O que você precisa saber para se dar bem no Tesouro Direto

Com os juros altos como agora, esta aplicação se torna ainda mais interessante, já que oferece boa rentabilidade com a segurança de um título com garantia de crédito pelo governo federal

Diego Lazzaris Borges

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SÃO PAULO – O Tesouro Direto oferece vários tipos de títulos, com características e vencimentos diferentes. Por isso é indicado para diversos perfis de investidores, desde aqueles que querem formar uma reserva de emergência, até quem investe para se aposentar daqui a mais de 20 anos.

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Esta aplicação se torna ainda mais interessante neste momento em que os juros estão altos, já que oferece boa rentabilidade com a segurança de um título com garantia de crédito pelo governo federal. Mas antes de investir é importante entender as principais características de cada título para evitar surpresas desagradáveis – como resgatar um papel prefixado antes do vencimento e perder parte do investimento dependendo da sua variação no período.

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A seguir, listamos algumas características dos títulos que você precisa entender para aproveitar melhor o investimento:

Tesouro Selic
São títulos pós-fixados atrelados à Selic. Estes títulos não possuem volatilidade e são ideais para quando o juro está em tendência de alta e para montar uma reserva de emergência. Isso porque você pode pedir o resgate a qualquer momento, sem risco de perda do valor principal investido.

Tesouro IPCA+
São títulos atrelados à inflação. Eles pagam o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação oficial do país, mais uma taxa prefixada definida na hora da compra. Estes títulos são ideais para manter o poder de compra em aplicações de longo prazo. Para quem está montando uma carteira pensando na aposentadoria, estes títulos são ideais. “Eles garantem que você estará protegido da inflação independente do cenário econômico, e ainda garantirá uma taxa de juros elevada”, destaca Igor Franco Silva, sócio da Prime Senior Investimentos.

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Como eles têm oscilação de preços, é importante adequar o seu objetivo com o prazo do título. Isso porque se você decidir resgatar antes do prazo, poderá perder até parte do principal dependendo da oscilação do papel no mercado secundário. Já se esperar até o vencimento, você receberá sempre todo o valor aplicado mais os juros. 

Quem quiser receber renda periodicamente pode investir nos títulos que pagam cupom semestral – Tesouro IPCA + com Juros Semestrais.

Tesouro Prefixado
Títulos com rentabilidade prefixada definida na hora da compra. Ideal para quem quer saber exatamente quanto receberá no final do prazo. Mas atenção. Assim como os títulos de inflação, os prefixados também tem volatilidade durante a vigência do investimento, ou seja, o preço do título muda de acordo com as perspectivas para os juros futuros. Se você levar a aplicação até o final, não sofrerá nenhuma perda. “Ao permanecer com os títulos até o vencimento o investidor recebe o valor correspondente ao combinado no momento da compra, independentemente das variações de preço do título durante a aplicação”, diz o assessor de investimentos Filipe Marchesoni, da Agia Investimentos.  Se sair antes, pode ganhar mais (caso os juros diminuam) ou perder dinheiro (se as taxas de juros futuros aumentarem).

Para quem quer receber renda a cada seis meses, o ideal é investir nos títulos que pagam cupom semestral – Tesouro Prefixado com Juros Semestrais.

Taxas
Os custos de operar no Tesouro Direto costumam ser bem mais baixos que os dos fundos de investimentos, já que a gestão é feita pelo próprio investidor. Como a maioria das aplicações de renda fixa sem isenção, sobre os ganhos com títulos do Tesouro Direto também são cobrados impostos. O IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) é devido apenas quando o prazo da aplicação for inferior a 30 dias. Já o Imposto de Renda é sempre obrigatório. A alíquota é de 22,5% do lucro para investimentos de até 180 dias; 20% para 181 a 360 dias; 17,5% para 361 a 720 dias e 15% para investimentos de 721 dias ou mais. Também são cobradas duas taxas:

Taxa de custódia
De 0,3% a.a, cobrada pela BM&FBovespa sobre o valor dos títulos, referente aos serviços de custódia e às informações e movimentações dos saldos. A taxa é cobrada semestralmente.

Taxa dos agentes de custódia
As taxas variam de acordo com a corretora utilizada. Algumas nem cobram pelo serviço. Veja a lista das taxas no endereço www.tesouro.fazenda.gov.br/pt/ranking-da-taxas 

 

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Diego Lazzaris Borges

Coordenador de conteúdo educacional do InfoMoney, ganhou 3 vezes o prêmio de jornalismo da Abecip