10 atitudes muito comuns de investidores, que quase sempre dão errado

Imobilizar os investimentos em imóveis é uma dessas atitudes

Leonardo Pires Uller

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SÃO PAULO – Não há dúvida de que investir é o melhor caminho para conseguir realizar sonhos pessoais, ter independência financeira ou uma aposentadoria mais segura. Contudo, nesse caminho, muitas vezes, as pessoas acabam cometendo sérios erros que podem prejudicar todo o processo. O InfoMoney conversou com diversos assessores de investimento para entender quais são as atitudes mais comuns que quase sempre dão errado.

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1 – Inflar muito as expectativas
“Costumo perguntar aos meus clientes o que eles esperam da sua carteira em termos de volume, rentabilidade, capacidade de geração de renda futura. Na maioria dos casos, me deparo com previsões extremamente otimistas e negligentes”, atesta Aldo Pessagno, da Manhattan Investimentos. Assim, ele acaba tendo que jogar um “balde de água fria” nessas expectativas, para deixá-las mais conservadoras. “É preferível ser surpreendido no futuro com uma quantia maior que o esperado do que o contrário”.

2 – Não respeitar os próprios limites
Qualquer hora pode acontecer mudanças no cenário econômico e, consequentemente, nas aplicações financeiras. Assim, Leonardo Demari, da Messem Investimentos acredita que um erro muito comum é se deslumbrar com uma oportunidade e desrespeitar a tolerância a risco. “Por exemplo: Alocar 40% do seu patrimônio em uma oportunidade de renda variável, sendo que no momento onde foi identificado o seu perfil de investidor, o recomendado era no máximo 20% do seu patrimônio”.

3 – Não considerar o impacto da inflação
“Com a alta inflação do nosso atual cenário é muito importante entender a desvalorização da moeda. Se o investidor não considerar a inflação no cálculo da rentabilidade do seu investimento, poderá até ‘perder’ dinheiro, caso que ocorre com os investidores das poupanças”, explica Max Scatimburgo, da Atlas Invest.

4 – Investir em ativos olhando somente a rentabilidade e esquecendo dos riscos
“É muito comum em nosso dia a dia encontrarmos investidores com propostas de investimento em mãos, recebidas de seus gerentes bancários, com produtos MUITO agressivos, em grande parte das vezes até destoando do perfil de investidor do cliente. A alta rentabilidade de ativos mais voláteis realmente atrai, enche os olhos, mas é preciso entender os riscos do produto que se pretende investir”, atesta Ronaldo Bella, da Allux Investimentos. Ele afirma que, muitas vezes, a foto parece bonita, mas o investidor não terá estômago para vivenciar o dia a dia do produto.

5 – Criar uma estratégia, mas mudá-la no meio do caminho
“Acredito que este seja um erro muito comum no mercado financeiro hoje. O investidor precisa seguir a sua estratégia, seja ela de aposentadoria, planejamento sucessório, acumulo de capital ou outra. Na maioria das vezes, alterar a sua estratégia no meio do caminho, seja por questões emocionais ou de mercado, pode custar muito caro”, aponta Leonardo Demari.

6 – Imobilização de grande parte do patrimônio
“Outro erro muito comum do investidor é alocar grande parte, muitas vezes mais de 90%, do seu patrimônio, em investimentos sem liquidez como, por exemplo, imóveis. Em grande parte dos casos, a alavancagem de patrimônio pode sair muito caro”, explica Demari. Em momentos de necessidade, a liquidez dos imóveis só atrapalhará o investidor.

7 – Pedir dicas para amigos e parentes
A tentação de pedir ajuda para um parente, colega de trabalho ou amigo na hora de investir é muito grande, afinal, é sempre bom tentar ouvir um bom conselho. No entanto, eles podem até ter uma boa trajetória de investimentos, mas necessidades diferentes das suas. “O que é bom pra um pode não ser tão bom para outro”, ressalta Max Scatimburgo. Assim, o melhor, é buscar uma assessoria profissional no assunto.

8 – Acreditar em tudo que as pessoas falam em fóruns
“Na busca por ‘caminhos mais fáceis’ para ganhar dinheiro em curto prazo, muitas pessoas recorrem a ‘dicas quentes’ ou ‘notícias de última hora’ postadas em fóruns na internet. Há anos atrás, ainda bem jovem, minha primeira operação na Bolsa foi comprando uma ação ‘mico’, da qual tinha ouvido falar muito bem em um desses fóruns. No primeiro dia, ganhei 8%, no dia seguinte, perdi 10%”, conta Ronaldo Bella.

9 – Investir somente na poupança
“Acredito que grande parte dos investidores que utilizam a poupança para rentabilizar o seu dinheiro, desconhece de informações sobre o produto. A poupança possui um dos piores rendimentos no mercado financeiro, aproximadamente 7,44% nos últimos 12 meses, enquanto o CDI (Certificado de Depósito Bancário), no mesmo período rendeu 13,08%”, crava Demari.

10 – Investir apenas a curto prazo
“Este tipo de comportamento nos investidores é muito comum: buscar as oportunidades e os melhores rendimentos de curto prazo e não destinar parte das aplicações para longo prazo. É muito importante destinar parte dos recursos para o longo prazo, visto que na aposentadoria, normalmente, o seu rendimento será menor do que quando estava em atividade no mercado”, finaliza o assessor de investimentos Leonardo Demari.

 

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