Tesouro Direto: taxas de títulos públicos encerram negociações desta segunda-feira em queda

Programa teve dia de novas suspensões das negociações em meio ao aumento da volatilidade nos mercados

Mariana Zonta d'Ávila

"Shutterstock"

SÃO PAULO – Em mais um dia de fortes tensões nos mercados globais, os títulos públicos negociados via Tesouro Direto encerraram esta segunda-feira (16) em queda em relação ao último fechamento.

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Durante o dia, o programa foi paralisado duas vezes em meio a fortes oscilações nas taxas dos papéis, devido a preocupações com os efeitos do coronavírus sobre as economias globais.

No Tesouro Direto, o Tesouro IPCA+2026 encerrou as negociações do dia com uma taxa de 3,49% ao ano, abaixo do prêmio de 3,52% a.a. de sexta-feira (13).

Os papéis com vencimentos em 2035 e 2045, por sua vez, pagavam a inflação mais 4,05% ao ano, ante 4,13% a.a. no pregão anterior.

Entre os papéis prefixados, o com prazo em 2026 oferecia um retorno anual de 7,49%, ante 7,52% a.a. anteriormente.

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos oferecidos nesta segunda-feira (16):

Fonte: Tesouro Direto

Noticiário

Ontem, em um movimento emergencial, o Federal Reserve, o banco central americano, anunciou o corte de 1 ponto percentual nas taxas de juros de referência dos EUA, para o intervalo de 0% a 0,25%. A estratégia tem sido interpretada pelo mercado como um sinal de que o efeito recessivo do coronavírus pode ser pior do que o previsto.

Esta não foi a primeira vez que o Fed busca estímulos para conter os impactos da Covid-19. No início de março, o Fed reduziu as taxas em 0,5 ponto percentual, para a faixa de 1% a 1,25%.

No Brasil, o Ibovespa voltou a acionar o mecanismo de “circuit breaker” logo após a abertura e fechou o pregão com queda de 13,92%, aos 71.168 pontos. Já o dólar teve alta de 4,9%, a R$ 5,0444.

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Em meio à disparada das preocupações em relação ao impacto do coronavírus sobre a economia mundial, o mercado financeiro passou a projetar novos cortes na taxa básica de juros brasileira.

Nesta segunda-feira, o relatório Focus, do Banco Central, reduziu a previsão para a Selic ao fim deste ano de 4,25% ao ano para 3,75% a.a. Houve ainda mudanças em relação à Selic em 2021 e em 2022.

Agora, economistas esperam que a taxa Selic suba para 5,25% ao ano em 2021, ante estimativa anterior de 5,50%. O espaço para elevação dos juros em 2022 também diminuiu, com a expectativa do mercado de que a Selic aumente para 6% ao ano, abaixo da taxa prévia de 6,50%.

Nesta semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne para decidir o novo rumo da taxa básica de juros no país. A decisão sai na quarta-feira (18), após o fechamento do pregão, e a expectativa apontada pelo Focus agora é de um novo corte, de 0,25 ponto percentual, para 4,0% ao ano.

Entenda a suspensão do Tesouro Direto

As suspensões das operações no Tesouro Direto têm como objetivo garantir que as transações sejam sempre realizadas a taxas justas, segundo o Tesouro Nacional, alinhadas às taxas praticadas no mercado secundário.

Quando se verifica forte volatilidade no mercado, com aumentos ou quedas bruscas nos preços dos títulos públicos, o Tesouro Direto suspende temporariamente as vendas e compras para evitar que o investidor feche transações a um preço que possa ficar rapidamente defasado.

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