Prévia da inflação, IPCA-15 desacelera e sobe 0,60% em abril, abaixo das estimativas do mercado

A expectativa do mercado, segundo estimativa média da Refinitiv, era de alta de 0,69% em abril na comparação com março e de 6,26% na comparação anual

Equipe InfoMoney

Combustível

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) subiu 0,60% em abril, após registrar alta de 0,93% em março de 2021. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (27) pelo IBGE.

A expectativa do mercado, segundo estimativa média da Refinitiv, era de alta de 0,69% em abril na comparação com março e de 6,26% na comparação anual.

No ano, o IPCA-15 acumula alta de 2,82% e em 12 meses, de 6,17%, acima dos 5,52% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em abril de 2020, a taxa foi de -0,01%. Os dados foram divulgados hoje (27) pelo IBGE.

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Com alta de 1,76%, os transportes continuam sendo a principal influência no índice (0,36 p.p.), embora tenham desacelerado em relação ao resultado de março, que teve uma variação de 3,79%. A gasolina (5,49%) permanece como o produto com o principal impacto no índice (0,30 p.p.), ainda que com uma variação menor do que o mês anterior (11,18%). Óleo diesel (2,54%) e o etanol (1,46%) tiveram altas, mas também inferiores às registradas em março – 10,66% e 16,38%, respectivamente.

Os alimentos tiveram variação de 0,36%, superior à alta de março. A alimentação no domicílio passou de queda de 0,03% em março para 0,19% em abril. E o café da manhã ficou mais caro com a alta do pão francês (1,73%) e do leite longa vida (1,75%), cujos preços haviam recuado no mês anterior (-0,11% e -4,50%, respectivamente). As carnes seguem em alta (0,61%), embora com variação menor do que a de março (1,72%).

Ainda no setor de alimentos, outro destaque é a alta de 0,79% na alimentação fora do domicílio, com variações positivas nos dois principais componentes: lanche (1,34%) e refeição (0,57%), que aceleraram em relação a março, contribuindo conjuntamente com 0,04 p.p. no resultado do mês.

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Por outro, lado alguns tubérculos como cenoura (-13,58%) e batata-inglesa (-5,03%) apresentaram quedas, assim como frutas (-2,91%) e arroz (-1,44%).

No grupo de saúde e cuidados pessoais, o reajuste, em 1º de abril, de até 10,08%, dependendo da classe terapêutica, acabou impactando o preço dos produtos farmacêuticos, que subiram 0,53%, após terem apresentado queda de 0,29% em março.

Após uma sequência de reajustes nas refinarias em fevereiro e março, houve duas reduções o preço da gasolina no final do mês passado, e o IPCA-15 mostrou uma desaceleração nos combustíveis. No caso de alimentação e bebidas, havia uma desaceleração desde dezembro e em abril voltou a acelerar.

Todas as regiões pesquisadas apresentaram variação positiva em abril. O maior resultado foi observado em Brasília (0,98%), especialmente em função da alta no preço da gasolina (8,37%). A menor variação, por sua vez, foi registrada na região metropolitana de Belém (0,39%), influenciada pela queda no preço do arroz (-5,25%).

Os preços do IPCA-15 foram coletados no período de 16 de março a 13 de abril de 2021 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 12 de fevereiro a 15 de março de 2021 (base).

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