Ifix supera marca dos 3.100 pontos pela primeira vez desde janeiro de 2020

E mais: 8 fundos distribuem dividendos hoje; nova emissão do URPR11; BRCO11 eleva em 40% projeção para futuros dividendos

Wellington Carvalho

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O Ifix – índice dos fundos imobiliários mais negociados na Bolsa – fechou a sessão desta quarta-feira (21) com alta de 0,19%, aos 3.103 pontos. É o maior patamar do indicador desde a sessão do dia 24 de janeiro de 2020, quando o índice registrou 3.119 pontos.

O FII Rio Bravo Renda Corporativa (RCRB11) encabeçou a lista das maiores altas do dia, com elevação de 2,7%. Na outra ponta da relação ficou o Rio Bravo Ifix (RBFF11), que caiu 1,9%. Confira os demais destaques do dia:

Maiores altas desta quarta-feira (21):

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Ticker Nome Setor Variação (%)
RCRB11 Rio Bravo Renda Corporativa Lajes Corporativas 2,78
SARE11 Santander Renda Híbrido 2,41
KFOF11 Kinea FoF FoF 2,33
HSLG11 HSI Logística Logística 2,17
HGRU11 CSHG Renda Urbana Renda Urbana 1,99

Maiores baixas desta quarta-feira (21):

Ticker Nome Setor Variação (%)
RBFF11 Rio Bravo Ifix FoF -1,92
RBVA11 Rio Bravo Renda Varejo Renda Urbana -1,59
MORE11 More Real Estate FoF -1,49
BTAL11 BTG Pactual Agro Agro -1,41
HGRE11 CSHG Real Estate Lajes Corporativas -1,39

Fonte: B3

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Nova emissão do URPR11BRCO11 eleva em 40% projeção para futuros dividendos

URPR11 quer captar até R$ 527 milhões em nova emissão

O FII Urca Prime Renda (URPR11) aprovou a realização da oitava emissão de cotas do fundo, que pretende captar até R$ 527 milhões, conforme aponta fato relevante divulgado pela carteira.

O valor unitário dos novos papéis foi fixado em R$ 100 e a taxa de distribuição será de R$ 5,50, totalizando um preço de subscrição de R$ 105,50 – acima da cotação atual do fundo na Bolsa.

Na abertura da sessão nesta quarta-feira (21), as cotas do URPR11 eram negociadas a R$ 96,95, com queda de 0,30%. O valor patrimonial do fundo – espécie de valor justo – é de R$ 100,30 por cota.

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Os cotistas com posição no final da sessão de sexta-feira (23) terão direito de preferência na emissão, que poderá ser exercido entre os dias 26 de junho e 5 de julho de 2023.

“Os recursos decorrentes da oferta serão destinados à aquisição de ativos imobiliários, ao pagamento dos custos e despesas da emissão e ao pagamento dos encargos do fundo previstos no Regulamento”, aponta fato relevante divulgado pela carteira.

Considerado um fundo de “papel”, o URPR11 investe em títulos de renda fixa atrelados a índices de inflação ou á taxa do CDI (certificados de depósitos interbancários).

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BRCO11 eleva em 40% projeção para futuros dividendos

Fundo imobiliário mais recomendado do mercado, o Bresco Logística (BRCO11) atualizou a estimativa para as próximas distribuições de dividendos, sinaliza fato relevante divulgado pela carteira na noite desta terça-feira (20).

No mês passado, o fundo havia elevado a previsão dos próximos repasses em 26%, de R$ 0,62 para R$ 0,78 por cota. Agora, a estimativa para os futuros rendimentos da carteira passou para R$ 0,87 por cota, de acordo com o comunicado ao mercado.

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O BRCO11 reforça que o novo patamar de dividendos (40% superior ao observado até abril) já vale para o resultado deste mês – que será distribuído como dividendos em julho.

A mudança, de acordo com a gestão do Bresco Logística, é atribuída ao desempenho operacional do fundo e aos recentes eventos extraordinários relacionados à carteira.

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Dividendos hoje

Confira a lista dos FIIs que distribuem dividendos nesta quarta-feira (21).

Ticker Rendimento Rentabilidade
CJCT11  R$   17,56 19,58%
GCRI11  R$     1,10 1,20%
MGCR11  R$     0,96 1,15%
NAVT11  R$     0,85 1,03%
MORE11  R$     0,60 0,88%
AURB11  R$     0,55
APTO11  R$     0,11 1,20%
GAME11  R$     0,10 1,13%

Fonte: StatusInvest

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Giro Imobiliário: fundos imobiliários devem ter dividendos turbinados em julho; como mudanças no Minha Casa, Minha Vida impactam as construtoras na Bolsa?

13º dos FIIs: fundos imobiliários devem ter dividendos turbinados em julho; vale a pena comprar agora?

Enquanto aguarda os próximos passos do Banco Central sobre a taxa básica de juros, o que poderia destravar valor dos FIIs, o investidor de fundos imobiliários tem mais um motivo de expectativa nas próximas semanas: os dividendos extraordinários de julho.

Pela lei, os fundos imobiliários são obrigados a distribuir no final do semestre 95% do lucro apurado no período – embora a maioria realize repasses mensais, como lembra Nathan Octavio, o Nod, criador do canal ClickInvest e especialista em FIIs.

“Em geral, isso ocorre porque o gestor opta por fazer uma distribuição mensal um pouco mais conservadora, de forma que o fundo tenha uma reserva em caixa para suportar qualquer problema que aconteça no semestre”, explica. “Desta forma, esse resultado acumulado é distribuído no fim do semestre”, confirma.

Para se ter uma ideia, 40 dos 111 fundos que fazem parte do Ifix, índice dos FIIs mais negociados na Bolsa, elevaram os dividendos na virada do primeiro para o segundo semestre em 2022. O CSHG Logística (HGLG11) foi o grande destaque na ocasião, pagando em julho do ano passado um rendimento três vezes maior do que o distribuído recorrentemente.

Em janeiro de 2023, 40 fundos imobiliários distribuíram resultados acumulados no segundo semestre de 2022, com destaque para o CSHG Renda Urbana (HGRU11), que elevou o rendimento em 144%. Confira outros casos de FIIs que aumentaram a distribuição de dividendos em julho de 2022:

Minha Casa, Minha Vida terá três mudanças relevantes: como isso impacta as construtoras na Bolsa?

O Conselho Curador do FGTS aprovou três atualizações relevantes para o programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) em reunião ordinária na manhã da última terça-feira (20).

Os analistas de mercado destacam entre as mudanças, as principais: (i) uma redução de 25 pontos-base nas taxas de juros do financiamento imobiliário para mutuários com renda familiar de até R$ 2 mil; (ii) um aumento no limite do subsídio para as faixas 1 e 2, de R$ 47,5 mil para R$ 55 mil; e (iii) um aumento no teto de preços do imóvel que pode ser financiado pelo programa para R$ 350 mil.

O novo teto vale para as pessoas que se enquadram na faixa 3 do programa, ou seja, famílias que têm uma renda bruta mensal entre R$ 4.400,01 e R$ 8.000,00. Para as famílias das faixas 1 e 2, o limite do valor do imóvel passa a variar entre R$ 190 mil e R$ 264 mil, a depender da localidade do imóvel.

Os analistas da XP veem as mudanças nas taxas de juros e subsídios como positivas, aumentando o poder de compra (principalmente para as faixas de renda 1 e 2), mas com impacto menor para as empresas de sua cobertura devido ao interesse limitado nas faixas de renda mais baixas do programa MCMV.

Por outro lado, as alterações nos limites de preço do programa (especialmente para a faixa 3) podem ser positivas para as margens, com um potencial aumento no poder de precificação e mercado alcançável dentro do programa.

“Portanto, vemos as atualizações como positivas para todas as empresas no segmento de baixa renda”, avalia a XP.

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Wellington Carvalho

Repórter de fundos imobiliários do InfoMoney. Acompanha as principais informações que influenciam no desempenho dos FIIs e do índice Ifix.