. E não foi sequer cogitado essa hipótese de golpe no meu governo.”

update 15h39

Bolsonaro: “Quando o senhor perde uma eleição, ministro, é um vazio que o senhor não imagina”

“A gente conhece os amigos exatamente nesse momento. Pessoal quer distância. Então esse vazio, muitas vezes, era preenchido aqui com a visita, com a conversa amigável entre eu e alguns oficiais das Forças Armadas.”

update 15h35

Bolsonaro brinca e convida Moraes para ser seu vice em 2026: “Eu declino”, responde o ministro, em momento de descontração do depoimento

(Reprodução/TV Justiça)

update 15h25

“Eu não iria me submeter à maior vaia da história do Brasil”, diz Bolsonaro sobre não ter passado a faixa para Lula na cerimônia de posse, em janeiro de 2023

“Não havia uma gana de procurar alguma saída [para o resultado das eleições]. Tivemos que entubar [a derrota].

update 15h23

Bolsonaro admite discussão sobre GLO e Estado de Sítio em reunião ministerial

“Discutimos a possibilidade de um Estado de Sítio, mas não seguiu. Não foi dado início a nada. O primeiro passo seria a convocação dos Conselhos: ninguém foi convocado”, disse o ex-presidente. “As ilações sobre o que poderia estar ocorrendo corriam soltas, lamento por isso, mas não tinha controle.”

update 15h22

Bolsonaro nega ter editado minuta do golpe

Sobre a acusação feita pelo tenente-coronel Mauro Cid de que Bolsonaro teria “enxugado” a minuta golpista, Bolsonaro disse que essa questão já começou sem força e que nada foi levado à frente. Ele admitiu no entanto, que “alguma coisa” foi exibida num telão durante a reunião.

 

update 15h17

Bolsonaro: “Eu refuto falar em qualquer minuta de golpe ou com ações que não estão na Constituição brasileira.”

Bolsonaro negou ter participado de reunião com ministros em que teria sido discutida a suposta minuta do golpe, com comandantes militares: “Essas reuniões que ocorreram, em grande parte, por decisões do TSE. Uma delas foi a multa de 22 milhões de reais, que nos abalou. Decidimos não apelar para não agravar a multa. Nós vimos tolidos de questionar.”

 

(Reprodução/TV Justiça)

update 15h15

Bolsonaro nega pressão para obter relatório crítico às urnas

“Tinha uma relação fraternal com os comandantes. Jamais questionei nenhum ministro ou coloquei pressão para fazer isso ou aquilo”, respondeu Bolsonaro sobre uma possível interferência em uma relatório elaborado pelo então ministro Paulo Sérgio sobre as urnas eletrônicas. O documento, apesar de afirmar que não existiam indícios de fraude, deixou em aberto a possibilidade de ocorrência caso o sistema não fosse aprimorado.

 

(Reprodução/TV Justiça)

update 15h10

Bolsonaro diz que não teve conhecimento sobre a operação que implementou blitzes em regiões onde os eleitores eram mais favoráveis a Lula

update 15h09

Bolsonaro volta a defender o voto impresso fazendo comparação equivocada com o sistema da Venezuela

Bolsonaro disse que sistema brasileiro “obviamente” precisa de melhorias, e que uma delas seria a adoção do voto impresso. Nesse momento, ele comparou com o recibo de voto adotado na Venezuela nas últimas eleições, afirmando erroneamente que foi essa novidade que permitiu que a oposição descobrisse fraude. Na verdade, a oposição usou o boletim de urna, que já existe nas urnas brasileiras.

update 15h05

Moraes agora pergunta sobre reunião de Bolsonaro com embaixadores na qual falou, sem provas, em fraude no sistema eleitoral brasileiro

update 15h02

Bolsonaro defende que demora na resposta a consultas sobre “logs” de urnas levantou “preocupação”

Bolsonaro disse que “não entendo quase nada de informática”, mas que demora “estimula o que poderia até ser fake news contra o semi-eleitoral brasileiro”. “Ficou realmente uma preocupação grande da nossa parte. Não vou sugerir nada a quem quer que seja aqui, mas acredito que dado o que vem acontecendo de reclamações por ocasião das eleições, para o bem da democracia, seria bom que algo fosse aperfeiçoado para que não pudesse haver qualquer dúvida sobre o sistema eleitoral.”

update 14h59

Moraes pergunta a respeito de ilações de Bolsonaro a respeito das urnas, feitas durante live em 2021

Bolsonaro manteve a retórica de que suas manifestações sobre uma possível fraude eleitoral estariam baseadas em relatórios e que se não houvessem dúvidas sobre a lisura eleitoral, não haveria a presente ação. O ministro Alexandre de Moraes retoucou Bolsonaro: “não existe nenhum indício de fraude às urnas e essa ação não tem absolutamente nada relativo a isso”.

 

(Reprodução/TV Justiça)

update 14h51

Moraes pergunta sobre acusações de recebimento de propina por parte de ministros: “Peço desculpas”, diz Bolsonaro

Questionado sobre a alegação de que os ministros dos tribunais superiores receberiam dinheiro para conceder decisões contra ele durante a campanha eleitoral de 2022, Bolsonaro se desculpou pelas declarações: “Não tinha a intenção de acusar de qualquer desvio de conduta os senhores”.

 

(Reprodução/TV Justiça)

update 14h50

“Desabafo meu, com toda certeza”, diz Bolsonaro sobre xingamentos e críticas às urnas em reunião ministerial

Bolsonaro citou documentos que ele alega que mostram que as urnas eletrônicas possuíam vulnerabilidade. “Essa foi a minha retórica. A reunião com os ministros não era para ser tornada pública.”

update 14h48

Bolsonaro: “Eu joguei dentro das 4 linhas o tempo todo. Muitas vezes falava palavrão, me revoltava, mas, no meu entender, fiz o que tinha de ser feito.”

Bolsonaro também aproveitou o momento para fazer publicidade de seu governo, citando a diminuição da violência, acordos comerciais e projetos implementados durante sua gestão à frente do país.

update 14h41

Moraes pergunta a Bolsonaro sobre gravação de reunião ministerial na qual ele teceu críticas à idoneidade do sistema eleitoral. Ex-presidente cita supostas falas de Dino e Lupi sobre urnas

Bolsonaro afirmou que suas falas que levantaram dúvidas sobre urnas não seriam exclusividade dele. Citou supostas falas do ministro do STF, Flávio Dino, enquanto candidato ao governo do Maranhão, que teria sido vítima de fraude eleitoral em uma eleição perdida; e do ex-ministro da Previdência, Carlos Lupi, sobre suposta crítica a uma suposta “impossibilidade de recontagem de votos”.

update 14h38

Começa o depoimento de Bolsonaro no STF. Perguntado por Moraes, ele nega envolvimento na trama que pretendia impedir a posse de Lula

update 13h51

Moraes nega pedido de Bolsonaro para exibir vídeos durante interrogatório no STF

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta terça-feira (10) o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para exibir vídeos durante seu interrogatório na Primeira Turma do STF.

Na decisão, Moraes afirmou que o interrogatório não é o momento adequado para apresentação de provas novas, especialmente aquelas ainda não juntadas aos autos e desconhecidas das partes.

O ministro ressaltou que a defesa pode anexar os vídeos ao processo para que sejam analisados e debatidos posteriormente. Segundo ele, o interrogatório é o momento de autodefesa, em que o réu apresenta sua versão dos fatos e contradiz os argumentos da acusação.

update 13h35

General Augusto Heleno fica em silêncio parcial em interrogatório

Mais cedo, nesta terça-feira (10), ex-ministro do GSI, apontado como um dos mentores do plano para impedir posse de Lula, respondeu apenas às perguntas da própria defesa

update 13h33

Bolsonaro será interrogado a partir das 14h30, após pausa para almoço

Compartilhe