Paulistana rompe ‘casamento’ com escritório e cria treinamento online para mediação de conflitos

Adriana Berton, 48, trabalha em diversas parcerias, com treinamentos para pessoas e grupos em empresas

Suzana Liskauskas

Adriana Berton, 48

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Neste 8 de março, o InfoMoney dá voz a cinco mulheres, de diferentes estratos da sociedade. Todas elas enfrentam desafios para manter a renda em um Brasil que, sob a pandemia, é impactado pelo desemprego e pela inflação.

Conheça os desafios de Adriana, 48, de São Paulo.

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A paixão pelo ambiente corporativo surgiu bem cedo na vida da paulistana Adriana Berton, 48. Entre os brinquedos preferidos, estavam uma máquina de escrever e um telefone. O escritório imaginário era repleto de clientes.

A vocação para o mundo dos negócios a levou a cursar faculdade de comércio exterior na Universidade Paulista, a Unip. Logo depois veio o MBA em Logística Empresarial.

Foram 20 anos de um “casamento feliz” com o mundo corporativo. Mas, em 2016, esse relacionamento chegou ao fim. Adriana trabalhava em uma multinacional que estava passando por um processo de reestruturação. “Vi ali uma oportunidade. No meio de uma reestruturação, me ofereceram uma vaga em uma área que eu não me encantei e foi o estopim”, diz.

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Entusiasta do trabalho em equipe, do ambiente colaborativo, e, sobretudo, apaixonada por pessoas, Adriana percebeu que estava desiludida com a competição excessiva do meio corporativo e as desigualdades. A ânsia por mudança aparecia na mesma proporção da preocupação com a renda.

“Sempre fui muito controlada financeiramente. Então, eu fiz um planejamento financeiro para poder me manter por três anos, mesmo sem gerar renda. Fiz um acordo com a empresa e pedi para ser demitida”, conta.

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Casada e sem filhos, Adriana começou a planejar uma transição para trabalhar como coach, atividade em que poderia conciliar uma outra paixão: pessoas.

Ao sair da empresa, mergulhou em uma jornada de especializações, que já tinha começado em 2012, quando ainda estava empregada. De 2017 a 2019, foram sete formações diferentes, incluindo cursos internacionais, como o “Compassion Course Online”, no New York Center for NonViolent Communication.

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Tornou-se uma especialista em mediação de conflito e comunicação não-violenta. Iniciou um trabalho voluntário no Fórum de Santo Amaro, na área de família, onde aplica técnicas de mediação de conflitos.

Hoje, Adriana é uma empreendedora que atua como facilitadora de resultados. Trabalha em diversas parcerias, com treinamentos para pessoas e grupos em empresas.

No fim de 2020, se dedicou aos cuidados da mãe doente. Neste período, começou a desenvolver um projeto de relações sistêmicas, todo no ambiente digital.

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Mais um aprendizado foi necessário: trabalhar a divulgação em redes sociais. “No início, confesso que tive uma pequena crise de ansiedade com essa necessidade de postar diariamente. Depois, entrei num modo de equilíbrio, sem cobranças”, conta.

Neste ano, o foco é um novo projeto voltado para a construção de diálogos, através da comunicação não-violenta. Um treinamento que pode ser moldado também para o ambiente corporativo.

Embora esteja feliz com os rumos da carreira, Adriana voltou a pensar em trabalhar como consultora em comércio exterior. Com a experiência adquirida no meio digital, pode oferecer serviços presencialmente e em múltiplas plataformas, sem barreiras geográficas.

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