Ibovespa futuro abre em queda de mais de 1%, com “ressaca” pós-Fed e Copom; juros futuros sobem

Pré-mercado não consegue manter ganhos obtidos na sessão de ontem e o dólar também volta a subir

Mitchel Diniz

(Shutterstock)

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O Ibovespa futuro inicia os negócios desta quinta-feira (5) com perdas acentuadas, acompanhando a tendência do pré-mercado americano. Os índices passam por um ajuste depois de uma guinada na sessão de ontem, com sinalizações de que os juros nos Estados Unidos não devem subir em ritmo mais acelerado, ao menos por enquanto.

Ontem, o Federal Reserve elevou a taxa em 50 pontos base, para uma faixa entre 0,75% e 1% ao ano. Apesar de baixa, comparando ao nível da Selic, no Brasil, é a maior taxa em mais de 20 anos. Após a decisão, o presidente do Fed, Jerome Powell, acalmou aos mercados ao dizer que os ajustes devem continuar nesse ritmo e, por hora, uma alta de 75 pontos base não está na mesa da autoridade monetária.

Leia mais: A fala “dovish” do presidente do Fed que impulsionou os mercados, apesar da maior alta no juro em 22 anos

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A quarta-feira foi pesada e ainda teve decisão de juros aqui no Brasil. O Copom elevou a Selic ao seu maior patamar em cinco anos, para 12,75%. O ajuste foi de 100 pontos base, conforme o previsto, mas a autoridade monetária surpreendeu ao confirmar que o ciclo de aperto monetário continua. Uma nova alta, de menor magnitude, deve ser feita na próxima reunião, em junho, e os analistas entenderam que o BC deixou a porta aberta para subir juros mais vezes este ano.

Os juros futuros, que recuaram ontem com a fala de Powell, hoje voltam a subir forte com a decisão do Copom: DIF23, +0,18 pp, a 13,18%; DIF25, +0,17 pp, a 12,14%; DIF27, +0,13pp, a 11,94%; e DIF29, +0,11 pp, a 12,05%.

Às 9h13 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro para junho caía 1,06%, aos 108.755 pontos.

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Já o dólar comercial voltava a subir, operando em alta de 0,77%, a R$ 4,941 na compra e R$ 4,942 na venda.

O dia também vai ser marcado por importantes balanços corporativos. Antes da sessão começar, Ambev (ABEV3), e Gerdau (GGBR4) divulgaram seus números referentes ao primeiro trimestre. Após o fechamento, saem Petrobras (PETR3,PETR4) e Bradesco (BBDC4), ações de grande peso do Ibovespa.

Em Nova York, os índices futuros também operavam em baixa, depois das Bolsas em Wall Street terem subido mais de 3% na véspera. O Dow Jones futuro recuava 0,49%, enquanto os futuros do S&P 500 e da Nasdaq recuavam, respectivamente, 0,61% e 0,75%.

Os investidores seguem acompanhando os desdobramentos da guerra na Ucrânia e o surto de Covid-19 na China, eventos que reforçam preocupações com inflação e desaceleração da economia global.

Análise técnica por Pamela Semezatto, analista de investimentos e especialista em day trader da Clear Corretora

Ibovespa

“Dia de volatilidade ontem para o IBOV. O índice tentou romper a mínima (suporte intermediário – 106.000) e voltou com muita força na compra. Se hoje romper a máxima de ontem, acredito que podemos esperar por alguns dias de alta e, quem sabe, um teste na região dos 111.000. Tendência de curto prazo ainda sem definição.”

Dólar

“Não mostrou muita definição ontem. Enquanto estiver abaixo da resistência de R$ 5,130, segue ainda com tendência de baixa, mas com características de consolidação nessa região!”



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Mitchel Diniz

Repórter de Mercados