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Material escolar: como comprar?

Por  Reinaldo Domingos
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

O ano começou e, aos poucos, a rotina vai voltando ao normal. Para quem tem filhos, os gastos são muitos e um deles é com a compra de material escolar. As meninas adoram canetas diferentes e coloridas, enquanto os meninos ficam loucos com as mochilas de personagens de seus desenhos animados favoritos, por exemplo. Como conseguir conciliar o que as crianças querem com o que o orçamento permite?

Bom, não dá para fazer nada sem antes saber qual é a sua real situação financeira. Tenha ciência de seus números para, então, descobrir quanto poderá gastar com essa finalidade. O melhor é ir às compras com antecedência, para ter mais tempo de pesquisar os melhores preços e condições.

Tendo tempo também é possível conversar com outros pais, buscando fazer a compra em conjunto e conseguindo, talvez, baixar mais os preços dos produtos. Dá também para dar uma boa olhada no material utilizado no ano passado e ver o que pode ser reutilizado ou reciclado. Se tiver mais de um filho, o material didático, se for bem cuidado, pode passar do mais velho para o mais novo.

Aproveitando essa consciência de economia e consumo sustentável, uma boa prática e doar os livros e materiais a pessoas que não possuem condição de comprar. Depois que analisar todas as possibilidades, faça uma lista dos itens que ainda precisam ser comprados e leve-a à loja, evitando esquecer e comprar o que não é necessário.

Muitos especialistas dizem que não é uma boa ideia levar as crianças junto nesse momento. É claro que, muitas vezes, na presença delas, acaba-se gastando mais mesmo. No entanto, esse é uma ótima hora para educá-las financeiramente; chame-as para uma conversa muito franca, explique a situação. Elas compreendem muito mais do que você imagina. Se achar que elas ainda não estão preparadas, dessa vez, compre sem elas, mas não esqueça de ensiná-las alguns princípios da educação financeira, para que esse cenário mude.

Outro ponto muito importante é a negociação. Muitas pessoas têm dificuldade em pedir desconto ou tentar alguma condição de pagamento melhor, mas não precisa, pois negociar é de praxe, não é vergonha nenhuma. Se for parcelar, nunca esqueça de ver se os valores caberão no orçamentos dos próximos meses.

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É importante economizar, mas é mais importante ainda ter em mente que essa compra, na verdade, é parte de um investimento na educação de seus filhos. E ensinar as crianças a ter educação financeira também faz parte desse processo, que fará com que as crianças de hoje se tornem adultos consumidores mais conscientes no futuro.

Reinaldo Domingos Reinaldo Domingos é presidente da Abefin (Associação Brasileira de Educadores Financeiros), autor de vários livros e criador da Metodologia DSOP de Educação Financeira.

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