Índices futuros dos EUA caem após rali de três dias, com atenção à conversa entre Biden e Xi: os assuntos do mercado hoje

Os índices futuros dos EUA operam em baixa na manhã desta sexta-feira (18), após um rali de três dias, já que a decisão do Federal Reserve (Fed) de apertar a política atendeu amplamente às expectativas dos investidores. As bolsas asiáticas fecharam em alta, com exceção do índice Hang Seng de Hong Kong que fechou em queda de 0,41%, depois de uma semana volátil, vendo grandes perdas na segunda e terça-feira antes de uma reviravolta dramática nos dois dias posteriores.

O presidente dos EUA, Joe Biden, conversa com o presidente chinês,  Xi Jinping, nesta sexta-feira, na tentativa de esclarecer a posição da China, em meio aos receios de que Pequim venha a ajudar militarmente Moscou, escalando o conflito para um nível imprevisível. Washington já avisou que uma ação nesse sentido causaria retaliações.

Os investidores seguem monitorando as notícias da Ucrânia e da Rússia à medida que a guerra continua. Os ataques russos na Ucrânia resultaram em inúmeras mortes de civis no último dia, disseram autoridades ucranianas.

Além disso, pouco progresso foi feito até agora nas negociações entre diplomatas russos e ucranianos após um quarto dia de diálogo. Os preços das commodities subiram mais uma vez com o ressurgimento dos temores de sanções mais rígidas e problemas persistentes de fornecimento.

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Ainda no radar, a Rússia conseguiu pagar cupons em seus títulos soberanos a alguns credores, segundo fontes ouvidas pela Reuters. Embora a incerteza ainda persista, a Rússia pode ter conseguido evitar um calote histórico da dívida por enquanto.

No Brasil, a agenda econômica traz a segunda prévia do IGP-M e taxa de desemprego Pnad Contínua. Do lado corporativo, após o fechamento dos mercados, será divulgado o balanço da Eletrobras.

1. Bolsas Mundiais

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA caem nesta manhã de sexta-feira (18), enquanto o S&P 500 tenta registrar sua melhor semana desde novembro de 2020. 

As ações americanas desfrutaram de um rali de alívio esta semana, já que a decisão do Fed de aumentar os juros atendeu às expectativas dos investidores. O S&P 500 subiu por três dias consecutivos esta semana, alta de 4,9%, a caminho de sua melhor semana desde novembro de 2020.

Veja o desempenho dos mercados futuros:

• Dow Jones Futuro (EUA), -0,48%
• S&P 500 Futuro (EUA), -0,55%
• Nasdaq Futuro (EUA), -0,58%

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam mistas, já que as ações em Hong Kong continuaram uma semana de montanha-russa. O índice Hang Seng de Hong Kong oscilou entre território positivo e negativo, com a última negociação 0,34% abaixo.

• Shanghai SE (China), +1,12%
• Nikkei (Japão), +0,65% 
• Hang Seng Index (Hong Kong), -0,41% 
• Kospi (Coreia do Sul), +0,46%

Europa

Os mercados europeus operam mistos nesta sexta-feira, com investidores acompanhando as negociações entre a Rússia e a Ucrânia e digerindo uma grande semana de decisões do banco central.

• FTSE 100 (Reino Unido), -0,20%
• DAX (Alemanha), -0,50%
• CAC 40 (França), -0,62%
• FTSE MIB (Itália), +0,24%

Commodities

Os preços do petróleo estenderam sua alta nesta sexta-feira no final de uma terceira semana volátil de negociações, depois que o pequeno progresso nas negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia levantou o espectro de sanções mais rígidas e uma interrupção prolongada no fornecimento de petróleo.

Apesar dos reveses no campo de batalha e das sanções punitivas do Ocidente, Putin mostrou poucos sinais de ceder. Um quarto dia de conversas entre negociadores russos e ucranianos ocorreu por videoconferência, mas o Kremlin disse que um acordo ainda não foi alcançado.

• Petróleo WTI, +0,67%, a US$ 103,65 o barril
• Petróleo Brent, +0,26%, a US$ 106,92 o barril
• Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve alta de 3,54%, a 833,50 iuanes, o equivalente a US$ 130,97

Bitcoin

• Bitcoin, -0,61% a US$ 40.575,81 (em relação à cotação de 24 horas atrás)

2. Agenda

Esta semana foi marcada pelas decisões de importantes bancos centrais pelo mundo, o Fed dos EUA aprovou na quarta-feira seu primeiro aumento da taxa de juros em mais de três anos, enquanto o Banco da Inglaterra na quinta-feira elevou as taxas pela terceira reunião consecutiva. 

Por aqui, o BC também elevou a taxa básica de juros Selic, de 10,75% para 11,75% ao ano, e economistas já preveem Selic terminal acima de 13%. A semana encerra com a taxa de desemprego medida pela PNAD Contínua, referente a janeiro.

Brasil

8h: IGP-M 2ª prévia de março

9h: Taxa de desemprego (PNAD) de janeiro, com projeção Reuters de taxa de 11,4%

EUA

11h: Vendas de casas usadas de fevereiro

15h: Contagem de sondas Baker Hughes

3. Governo libera pacote para economia

O governo planeja injetar mais de R$ 150 bilhões na economia através do programa Renda e Oportunidade, do Ministério do Trabalho e Previdência, divulgado ontem (17). O pacote prevê três medidas provisórias e um decreto estão a oferta de linha de crédito para empreendedores, saque extraordinário de parte do FGTS, antecipação do 13º de aposentados e pensionistas do INSS e liberação de empréstimos consignados para quem recebe benefícios assistenciais, como o Auxílio Brasil.

Bolsonaro libera saque de R$ 1.000 do FGTS a partir de 20 de abril

Até 15 de dezembro, cada trabalhador poderá sacar até R$ 1 mil de suas contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A medida beneficiará 42 milhões de pessoas e deverá injetar R$ 30 bilhões na economia caso todos os trabalhadores retirem o dinheiro.

A autorização para a nova rodada de saques do FGTS consta de medida provisória assinada, na tarde desta quinta-feira (17), pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo o Ministério do Trabalho e Previdência, o saque tem como objetivo diminuir o comprometimento de renda e o endividamento das famílias por causa da crise sanitária provocada pela Covid-19.

Segundo o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, o calendário de saques começa em 20 de abril e vai até 15 de junho — o cronograma será detalhado pela instituição. 

Governo faz pressão sob Silva e Luna à espera de um pedido de demissão

O governo vem expondo o presidente da Petrobras (PETR3;PETR4), Joaquim Silva e Luna, a uma espécie de fritura pública na expectativa que ele peça demissão do cargo após aumento do desgaste.

O jornal Valor destacou que, nos bastidores, até mesmo integrantes da ala militar do governo têm criticado o colega. Somente dois quadros militares têm defendido Silva e Luna publicamente: o vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos), que tem uma relação estremecida com Bolsonaro, e o ministro de Minas e Energia, almirante Bento Albuquerque.

Esse processo tem abalado as ações da Petrobras, que fechou a sessão da véspera em queda, descolando-se dos seus pares do setor.

Governo de SP decreta fim do uso de máscaras em locais fechados

O governo do estado de São Paulo anunciou, ontem (17), que não será mais obrigatório o uso de máscaras de proteção contra a Covid-19 em ambientes fechados. A flexibilização, decretada pelo governador João Doria (PSDB), desobriga o uso de máscaras nessas áreas, com exceção do transporte público – e seus respectivos locais de acesso, como estações de Metrô – e nos locais destinados à prestação de serviços de saúde.

4. Covid

Na última quinta-feira (17), o Brasil registrou 484 mortes e 49.294 casos de covid-19 em 24h, segundo informações do consórcio de veículos de imprensa, às 20h.

A média móvel de mortes por Covid em 7 dias no Brasil ficou em 334, recuo de 24% em comparação com o patamar de 14 dias antes.

A média móvel de novos casos em sete dias foi de 39.692, o que representa baixa de 8% em relação ao patamar de 14 dias antes. 

Chegou a 158.564.214 de pessoas totalmente imunizadas contra a Covid no Brasil, o equivalente a 73,81% da população.

O número de pessoas que tomaram ao menos a primeira dose de vacinas atingiu 174.783.755 pessoas, o que representa 81,36% da população.

A dose de reforço foi aplicada em 71.367.017 pessoas, ou 33,22% da população.

5. Radar Corporativo

Eletrobras (ELET3;ELET6), M. Dias Branco (MDIA3) e Gafisa (GFSA3) divulgam seus balanços, após fechamento dos mercados.

brMalls (BRML3) e Aliansce Sonae (ALSO3)

O conselho de administração da brMalls (BRML3) decidiu,  por unanimidade, recusar a nova proposta não solicitada de combinação de negócios enviada pela Aliansce Sonae Shopping Centers em 16 de março de 2022.

Segundo comunicado, a nova proposta não-solicitada continua subavaliando, consideravelmente, o valor econômico justo da companhia e do seu portfólio de ativos, vez que apresentou um incremento de preço insuficiente e,  portanto, ainda não atende aos melhores interesses  dos acionistas da brMalls. 

Por fim, o conselho de administração da brMalls reitera que avaliará eventual  nova proposta que seja enviada pela Aliansce Sonae.

Telefônica (VIVT3) 

A Telefônica Brasil aprovou o pagamento de juros sobre capital próprio no montante  bruto  de R$ 250 milhões, equivalentes a R$ 0,14929120379 por papel.

O crédito dos proventos será realizado até 31 de julho de 2023, com base na posição acionária de 31 de março de 2022.

Copasa (CSMG3) 

A Copasa (CSMG3) aprovou JCP no valor de R$ 33,8 milhões, o equivalente a R$ 0,0893 por ação.

A data de corte será no dia 22 de março e o crédito ocorrerá em até 60 dias após a declaração (17/03). As ações serão negociadas ex-direito a partir de 23 de março deste ano.

Lojas Renner (LREN3) 

A Lojas Renner (LREN3) registrou lucro líquido de R$ 415,8 milhões no quarto trimestre de 2021 (4T21), cifra 17,5% superior ao registrado no quarto trimestre de 2020.

O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado cresceu 5,3% no 4T20, totalizando R$ 776,1 milhões.

O conselho de administração da varejista aprovou a distribuição de juros sobre capital próprio no montante bruto de R$ 141 milhões, correspondentes a R$ 0,143910 por ação.

O pagamento será feito conforme definição na Assembleia Geral Ordinária de 2023, com base na posição acionária de 22 de março de 2022. Dessa forma, as ações serão negociadas ex-direito a partir de 23 de março deste ano.

B3 (B3SA3) 

A B3 (B3SA3) registrou um lucro líquido de R$ 1,091 bilhão no 4º trimestre do ano passado, praticamente estável na comparação anual, com queda de 0,5% frente o mesmo intervalo de 2020.

Segundo a empresa, esse resultado refletiu o desempenho operacional positivo nos segmentos de Balcão e Tecnologia, Dados e Serviços no trimestre.

Excluindo itens não recorrentes, o lucro líquido teria atingido R$ 1,229 bilhões no trimestre, aumento de 6,0%.

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