Quebrando tabus sobre investimentos no exterior

O blog está de volta diretamente de Miami! Vamos começar esclarecendo as principais duvidas de quem pensa em investir no exterior.
Por  Livia Mansur
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

O blog está de volta diretamente de Miami! Pois é, conforme as remessas de recursos aumentam, cresce também a necessidade de profissionais com experiência em investimentos internacionais que entendam bem como funciona a cabeça dos investidores Brasileiros. O tema do blog continua o mesmo: “investimentos bem pensados”, isto é, opções de investimentos que levam em conta cenário econômico, vantagens tributárias e necessidades específicas individuais. Mas agora o foco será investimentos fora do Brasil. Fiquem à vontade para mandar perguntas e sugestões!

Vamos começar quebrando os 3 principais “tabus” de quem pensa em investir no exterior:

É perfeitamente legal

Sim, tem gente que ainda acha que mandar recursos pro exterior é ilegal ou alternativa pra quem precisa “esconder” dinheiro de origem ilícita. Não é verdade. A Receita Federal do Brasil prevê que: “As pessoas físicas e jurídicas podem comprar e vender moedas estrangeiras ou realizar transferências internacionais em reais sem limitação de valor na forma estabelecida pelo Banco Central do Brasil, observada a legalidade da transação inclusive tributária.” Basta fazer a remessa, basta usar um banco ou corretora de cambio autorizada pelo Banco Central. Depois, é só passar a declarar para a receita (e para o Banco Central, dependendo do volume) e pagar os impostos devidos de acordo com a estrutura escolhida no exterior (PF ou PJ). Mais pra frente falaremos sobre o imposto sobre investimentos no exterior, mas adianto que não é complicado.

É rentável

Ouço muita gente dizer que enviou os recursos pro exterior por uma questão de proteção contra eventuais bloqueios judiciais, porque têm medo de mudanças de legislações no país, porque estão pensando no futuro dos filhos e até por uma questão de diversificação. Mas nunca ouço pessoas dizerem que mandaram recursos pro exterior em busca de rentabilidade.

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Nos últimos 2 anos a bolsa americana (S&P) subiu 26% e a bolsa brasileira (EWZ) caiu 24% em dólares. Tudo isso por causa das perspectivas positivas de crescimento e recuperação do mercado americano vis-à-vis às perspectivas negativas do mercado brasileiro. O investimento no exterior dá esse tipo de liberdade pro investidor, de investir em qualquer mercado do mundo que apresente uma melhor perspectiva (inclusive no mercado Brasileiro se for o caso) e também investir em qualquer moeda do mundo. Então, apesar de hoje a maioria dos alocadores recomendarem a exposição a dólares americanos, se o cenário mudar, é possível investir em qualquer moeda do mundo (inclusive em real).

É claro que você pode estar se perguntando “ok, mas será que vale a pena investir no exterior mesmo eu sendo conservador e só investindo em renda fixa no Brasil que paga 12% ao ano já líquido de IR?”. Vale lembrar que essa taxa é em real, e não em dólares. Pouca gente sabe, mas é possível conseguir esse nível de taxa em real no exterior. Mas a taxa equivalente em dólar é menor (obviamente). Aí só depende do investidor escolher a moeda que deseja estar. Resumindo, investir no exterior nunca restringe, só amplia seu leque de investimentos.

Não é difícil, é apenas diferente

A melhor maneira de entender o mercado internacional de investimentos pra quem está começando é tentar fazer um paralelo entre os ativos internacionais e os brasileiros. Via de regra, as modalidades de investimentos brasileiros são cópias do mercado internacional, então fica fácil fazer esse paralelo. Nos próximos post vamos falar um pouco de produtos, sempre que possível, fazendo o paralelo com os produtos brasileiros.

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Livia Mansur Livia Mansur é especialista em alocação de recursos de clientes de alta renda com mais de 12 anos de experiência. Hoje mora em Miami e atua no mercado financeiro internacional.

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