Bitcoin e Ethereum voltam a subir após dia de correção; Alemanha derruba darknet russa e apreende 543 BTC

Rápida recuperação aponta novamente para movimento de otimismo entre investidores

Paulo Barros CoinDesk

(Kanchanara/Unsplash)

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Após um começo de semana de correção, o mercado de criptomoedas volta a ganhar terreno e ensaia alta na manhã desta terça-feira (5) diante da continuidade da onda de otimismo entre investidores com relação ao preço do Bitcoin (BTC) e, principalmente, do Ethereum (ETH).

O BTC retoma os US$ 46.591 nas primeiras horas do dia, em alta de 1,5%, enquanto o ETH recupera o nível de US$ 3.513, negociado com salto de 1,2% em relação às últimas 24 horas.

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“O BTC está saindo das exchanges a uma taxa de mais de 96.000 BTC por mês, o que significa que uma forte acumulação está ocorrendo”, escreveu a casa de análise Glassnode em relatório divulgado ontem.

Os detentores de pequeno e grande porte vêm acumulando Bitcoin especialmente depois que a Luna Foundation Guard (LFG), fundação que administra os recursos do projeto Terra (LUNA) comprou mais de 30.000 BTC na semana passada.

Ainda assim, o aumento da demanda de BTC precisará ser sustentado para apoiar a recuperação dos preços. “É necessário um rompimento da média móvel de 200 dias para confirmar o sentimento de alta”, escreveu Alex Kuptsikevich, analista da FxPro. “Romper a faixa de US$ 45.000 a US$ 48.000 pode sinalizar o início de uma tendência mais ampla.”

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Já a empresa de negociação de criptos QCP Capital aposta em uma alta mais prolongada porque “os fatores macroeconômicos pressionam os mercados enquanto a LFG apoia [com compras]”.

“Achamos que os preços das criptomoedas vão subir mais na segunda metade do ano e qualquer queda será recebida com uma compra confiante”.

Ainda assim, investidores estão mais otimistas com a segunda maior cripto do mundo. O Ethereum subiu 28% no mês passado, em comparação com um aumento de 14% no Bitcoin, mostrando tendência de valorização do primeiro sobre o segundo.

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Por trás do movimento está a projeção de que a criptomoeda ainda tem muito espaço para alta caso a atualização do ETH 2.0, prevista para o final de junho, dê certo.

Segundo especialistas, traders começaram a vender posições que haviam sido abertas como proteção contra quedas.

“A inclinação das opções de sete dias é de cerca de -8 pontos, enquanto o BTC é de apenas -4 pontos, apesar da volatilidade geral implícita no mês entre ETH e BTC ser bastante próxima”, afirmou Magadini ao CoinDesk.

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“Para aqueles que procuram comprar volatilidade, isso significa que as calls [opções de compra] de ETH de curto prazo são muito baratas em comparação com calls semelhantes de BTC”.

Como de costume, o bom desempenho do Ethereum abre caminho para alta de demais criptomoedas, conhecidas como altcoins. Hoje, o destaque é a Celo (CEL), que avança 24,7% após o anúncio de um investimento de US$ 20 milhões para impulsionar o desenvolvimento de projetos compatíveis com a tecnologia.

Do lado negativo hoje, os piores desempenhos ficam com a Waves (WAVES), cripto que disparou em março, mas que despenca 22% hoje em meio a suspeitas de fraude na valorização de uma stablecoin. Já a Stepn (GMT), que havia subido forte pela popularização de um jogo que paga para o usuário fazer exercícios, cai 5,8%.

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A alta altcoins que começou na semana passada não deverá frear por ora. “O mercado inteiro está rompendo, então a gente tem a chance de finalmente ter um mercado em subida, com bastante altcoin explodindo”, explicou o trader e investidor Vinícius Terranova em participação ontem no Cripto+.

Para o especialista, diversos indicadores técnicos apontam para uma provável temporada de alta entre criptos menores, sinalizando que investidores estão transferindo capital do Bitcoin para obter maior lucro em projetos menos desenvolvidos.

Confira o desempenho das principais criptomoedas às 7h15:

Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Bitcoin (BTC) US$ 46.591,12 +1,5%
Ethereum (ETH) US$ 3.513,59 +1,2%
Binance Coin (BNB) US$ 454,23 +2,2%
Solana (SOL) US$ 131,97 -2,1%
Terra (LUNA) US$ 115,31 +2,3%

As criptomoedas com as maiores altas nas últimas 24 horas:

Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Celo (CELO) US$ 4,94 +24,7%
Mina Protocol (MINA) US$ 3,13 +7,7%
THORChain (RUNE) US$ 11,52 +6,5%
Near Protocol (NEAR) US$ 16,83 +6,3%
Monero (XMR) US$ 226,69 +6,3%

As criptomoedas com as maiores quedas nas últimas 24 horas:

Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Waves (WAVES) US$ 33,90 -22,1%
Ziliqa (ZIL) US$ 0,137509 -11%
Helium (HNT) US$ 25,04 -5,8%
Stepn (GMT) US$ 2,17 -5,8%
Synthetix (SNX) US$ 6,76 -5%

Confira como fecharam os ETFs de criptomoedas no último pregão:

ETF Preço Variação
Hashdex NCI (HASH11) R$ 39,12 -2,63%
Hashdex BTCN (BITH11) R$ 51,19 -2,27%
Hashdex Ethereum (ETHE11) R$ 46,95 -3,39%
Hashdex DeFi (DEFI11) R$ 44,63 -6,04%
Hashdex Smart Contract Plataform FI (WEB311) R$ 48,52 -2,96%
QR Bitcoin (QBTC11) R$ 13,27 -3,49%
QR Ether (QETH11) R$ 11,75 -1,59%
QR DeFi (QDFI11) R$ 8,44 -4,63%

Veja as principais notícias do mercado cripto desta terça-feira (5):

Alemanha fecha mercado ilegal russo e apreende US$ 25 milhões em Bitcoin

As autoridades alemãs apreenderam US$ 25 milhões em Bitcoin ao fechar o Hydra Market, que seria um dos maiores mercados ilegais do mundo na darknet.

O escritório de crimes cibernéticos da promotoria de Frankfurt e a polícia criminal federal confiscaram 543 BTC obtidos dos servidores do site, de acordo com um comunicado divulgado hoje.

A polícia encontrou 17 milhões de clientes e 19.000 contas de vendedores. O Hydra Market provavelmente teve o maior faturamento entre os mercados ilegais do mundo, de acordo com o comunicado. Em 2020, o mercado teve uma receita de 1,23 bilhão de euros.

O site também tinha um misturador de privacidade de Bitcoin embutido, o que complicava o rastreamento das transações.

Brasil é líder em adoção de criptomoedas entre população de alta renda, aponta pesquisa

O Brasil é o país com o maior percentual de pessoas que possuem criptomoedas, com 41%, segundo uma pesquisa realizada pela exchange americana Gemini em 20 países no ano passado.

Ainda segundo o estudo, mais da metade (51%) dos brasileiros começou a investir em cripto em 2021, e principalmente motivos pela inflação.

O Brasil foi ainda o país com o maior percentual de pessoas (66%) que afirmaram que as criptomoedas são o futuro do dinheiro.

O levantamento foi realizado com 29.293 adultos entre 18 e 75 anos – dessas, 1.700 no Brasil – com renda anual de pelo menos US$ 14 mil, ou cerca de R$ 5.300 mensais – aproximadamente o dobro (R$ 2.622) da média nacional, segundo dados do IBGE de 2020.

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Paulo Barros

Editor de Investimentos