Federal Reserve corta juros a zero e lança programa de US$ 700 bilhões em resposta ao coronavírus

O banco central americano salientou, ainda, que a postura será mantida até que haja certeza de que a economia resistiu aos impactos do novo coronavírus

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – Em um movimento emergencial que chamou de resposta aos danos causados pelo avanço do novo coronavírus e seus impactos econômicos, o Federal Reserve anunciou, neste domingo (15), um corte de 1 ponto percentual nas taxas de juros de referência dos EUA, para o intervalo de 0% a 0,25%.

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Este é o segundo corte emergerncial nos juros do país em menos de duas semanas, quando os mercados começaram a reagir com maior preocupação à Covid-19. No início de março, o Fed já havia reduzido as taxas em 0,5 ponto percentual, para a faixa de 1% a 1,25%.

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Desta vez, o placar foi de 9 votos a 1 pelas mudanças. A presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, foi a única que se posicionou a favor de uma redução mais moderada nos juros, de 0,50 ponto percentual, metade do que desejava a maioria dos membros votantes.

A nova ação do Fed ocorre após uma semana de pânico nos mercados. Os três principais índices do mercado acionário local (Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq) acumularam perdas na casa de 20% em relação às máximas atingidas, entrando naquilo que tecnicamente se intitula de bear market.

A autoridade monetária também aprovou um programa de estímulos (Quantitative Easing) de US$ 700 bilhões como proteção para a maior economia do mundo contra a pandemia da doença. Deste montante, US$ 500 bilhões serão usados na compra de títulos do Tesouro e US$ 200 bilhões em hipotecas.

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Além disso, foi reduzida para zero a taxa dos depósitos compulsórios dos bancos. O Fed salientou, ainda, que a postura será mantida até que haja certeza de que a economia americana resistiu aos eventos recentes e está no caminho para os maiores patamares em termos de geração de emprego e estabilidade nos preços.

Outra medida apresentada pelo Fed foi um programa de swap coordenado com o Banco Central Europeu e as autoridades monetárias de Canadá, Inglaterra, Japão e Suíça, de modo a injetar liquidez nos mercados.

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Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.