Para Verde, impactos de uma taxa Selic abaixo de 5% nem começaram a ser sentidos

Fundo Verde encerrou setembro com retorno de 1,30%; ganhos chegam a 10,20% no ano, ante variação de 4,67% do CDI

Beatriz Cutait

Luiz Parreiras e Luis Stuhlberger, da Verde, na Expert XP 2019

Publicidade

SÃO PAULO – Com ganhos em ações e em renda fixa, o fundo Verde, gerido por Luis Stuhlberger, encerrou setembro com retorno de 1,30%, superando o CDI (0,47%), e ainda segue distante do referencial no acumulado do ano, com ganhos de 10,20%, ante variação de 4,67% do benchmark.

Em seu relatório mensal, a Verde Asset ressaltou que o Brasil continua a dar sinais de melhora da trajetória de crescimento e destacou como novidade positiva mais recente a possibilidade de o estímulo monetário ser ainda maior do que o projetado anteriormente. “O país está apenas no início de um novo ciclo de crédito, e os impactos de uma Selic abaixo de 5% nem começaram a ser sentidos”, destacou a gestora, aos cotistas.

O fundo manteve estável sua posição em ações brasileiras, e a pequena exposição em ações fora do Brasil. Na renda fixa, a Verde também seguiu com posição aplicada em juro real, assim como a posição tomada em inclinação de juros nos Estados Unidos. Já no câmbio, a posição vendida (com aposta na queda) em dólar contra o real via opções foi marginalmente aumentada, e a casa retomou uma pequena exposição comprada em libra contra euro.

Aula Gratuita

Os Princípios da Riqueza

Thiago Godoy, o Papai Financeiro, desvenda os segredos dos maiores investidores do mundo nesta aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Leia também:
Por que a Verde comprou ações de empresas de plano de saúde
XP é gestora com maior crescimento de cotistas em 2019; Adam é a que mais perde
Os melhores fundos de ações e multimercados até outubro

Dentre os destaques na cena externa, a gestora ressaltou que tem focado tempo em entender os incentivos dos EUA e da China em sua disputa comercial, dada a incerteza associada ao processo de decisão do presidente americano.

“A desaceleração da economia chinesa e as medidas já tomadas em relação à Huawei são forças que apontam na direção de um acordo por parte da China. Do lado americano, os sinais incrementais de fraqueza do setor industrial, com potencial contaminação do consumo e emprego, especialmente em estados com peso desproporcional no colégio eleitoral americano (o que os analistas chamam de swing states), produzem incentivos poderosos para um presidente que almeja a reeleição buscar uma espécie de cessar-fogo na guerra comercial”, assinalou a Verde.

Continua depois da publicidade

“As próximas semanas serão cruciais para sabermos se de fato esses incentivos influenciaram preponderantemente os tomadores de decisão dos dois lados.”

Tenha acesso aos melhores fundos do mercado: abra uma conta gratuita na XP

Beatriz Cutait

Editora de investimentos do InfoMoney e planejadora financeira com certificação CFP, responsável pela cobertura do universo de investimentos financeiros, com foco em pessoa física.