Confira os preços e as taxas dos títulos do Tesouro Direto nesta terça-feira

Investidores repercutiram otimismo com notícia sobre vacina americana e cenário político dos EUA; no Brasil, testes com a Coronavac foram suspensos

Mariana Zonta d'Ávila

Notas de reais (Sidney de Almeida/Getty Images)

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SÃO PAULO – As taxas dos títulos públicos negociados via Tesouro Direto apresentavam alta na tarde desta terça-feira (10), após a forte queda na véspera devido ao otimismo dos mercados com uma vacina contra a Covid-19 e o resultado das eleições nos EUA.

O título prefixado com vencimento em 2026 pagava um prêmio anual de 7,13%, ante 7,08% na tarde de ontem. A taxa paga pelo mesmo papel com juros semestrais e prazo em 2026, por sua vez, subia de 7,39% para 7,45% ao ano.

Entre os papéis indexados à inflação, o com vencimento em 2035 oferecia uma taxa anual de 3,94%, frente à taxa de 3,90% paga anteriormente. Já o prêmio do Tesouro IPCA+2030 era de 3,28% ao ano, ante 3,25% a.a. na tarde de ontem.

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No câmbio, o dólar também operava próximo da estabilidade, negociado a R$ 5,38 por volta das 15h50.

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos nesta terça-feira (10):

Cena global

Os investidores seguiram repercutindo hoje a eleição do democrata Joe Biden como presidente dos Estados Unidos, no fim de semana, e o anúncio de sinais de eficácia em testes de vacinas fabricadas pela farmacêutica americana Pfizer em parceria com a alemã BioNTech.

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As atenções também estiveram voltadas para a continuidade das eleições para o congresso nos EUA. Até o momento, consolida-se o cenário de divisão entre democratas e republicanos no Legislativo. O Senado deve continuar republicano, enquanto a Câmara deve ter controle democrata por uma estreita margem.

Investidores parecem estar encarando essa perspectiva de maneira positiva, à medida que este deve ser um obstáculo ao aumento de impostos e a novas regulações sob a gestão Biden.

Vacina no Brasil

No cenário doméstico, o destaque recaiu sobre a suspensão pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) dos testes da vacina chinesa Coronavac após a ocorrência de um evento adverso em um dos voluntários brasileiros, que participou dos testes.

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Matéria do InfoMoney, contudo, mostrou que a morte que provocou a suspensão dos testes clínicos da vacina foi um suicídio. O voluntário era profissional da área da saúde e a morte não tem relação com possíveis efeitos colaterais da vacina, de acordo com as fontes ouvidas em condição de sigilo.

Mesmo após a notícia de suicídio, a Anvisa afirmou que os testes serão retomados “quando for confirmada uma não causalidade entre o evento ocorrido e a vacina”

Pela manhã, o presidente Jair Bolsonaro se pronunciou sobre a decisão da Anvisa. Um usuário da rede social Facebook perguntou ao presidente se o Brasil iria comprar a CoronaVac caso ela fosse considerada segura. Em resposta ao comentário, o presidente compartilhou uma notícia sobre a interrupção dos testes.

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“Morte, invalidez, anomalia. Esta é a vacina que o Doria queria obrigar a todos os paulistanos tomá-la. O Presidente disse que a vacina jamais poderia ser obrigatória. Mais uma que Jair Bolsonaro ganha”, escreveu Bolsonaro na rede social, em referência à disputa politica envolvendo as possíveis vacinas contra a Covid-19 entre o presidente e João Doria (PSDB), governador de São Paulo.

Ontem, após o anúncio das farmacêuticas Pfizer e BioNTech, um porta-voz da Pfizer no Brasil e o Ministério da Saúde afirmaram que o governo brasileiro estuda a aquisição de doses do produto.

O ministério ressaltou, no entanto, que acompanha cerca de 254 pesquisas de imunizantes, incluindo a da empresa americana.

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No âmbito político, Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, afirmou em entrevista à rede CNN Brasil que, sem reformas, o Brasil “explode” e o dólar vai a R$ 7.

Segundo ele, projetos não andam porque a esquerda obstrui por um motivo e a base por outros. “O Brasil vai explodir em janeiro se as matérias não forem votadas, o dólar vai a R$ 7,00 e a taxa de juros de longo prazo vai subir”, disse.

Entre os indicadores domésticos, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), usado no reajuste dos contratos de aluguel no país, registrou inflação de 2,67% na primeira prévia de novembro deste ano. A taxa é superior ao 1,97% registrado na primeira prévia de outubro. Em 12 meses, o IGP-M acumula alta de 23,79%.

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