Tesouro Direto: prêmios de títulos públicos recuam em dia de divulgação do IPCA-15

Inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 foi de 0,60% em abril, abaixo da expectativa do mercado

Mariana Zonta d'Ávila

(CarlaNichiata/Getty Images)

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SÃO PAULO – As taxas oferecidas pelos títulos públicos negociados via Tesouro Direto apresentavam queda na tarde desta terça-feira (27), em dia de divulgação da prévia de inflação referente a abril.

O papel indexado à inflação e com vencimento em 2026 pagava um prêmio anual de 3,38%, ante 3,52% ao ano na tarde de segunda-feira (26). Da mesma forma, a taxa paga pelo Tesouro IPCA+2045 cedia de 4,04% para 3,94% ao ano.

Entre os papéis com retorno prefixado, o título com prazo em 2024 pagava uma taxa de 7,75% ao ano nesta tarde, a mesma apresentada anteriormente. Já o juro real pago pelo Tesouro Prefixado 2026 era de 8,33%, ante 8,31% ao ano ontem.

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Confira os preços e as taxas atualizadas de todos os títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto nesta terça-feira (27):

Fonte: Tesouro Direto

Orçamento sancionado

Entre os destaques do dia na cena doméstica, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial do país, teve alta de 0,60% em abril na comparação com março e ficou abaixo da expectativa dos economistas consultados pela Refinitiv, que apontavam elevação de 0,69%.

Os dados, divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam que, no acumulado de 2021, o IPCA-15 acumula alta de 2,82% e, em 12 meses, de 6,17%.

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No ambiente político, a atenção recaiu sobre a instalação da CPI da Covid no Senado, com a primeira reunião nesta manhã. Foram eleitos, conforme esperado, Omar Aziz (PSD-AM) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) como presidente e vice respectivamente.

Destaque ainda para mudanças na equipe do ministro da Economia Paulo Guedes, com a notícia de que Waldery Rodrigues deve deixar a secretaria da Fazenda e Bruno Funchal, que hoje é secretário do Tesouro, entraria no lugar.

O presidente Jair Bolsonaro ainda afirmou ontem, em conversa com apoiadores na entrada do Palácio da Alvorada, que tenta solucionar, sem quebrar a regra do teto de gastos, o que chamou de “probleminha” no Orçamento de 2021, sancionado na semana passada.

O impasse sobre o Orçamento ocorreu porque o texto inicialmente aprovado pelo Congresso subestimou os valores de despesas obrigatórias, fazendo com que o Tesouro o classificasse como inviável.

Guedes defendia o veto total ao Orçamento, alegando que a sanção faria com que o presidente incorresse em crime de responsabilidade.

Depois de uma longa negociação, o presidente sancionou o texto na última quinta-feira com cortes de R$ 19,8 bilhões, parte das emendas parlamentares, parte de programas federais.

Também no radar, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou na segunda, após reunião com Guedes, que a Casa voltará a focar na reforma tributária. Ele deu prazo até 3 de maio para acessar o texto do relator da reforma na comissão mista, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).

Atenção ainda para o noticiário corporativo, com os dados da Vale (VALE3), que registrou lucro líquido de US$ 5,5 bilhões no primeiro trimestre, alta de 2.220% na comparação com o mesmo período de 2020. Hoje, depois do fechamento do pregão, serão divulgados os balanços de Cesp, Cielo, Movida e Vamos Locação.

Quadro internacional

Na cena global, investidores monitoraram o primeiro dia de reunião de política monetária do Federal Reserve (o banco central americano), que se iniciou hoje.

A expectativa é de que o Fed não tome nenhuma nova medida imediatamente, mas investidores devem ficar atentos às falas do presidente da instituição, Jerome Powell, especialmente em relação à inflação.

Também nos Estados Unidos, investidores acompanharam a divulgação de balanços corporativos referentes ao primeiro trimestre, de companhias como Microsoft e Alphabet (dona do Google).