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O que você aprendeu com 2020?

O que temos aprendido é que pensar e se preparar para o longo prazo são habilidades que precisam ser desenvolvidas imediatamente em nosso país. O que também percebemos é que as dificuldades nos trazem aprendizado.
Por  Thiago Godoy -
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

O que você aprendeu com 2020? O que quer para 2021? O que está ao seu alcance e você pode fazer melhor do que fez esse ano?

Nesta próxima terça, começa o último mês de um dos anos mais difíceis em nossa história recente. O novo coronavírus trouxe uma avalanche de complicações, que vão desde graves problemas de saúde até um impacto profundo nas finanças de grande parte da população.

Estamos, de forma geral, mais vulneráveis. No âmbito financeiro, as famílias estão mais sujeitas a flutuações na renda e fraudes financeiras. Em um momento de crise como este, obter informação de qualidade é essencial, tanto para os cuidados da saúde quanto para o planejamento das finanças familiares.

O que temos aprendido com tudo isso é que pensar e se preparar para o longo prazo são habilidades que precisam ser desenvolvidas imediatamente em nosso país.

O que também percebemos é que as dificuldades nos trazem aprendizado.

Uma pesquisa realizada pela XP Inc e pela XPEED, braço educacional do grupo, junto ao Instituto Locomotiva e lançada durante a Semana de Educação Financeira XPEED identificou que 77,5 milhões de brasileiros afirmaram que a pandemia os obrigou a fazer mais planos para o futuro.

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Fazer planos é importante, mas executar esses planos é ainda mais. Na mesma pesquisa, apenas 5 em cada 10 brasileiros afirmam estabelecer metas financeiras de longo prazo e se esforçar para alcança-las.

No campo do conhecimento básico sobre finanças, a pesquisa encontrou dados importantes: existe um abismo entre a autoavaliação do conhecimento financeiro dos brasileiros e a sua capacidade de responder a questões simples, como noções sobre juros compostos e inflação.

Ou seja, mesmo entre as pessoas que acham que sabem, há um grande desafio. Cerca de 25% dos brasileiros acreditam que possuem um alto conhecimento financeiro, porém menos de 10% conseguiram acertar todas as perguntas básicas.

Quase 70% de quem acredita que possui alto conhecimento financeiro errou três ou mais questões e mais da metade errou a pergunta que avalia o conceito de inflação.

Aprenda os conceitos iniciais sobre finanças e comece a investir

Estamos falando aqui dos conceitos básicos que a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico considera essenciais para uma pessoa adulta lidar com o seu dinheiro.

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Na semana passada, escrevi um artigo sobre a alfabetização financeira e sobre a importância de saber os conceitos mínimos para organizar seu dinheiro. Esses conhecimentos são a base para decisões financeiras que fazem parte de nossa vida cotidiana e que, portanto, precisam ser responsáveis.

A alfabetização financeira é essencial para que uma família possa equilibrar seu orçamento, realizar seus sonhos e garantir uma renda na aposentadoria.

Na pesquisa, também identificamos que 8 em cada 10 brasileiros possuem objetivos financeiros e os principais são quitar as dívidas e formar uma reserva de emergência. As pessoas querem aprender, querem quitar dívidas e formar um patrimônio.

A pandemia trouxe a necessidade. Mais de 40% dos pesquisados afirmaram que a pandemia fez com que passassem a pesquisar mais sobre assuntos financeiros. Mais de 90% dos brasileiros querem aprender a investir e a se organizar melhor financeiramente.

São 9 em cada 10 brasileiros interessados em educação financeira. Mas como chegar em tanta gente? A resposta mais simples é: por meio da tecnologia e com linguagem acessível.

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No evento da semana passada, XP Inc. e XPEED trouxeram nomes como o jogador de futebol Kaká, o piloto Rubinho Barrichello, o empresário da música KondZilla e a ex-BBB Thelminha, entre outros tantos palestrantes. Gente que não é da área financeira, para mostrar ao brasileiro que educação financeira não é coisa de gente engravatada.

Esse é um conhecimento que permite você mudar seus comportamentos e atitudes financeiras, a sua relação com o dinheiro e, como vimos no evento, pode reduzir inclusive a sua ansiedade financeira, presente em algum grau em quase 80% da população brasileira e causa insegurança, culpa, medo e até sensações físicas como palpitação e tremedeira.

Você quer mudanças em 2021? É possível, mas para isso, você precisa começar, precisa derrotar a inércia. Vencendo essa primeira etapa, o caminho vai ficando mais suave, tenha certeza. E como eu sempre digo, afinal de contas, é mais fácil do que você pensa!

Thiago Godoy É head de educação financeira da XP Inc. e especialista em psicologia do dinheiro e bem-estar financeiro. É mestre pela FGV – Tese em Educação Financeira, especialização em Sustentabilidade (University of British Columbia), tem MBA em Marketing (FGV) e graduação em administração (UFJF). Foi diretor de mobilização de recursos e relações governamentais da Associação de Educação Financeira do Brasil, atuando especialmente com populações de baixa renda e escolas públicas. Também atuou com desenvolvimento institucional na Dialogue Direct e Children International (EUA), Fundação Vida Plena (Bolívia), Projuventude e Comitê para Democratização de Informática (Brasil). Instagram: @papaifinanceiro

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