Após Santander, Banco do Brasil reduz taxas de fundos DI para 3%

Medida foi tomada após publicação de matéria pelo InfoMoney; banco cobrava taxas de até 4% em seus fundos DI

Mariana Zonta d'Ávila | Beatriz Cutait

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SÃO PAULO – Depois do Santander, foi a vez de o Banco do Brasil anunciar hoje a redução das taxas de administração de seus três fundos DI mais caros ofertados ao mercado. As taxas, que chegavam a 4% ao ano, foram cortadas para 3%, informou o banco em comunicado aos funcionários nesta quinta-feira (26).

O movimento vem após os bancos receberem uma onda de pressão na internet e nas redes sociais pelas altas taxas de administração cobradas, um custo que fica ainda mais desproporcional num ambiente de juro baixo. O InfoMoney publicou uma matéria ranqueando os dez fundos DI com as maiores taxas de administração do mercado, um dia depois de o Banco Central cortar a taxa Selic.

Thiago Nigro, o “Primo Rico”, maior influenciador de finanças pessoais do país, lançou uma campanha para pressionar os bancos a reduzir as taxas. Confira aqui.

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Na lista do InfoMoney, os fundos BB RF Supremo Setor Público, BB RF Automático e BB RF Automático Empresa Curto Prazo apareciam entre as dez primeiras posições, com taxas de 4,0%, 3,8% e 3,7%, respectivamente.

Com os cortes, os fundos deixam o “top 10”, mas ainda estão entre as 20 piores posições da categoria, que responde pela alternativa mais simples e conservadora disponível para os investidores.

Os fundos do BB são de aplicação e resgate automático e seguem abertos para captação. Como o próprio nome indica, o BB RF Supremo Setor Público é ofertado para o setor público e tinha, até 17 de setembro, mais de 166 mil cotistas, com patrimônio total da ordem de R$ 54 bilhões. Desde o início do fundo até a data em questão, ele rendeu apenas 42% do CDI e, nos últimos 12 meses, o retorno foi equivalente a 34% do referencial.

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Já o BB RF Automático, destinado a pessoas físicas, contava com nada menos que 481 mil cotistas e tinha patrimônio de R$ 11,4 bilhões. Seu retorno histórico, isto é, desde que foi criado, era de 23% do CDI e, em 12 meses, a rentabilidade é de apenas 37,4% do referencial.

Por fim, o BB RF Curto Prazo Empresa, destinado a pequenas e médias empresas, tinha 222 mil investidores com patrimônio total aproximado de R$ 20 bilhões. Desde sua constituição, o fundo entregou um retorno equivalente de 17,5% do CDI. Em 12 meses, a rentabilidade é de 38,6% do referencial.

Em nota aos funcionários, o BB indicou que “a medida reforça a competitividade do portfólio BB e representa melhoria na rentabilidade para os clientes”.

Procurado pelo InfoMoney, o Banco do Brasil informou que acompanha os movimentos de mercado e a redução da taxa Selic e ressaltou que os fundos automáticos são utilizados como ferramenta de apoio à gestão de fluxo de caixa para rentabilização de recursos de curtíssimo prazo. “Cabe destacar que esses fundos apresentam retornos compatíveis com outros produtos do mercado que possuem a mesma finalidade”, afirmou o banco, em nota.

O BB ainda destacou que fundos de movimentação automática “não compõem a carteira sugerida ao cliente e não são considerados para avaliar a adequação da carteira de investimento ao perfil do investidor”.