5 assuntos

Bolsas mundiais sobem, em início de semana marcada por inflação nos EUA e indicadores no Brasil; os destaques do mercado hoje

Maior parte das bolsas asiáticas esteve fechada por feriado, mas índice Nikkei, do Japão, fechou com ganhos

Por  Equipe InfoMoney -

A sessão desta segunda-feira (12) é majoritariamente de ganhos para as principais bolsas mundiais, no início de uma semana que será marcada por dados de inflação nos Estados Unidos e na Europa de agosto, enquanto o Brasil contará com indicadores do setor de serviços e varejo, além do IBC-Br de julho.

Na Ásia, a sessão foi de forte alta para os principais índices, ainda que as bolsas na China, Hong Kong e Coreia do Sul permaneceram fechados por conta do festival da Lua.

O principal indicador econômico da semana, de preços ao consumidor, será divulgado nos EUA na terça-feira(13)  e é visto como importante para definir os próximos passos do Federal Reserve em reunião de política monetária da próxima semana.

Por aqui, o noticiário político ganha cada vez mais destaque com a proximidade do primeiro turno das eleições. A semana, além de dados do varejo, serviços e do IBC-Br, contará com uma bateria de pesquisas eleitorais, com Ipec (ex-Ibope) sendo divulgada nesta segunda-feira. Ainda em destaque, Rosa Weber assume a presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta data.

Confira no que ficar de olho:

1. Bolsas mundiais

Estados Unidos

A sessão é de ganhos para os principais índices futuros dos EUA, com os investidores à espera dos dados de inflação ao consumidor amanhã, que serão importantes para definir o rumo da política monetária em reunião da próxima semana.

O movimento acompanha o desempenho ocorrido na sexta-feira em Wall Street, mais relacionado a um ajuste após uma onda de vendas, uma vez que a incerteza permanece alta sobre a inflação e a agressividade do banco central dos Estados Unidos em relação a aumentos da taxa de juros.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Neste domingo (11), Janet Yellen, secretária do Tesouro dos EUA, afirmou que o país enfrenta “risco” de recessão, já que sua batalha contra a inflação pode desacelerar a economia do país, mas ainda pode ser evitada.

O dado de inflação da próxima terça é visto como importante para definir os próximos passos do Federal Reserve. Afinal, o BC americano tem evitado antecipar seus próximos movimentos, mostrando que a intensidade do aperto vai depender de indicadores econômicos. Por enquanto, a maioria dos investidores aposta que o Fed vai elevar os juros em 75 pontos-base no próximo dia 21 de setembro.

Christopher Waller, membro votante do Fomc, defendeu uma “nova e significativa” alta dos juros na próxima semana, assim como James Bullard.

Veja o desempenho dos mercados futuros:

  • Dow Jones Futuro (EUA), +0,55%
  • S&P 500 Futuro (EUA), +0,67%
  • Nasdaq Futuro (EUA), +0,78%

Ásia

Na Ásia, a sessão foi de forte alta para os principais índices, ainda que as bolsas na China, Hong Kong e Coreia do Sul permaneceram fechados por conta do festival da Lua. O Nikkei 225, do Japão, subiu 1,16%, fechando a 28.542 pontos, enquanto o índice Topix avançou 0,75%, a 1.980 pontos, com as ações do setor de viagens tendo ganhos com relatos de que as restrições à entrada no país podem diminuir.

  • Shanghai SE (China), não abriu
  • Nikkei (Japão), +1,16% (fechado)
  • Hang Seng Index (Hong Kong), não abriu
  • Kospi (Coreia do Sul), não abriu

Europa

As bolsas europeias operam com ganhos, seguindo os avanços das sessões recentes.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O Banco Central Europeu (BCE) realizou uma alta de juros de 75 pontos-base, algo sem precedentes, mas já esperado, na última semana. Por lá, Joachim Nagel, presidente do banco central da Alemanha (Bundesbank), ressaltou que há caminho para novas altas “significativas” das taxas de juro na zona do euro, face ao aumento da inflação e ao risco de recessão.

Já o vice-presidente do BCE, Luis de Guindos, disse em entrevista que a quantidade e a magnitude das novas altas de juros irão depender de dados futuros.

  • FTSE 100 (Reino Unido), +1,34%
  • DAX (Alemanha), +1,71%
  • CAC 40 (França), +1,24%
  • FTSE MIB (Itália), +1,32%

Commodities

No mercado de commodities, os preços do petróleo sobem cerca de 1% após caírem mais cedo com as perspectivas de demanda global de combustível instável, motivada pelas restrições da Covid-19 na China. A Bolsa de Dalian, na China, onde opera o contrato futuro de minério de ferro, esteve fechada devido a feriado.

2. Agenda

Apesar de uma agenda mais esvaziada nesta segunda, a semana vai trazer o último indicador antes da próxima reunião de política monetária do Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos, e também o mais importante. O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) sai na terça e o número deve mostrar se a escalada de juros conduzida pelo Fed está sendo capaz ou não de conter o avanço da inflação no país.

Em julho, o índice surpreendeu com uma estagnação na comparação com o mês anterior. Para agosto, o consenso do mercado, de acordo com a Refinitiv, aponta para uma leve deflação de 0,1%.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O mercado entende que o Fed também vai calibrar sua decisão sobre juros de acordo com esse número. Afinal, o BC americano tem evitado antecipar seus próximos movimentos, mostrando que a intensidade do aperto vai depender de indicadores econômicos. Por enquanto, a maioria dos investidores aposta que o Fed vai elevar os juros em 75 pontos-base no próximo dia 21 de setembro.

Dados de inflação nos EUA e Europa, serviços e varejo no Brasil: o que acompanhar na semana

Ainda nos Estados Unidos, a semana traz uma série de indicadores econômicos. Na quinta-feira (15), saem as vendas do varejo referentes a agosto e a média das projeções aponta para uma estagnação na comparação mensal. Nesse mesmo dia tem o dado de produção industrial sobre o mesmo mês e o consenso Refinitiv prevê uma ligeira alta mensal de 0,2%.

Na quinta, também saem as vendas do varejo e a produção industrial chinesas, referentes a agosto. Para ambos os indicadores, a média das projeções indica crescimento de 4%, na comparação anual.

Na Europa, mais dados de inflação. A expectativa do mercado, segundo a Refinitiv, é de que o índice de preços ao consumidor registre uma alta de 0,5% na comparação com julho. Dessa forma, a inflação anual deve chegar a 9,1%.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Indicadores da atividade econômica brasileira referentes ao mês de julho também são esperados para esta semana. A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) será divulgada na terça, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na quarta, é a vez da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC). Por fim, na quinta, o Banco Central divulgará seu índice de atividade econômica, o IBC-Br do mês de julho.

Na B3, quarta-feira é dia de vencimento de opções sobre Ibovespa e, na sexta-feira (16), de vencimento de opções sobre ações.

Confira a agenda desta segunda-feira:

Brasil

8h25: Boletim Focus semanal

15h: Balança comercial semanal

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

XP Investimentos
Abra a sua conta e ganhe uma mochila XP Aston Martin
Confira os 4 passos para garantir a sua
EU QUERO

17h: Paulo Guedes, ministro da Economia, participa de sessão solene de posse da presidente e do vice-presidente do Supremo Tribunal Federal, ministros Rosa Weber e Luis Roberto Barroso

20h55: Divulgação da pesquisa Ipec para presidência

Roberto Campos Neto participa da Reunião Bimestral de Presidentes de Bancos Centrais, do Banco de Compensações Internacionais (BIS), em Basileia

3. Noticiário econômico

Deflação recorde no trimestre

As desonerações promovidas pelo governo e os cortes de preços da gasolina anunciados pela Petrobras podem fazer com que o IPCA registre neste terceiro trimestre a maior deflação trimestral desde o Plano Real. 

Uma alta de até 0,18% no mês levaria o IPCA a uma deflação de 0,86% no período de julho a setembro, mais intensa do que a queda de 0,85% registrada no terceiro trimestre de 1998 – a maior do Plano Real até agora.

Mas a chance de uma taxa negativa em setembro já aparece nas estimativas preliminares de casas como Greenbay Investimentos (-0,20%), Bank of America (-0,15%), XP Investimentos (-0,14%) e Barclays (-0,10%).

Xi e Putin se encontrarão 

Xi Jinping deixará a China pela primeira vez em mais de dois anos para uma viagem nesta semana à Ásia Central, onde se encontrará com o presidente russo Vladimir Putin. A viagem, a primeira de Xi ao exterior desde o início da pandemia de Covid-19, mostra o quão confiante ele está em seu poder na China e quão perigosa a situação global tem se tornado.

Em um cenário de confronto da Rússia com o Ocidente em relação à Ucrânia, crise sobre Taiwan e economia global abalada, Xi fará uma visita de Estado ao Cazaquistão na quarta-feira.

O presidente da China depois se encontrará com Putin na cúpula da Organização para Cooperação de Xangai na antiga cidade da Rota da Seda de Samarcanda, no Uzbequistão, disseram o Cazaquistão e o Kremlin. O assessor de política externa de Putin, Yuri Ushakov, disse a repórteres na semana passada que o presidente russo tem previsão de se encontrar com Xi na cúpula. O Kremlin se recusou a dar detalhes sobre as conversas. A China ainda não confirmou os planos de viagem de Xi.

4. Noticiário político 

Sem uso de imagens do 7 de setembro

O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Benedito Gonçalves determinou em caráter liminar que a campanha do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) pare de utilizar na propaganda eleitoral imagens do evento cívico-militar que comemorou o Bicentenário da Independência do Brasil.

Além de dar 24 horas para que o candidato à reeleição cesse o uso de fotos, vídeos ou materiais gráficos em sua campanha, a decisão assinada no sábado também determina à Empresa Brasil de Comunicação (EBC) que suspenda a veiculação de vídeo de cobertura do evento no canal de YouTube da TV Brasil, até que ele seja editado para retirar trechos em que há indevida divulgação do presidente. Nas duas situações, está prevista multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento.

Leia também: Analistas veem como alta a probabilidade de troca da regra fiscal em caso de vitória de Lula ou Bolsonaro

“Em análise perfunctória, é possível concluir que os trechos destacados denotam o desvirtuamento, ao menos pontual, da participação do Presidente da República nas comemorações do Bicentenário da Independência e da cobertura televisiva, em vídeo disponibilizado no canal de YouTube da TV Brasil que conta hoje com quase 400.000 visualizações”, diz o ministro, na peça.

Itamaraty diz que Bolsonaro irá a funeral da rainha Elizabeth

Bolsonaro estará pessoalmente no funeral da rainha Elizabeth, monarca mais longeva do Reino Unido, disse o Ministério das Relações Exteriores neste domingo. O  Itamaraty informou que Bolsonaro irá a Londres para funeral em 19 de setembro.

No dia do falecimento da rainha, Bolsonaro decretou luto oficial de três dias no Brasil. Na ocasião, ele ainda avaliava se viajaria para prestar as últimas homenagens, ponderando que o deslocamento ocuparia dias em sua agenda de campanha à reeleição.

Pesquisa Ipespe

O ex-presidente e candidato ao Planalto Luiz Inácio Lula da Silva (PT) registra 44% das intenções de voto, enquanto Bolsonaro tem 36%, apontou pesquisa Ipespe/Abrapel divulgada no sábado. Realizada entre os dias 7 e 9 de setembro, a sondagem pode já ter captado os impactos dos atos de 7 de Setembro que ganharam ares eleitorais e resultaram em alta exposição do presidente nas mídias e veículos de comunicação.

Na pesquisa anterior, divulgada no último sábado, Lula já contava com o patamar de 44% da preferência do eleitorado, enquanto Bolsonaro apresentava 35% das intenções de voto. O presidente oscilou positivamente, portanto, em 1 ponto percentual desde a última pesquisa. A variação ocorre dentro da margem de erro de 3 pontos percentuais.

Em um segundo turno, Lula venceria a disputa com 52%, um ponto percentual a menos do que o verificado há uma semana, e Bolsonaro receberia 39%, um ponto percentual a mais em relação a 3 de setembro.

Covid

No domingo (11), o Brasil registrou 8 mortes e 2.285 casos de covid-19 em 24h, segundo informações do consórcio de veículos de imprensa, às 20h.

A média móvel de mortes por Covid em 7 dias no Brasil ficou em 70, redução de 50% em comparação com o patamar de 14 dias antes.

A média móvel de novos casos em sete dias foi de 8.142, o que representa baixa de 46% em relação ao patamar de 14 dias antes.

5. Radar corporativo

Cielo (CIEL3)

A Cielo  anunciou na sexta-feira (9) acordo com a Meta Platforms, dona do WhatsApp e do Facebook, para captura e processamento de transações feitas por meio do WhatsApp.

O acordo permite que pessoas possam fazer pagamentos a lojas, por exemplo, usando meios como cartões de débito e de crédito, por meio do aplicativo de mensagens, que hoje já usado para transferência de recursos entre pessoas.

“A efetiva disponibilização ao público da realização de transações de pagamento via WhatsApp nessa modalidade é uma decisão que cabe à Meta e está sujeita à realização de testes com usuários e estabelecimentos comerciais, além de aprovações regulatórias”, afirmou a companhia, em fato relevante.

Iguatemi (IGTI11)

A Iguatemi celebrou contrato para aquisição de participação adicional de 36% no Shopping JK Iguatemi, informou a companhia na sexta em comunicado ao mercado. A operação será feita por meio da aquisição, por sua subsidiária Mutuall Soluções Financeira, de 100% das quotas da Adeoti Empreendimentos Imobiliários.

O valor da aquisição será de R$ 667 milhões, sujeito a eventuais ajustes nos termos do contrato e será pago na data do fechamento da transação em moeda corrente nacional, com recursos de financiamentos contratados junto a instituições financeiras, destacou a companhia.

O fechamento da transação está condicionado ao cumprimento de determinadas condições precedentes usuais em operações desta natureza, incluindo a aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).  “Após o fechamento, previsto para o 4º trimestre de 2022, a companhia passará a ser indiretamente titular de 100% do Shopping JK Iguatemi”, destacou.

Em outro comunicado, informou ainda que fará uma oferta primária de ações.

(com Agência Brasil, Reuters e Estadão Conteúdo)

Compartilhe