Ifix acompanha mercado e fecha com queda de 0,53%

O fundo Brazilian Graveyard and Death Care (CARE11), primeiro FII de cemitérios da Bolsa, liderou as maiores altas do dia, com elevação de 10,21%

Wellington Carvalho Katherine Rivas

Publicidade

Na sessão desta segunda-feira (2), o IFIX – índice que reúne os fundos imobiliários mais negociados na Bolsa – fechou no campo negativo. Às 17h26, o indicador registrava queda de 0,53%, aos 2.798 pontos. Na sessão anterior, o índice fechou com alta de 0,19%, aos 2.813 pontos.

O fundo Brazilian Graveyard and Death Care (CARE11), primeiro FII de cemitérios da Bolsa, liderou as maiores altas do dia, com elevação de 10,21%.

Confira os destaques do dia ao longo do Central de FIIs:

Série exclusiva

Renda Extra Imobiliária

Descubra o passo a passo para viver de renda e receber seu primeiro aluguel na conta nas próximas semanas, sem precisar ter um imóvel

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Maiores altas desta segunda-feira (2)

Ticker Nome Setor Variação (%)
CARE11 Brazilian Graveyard and Death Care Funerário 10,21%
XPCI11 XP Crédito Imobiliário CRI 1,75%
ARCT11 Riza Arctium Real Estate Diversificado 1,45%
RVBI11 VBI REITS FOF FII 1,31%
VCJR11 Vectis Juros Real  CRI 1,15%

Maiores baixas desta segunda-feira (2):

Ticker Nome Setor Variação (%)
RBRP11 RBR Properties Diversificado -4,40%
RBFF11 Rio Bravo FII -3,19%
SNFF11 Suno Fundo de Fundos CRI FII -3,07%
TGAR11 TG Ativo Real Diversificado -2,95%
RBRF11 RBR Alpha Multiestratégia FII -2,83%

Fonte: B3

Continua depois da publicidade

Nova carteira do IFIX

A nova composição do IFIX – índice dos fundos imobiliários mais negociados na Bolsa – começou a vigorar nesta segunda-feira (2). A carteira teórica, que agora conta com 106 FIIs, valerá pelos próximos quatro meses.

De acordo com a B3, quatro fundos deixaram o portfólio: Brazil Realty (BZLI11), Tellus Properties (TEPP11), General Shopping (FIGS11) e XP Corporate Macaé (XPCM11), que acumula desvalorização de quase 60% nos últimos 12 meses.

Ticker

Fundo

Segmento

Retorno com dividendos – 12m (%)

Retorno 12m (%)

Retorno – 2022 (%)

BZLI11

Brazil Realty

Híbrido

0 10,89 -0,88

TEPP11

Tellus Properties

Lajes Corporativas

6,84 -5,48 -3,2

FIGS11

General Shopping

Shoppings

5,79 -8,91 -8,14

XPCM11

XP Corporate Macaé

Lajes Corporativas

6,48 -56,27 -20,03

Fonte: Economatica – 28/04/2022

Continua depois da publicidade

O portfólio do XP Corporate Macaé é formado por um único imóvel que foi desocupado em dezembro de 2020 e desde então a vacância do fundo está em 100%.

No final do ano passado, o The Corporate, localizado na avenida Prefeito Aristeu Ferreira da Silva, no Bairro Novo Cavaleiros, município de Macaé (RJ), foi reavaliado e teve o valor reduzido em 20%.

“Por mais que o ativo em Macaé possua alguma qualidade técnica, a região em que se encontra atravessa um período extremamente desafiador”, apontava relatório do Itaú BBA assinado por Larissa Nappo, analista da instituição. “Ter um portfólio de qualidade, bem localizado e com locatários de ponta ajuda a gerar valor ao longo do tempo”, conclui o documento, divulgado em janeiro.

Publicidade

Além da saída dos quatro fundos, a nova carteira teórica do Ifix apresenta seis novos fundos: BTG Pactual Terras Agrícolas (BTRA11), Campus Faria Lima (FCFL11), Mauá Capital Hedge Fund (MCHF11), Suno Recebíveis (SNCI11), Átrio Reit Recebíveis (ARRI11) e o Brazilian Graveyard and Death Care (CARE11), que em 2022 acumula alta de 37,91%.

Ticker

Fundo

Segmento

Retorno com dividendos – 12m (%)

Retorno 12m (%)

Retorno – 2022 (%)

(CARE11) Brazilian Graveyard and Death Care Cemitério 1,64 1,10 37,91
(FCFL11) Campus Faria Lima Outros 16,95 8,15 14,55
(ARRI11) Atrío Recebíveis * Títulos e Valores Mobiliários 9,96 14,13 7,51
(SNCI11) Suno Recebíveis * Títulos e Valores Mobiliários 8,19 0,88 6,40
(BTRA11) BTG Pactual Terras Agrícolas * Agro 6,64 3,04 5,82
(MCHF11) Mauá Capital HF * Títulos e Valores Mobiliários  9,71 0,81 4,47

Fonte: Economatica – 28/04/2022 e Statusinvest

(*) Fundos com menos de 12 meses de operação – Dados levam em consideração atual histórico dos dados

Continua depois da publicidade

A Zion Invest, gestora do Brazilian Graveyard, classifica a carteira como o primeiro fundo imobiliário com foco na consolidação do setor de cemitérios, jazigos e serviços funerários.

De acordo com a empresa, o fundo conta hoje com participação em três empreendimentos, que totalizam um patrimônio líquido de R$ 283 milhões.

No portfólio, o fundo conta com 20% do Grupo Cortel, holding de cemitérios e crematórios, que comercializa cessões de direito de uso de jazigos temporários e perpétuos, cremações, serviços funerários, planos funerários e cremações de animais.

Publicidade

O Brazilian Graveyard também detém 52,77% da VHR Empreendimentos, responsável pelo cemitério localizado na cidade de Sabará, região metropolitana de Belo Horizonte (MG).

A carteira ainda possui 2.873 jazigos no Cemitério do Morumby, no bairro nobre do Morumbi, em São Paulo (SP).

Em 12 meses, as cotas do fundo acumulam valorização de 45%, de acordo com dados da Economatica, plataforma de informações financeiras. Só em 2022, os ganhos totalizam 40%.

Ainda de acordo com a nova composição do Ifix, o fundo com maior peso no índice é o Kinea Índices Preços (KNIP11), com participação de 6,69%. Na sequência, aparecem CSHG Logística (HGLG11), Kinea Rendimentos Imobiliários (KNCR11), Iridium Recebíveis (IRDM11) e Kinea Renda Imobiliária(KNRI11).

A B3 divulga regularmente três prévias das novas composições dos índices: a primeira prévia, no primeiro pregão do último mês de vigência da carteira em vigor; a segunda prévia, no pregão seguinte ao dia 15 do último mês de vigência da carteira em vigor; e a terceira prévia, no penúltimo pregão de vigência da carteira em vigor.

Descubra o passo a passo para viver de renda com FIIs e receber seu primeiro aluguel na conta nas próximas semanas, sem precisar ter um imóvel, em uma aula gratuita.

Venda de imóveis do CSHG Renda Urbana e RBR Log; cotistas do FII Hotel Maxinvest seguirão sem dividendos

CSHG Renda Urbana ( HGRU11) vende mais uma loja alugada pelas Casas Pernambucanas

O fundo CSHG Renda Urbana concluiu, na sexta-feira (29), a venda de uma loja na cidade de Caçador, em Santa Catarina. O espaço está locado atualmente para a Arthur Lundgren Tecidos, conhecida como Casas Pernambucanas.

De acordo com comunicado ao mercado, o fundo recebeu R$ 5,6 milhões pelo imóvel, montante equivalente a R$ 5,4 mil o metro quadrado. O montante é 40% superior ao valor justo do espaço.

O fundo havia adquirido a loja em novembro de 2020 e investido – considerando custos de aquisição, custos de transação e benfeitorias – pouco mais de R$ 4 milhões no imóvel, equivalente a R$ 3,8 mil por metro quadrado.

Segundo cálculos dos gestores, a transação gerou um lucro de aproximadamente R$ 1,62 milhão, o que representa R$ 0,09 por cota.

Ainda na semana passada, o fundo já havia concluído a venda de outra loja alugada para as Casas Pernambucanas. Na oportunidade o espaço negociado estava localizado em Lorena (SP).

RBR Log (RBRL11) negocia venda de imóvel em Itapevi (SP)

O fundo RBR Log também está negociando a venda de um galpão em Itapevi (SP) por R$ 44,5 milhões. O fechamento do negócio ainda depende do cumprimento de condições previstas no contrato.

De acordo com fato relevante divulgado pela carteira, o valor da transação será dividido em cinco pagamentos, que variam de R$ 4,4 milhões a R$ 13,35 milhões.

O galpão em Itapevi havia sido adquirido pelo RBR Log em fevereiro de 2020 e recebeu investimentos na ordem de R$ 36,9 milhões – considerando custos de aquisição e benfeitorias realizadas.

Os gestores calculam um lucro de, ao menos, R$ 9,2 milhões com o negócio, que representa um ganho de capital aproximadamente de R$ 1,38 por cota.

Com uma área bruta locável (ABL) de quase 250 mil metros quadrados, o RBR Log contava até o mês passado com seis imóveis no portfólio.

FII Hotel Maxinvest (HTMX11) segue sem distribuição de dividendos

O fundo imobiliário Hotel Maxinvest anunciou na sexta-feira (29) que seguirá sem distribuição de dividendos aos cotistas em maio. O último pagamento foi realizado em março de 2020.

A decisão tomou como base as dificuldades e incertezas causadas pela pandemia de Covid-19 no ramo hoteleiro e pelo fato de o fundo não ter auferido rendimento caixa.

No relatório gerencial de abril, o fundo destacava que ainda acumula um prejuízo equivalente a R$ 3,01 por cota, somando os resultados entre março de 2020 e dezembro do ano passado.

Atualmente, a carteira do FII Hotel Maxinvest é composta por 455 unidades hoteleiras espalhadas por diversas regiões de São Paulo (SP). Em fevereiro de 2022, a taxa de ocupação estava em 47%. O fundo tem hoje uma base de 22.993 cotistas.

Giro Imobiliário de abril: As 5 maiores altas e baixas dos fundos imobiliários no mês passado; SARE11 lidera ganhos, enquanto HCTR11 as quedas

O Ifix – índice dos fundos imobiliários mais negociados na Bolsa – emendou, em abril, o segundo mês consecutivo de alta, o que não ocorria desde fevereiro de 2021. O destaque do mês, porém, ficou para o Hectare (HCTR11), que negou suposto conflito de interesses nas operações do fundo, mas não conseguiu evitar a queda de 8,12%, a maior do mês. O destaque de alta ficou para o Santander Renda com Aluguéis (SARE11), com valorização de 10,26%.

O Maxi Renda (MXRF11) subiu 8,74% e recuperou parte das perdas acumuladas desde que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) questionou a distribuição de dividendos do fundo. Embora ainda aguarde posicionamento final da autarquia, a carteira foi o destaque de alta em abril.

Após subir 1,42% em março, o Ifix fechou abril com ganhos de 1,19%. Dos 104 FIIs que compõem o índice, 76 terminaram o mês no campo positivo. Os fundos híbridos – que investem tanto em imóveis como em títulos – lideraram a lista de maiores ganhos no período, com elevação média de 2,05%. O segmento de shoppings, que encabeçou a relação em março, teve leve alta, de 0,13% neste mês.

Segmento Variação em abril (%)
Híbrido 2,05
TVM 0,88
Lajes Corporativas 0,75
Logística 0,50
Agências 0,13
Shoppings 0,13
Outros -0,03

Fonte: InfoMoney – (28/04/2022)

A repercussão do caso Hectare também influenciou no desempenho de fundos considerados High Yield – de maior risco –, tirando dos FIIs de “papel” o posto de segmento mais rentável do mês, como tem ocorrido nos últimos anos.

Descubra o passo a passo para viver de renda com FIIs e receber seu primeiro aluguel na conta nas próximas semanas, sem precisar ter um imóvel, em uma aula gratuita.

Wellington Carvalho

Repórter de fundos imobiliários do InfoMoney. Acompanha as principais informações que influenciam no desempenho dos FIIs e do índice Ifix.