Fechar Ads

STF vai julgar privatização de subsidiárias de estatais sem aval do Congresso

O parlamento quer que fique claro que as chamadas “privatizações brancas” são uma forma de burlar a autorização do Congresso para venda desses ativos públicos
Por  XP Política -
info_outline

Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

Será julgado o pedido da Mesa do Senado para que o Supremo Tribunal Federal (STF) esclareça se o governo estaria burlando a regra e desmembrando empresas matrizes em subsidiárias menores para facilitar o processo de privatização, evitando a autorização do Congresso. A regra estabelecida pelo STF, em 2019, determina que a venda da empresa estatal mãe (matriz) só pode ser feita mediante lei aprovada pelo Congresso.

O parlamento quer que fique claro que as chamadas “privatizações brancas” são uma forma de burlar a autorização do Congresso para venda desses ativos públicos. Foram citadas como exemplos as vendas das refinarias Landulpho Alves (Rlam) e Paraná (Repar). Há no Senado grupos descontentes com a possibilidade privatizar algumas subsidiárias.

O relator do pedido é o ministro Edson Fachin, que junto com Ricardo Lewandowski (relator do processo que deu origem à regra) e Rosa Weber, disse que a venda de qualquer empresa pública só poderia ser feita mediante autorização do Congresso, no julgamento de 2019.
No entanto, no tema geral, a maioria dos ministros defendeu a visão mais flexível que permite a venda de subsidiárias.

O esperado é que esse grupo encontre uma solução de meio para destravar as privatizações daquilo que não é matriz. Há pelo menos seis ministros que já defenderam a possibilidade de privatizar sem aval do Legislativo: Dias Toffoli, Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e o presidente Luiz Fux.

Temas centrais do debate devem ser a ligação da subsidiária com a atividade fim da estatal e a forma como foi criada, se por decreto, projeto de lei, etc. A tendência é de que aquilo que tenha sido criado por decisão do Congresso só possa ser privatizado com autorização dos parlamentares.

Newsletter InfoMoney
Insira um email válido.
done Sua inscrição foi feita com sucesso.
error_outline Erro inesperado, tente novamente em instantes.
Compartilhe

Mais de Panorama Político