XP revisa varejistas e destaca as suas três ações preferidas do setor

XP aponta que Vivara, Assaí e Grupo Mateus são as três preferidas, enquanto elevou RD para neutro e rebaixou Multi para neutra

Reuters

(Shutterstock)

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Analistas da XP Investimentos veem um curto prazo ainda desafiador para o setor de varejo no Brasil, com resultados ainda pressionados pelo cenário macro, mas não descartam ventos favoráveis no último trimestre do ano, conforme amplo relatório a clientes publicado no final do domingo.

“Continuamos cautelosos com o setor, uma vez que esperamos uma temporada de resultados fraca no terceiro trimestre, com uma demanda fragilizada, rentabilidade pressionada e altos níveis de alavancagem, enquanto a dinâmica para o quarto trimestre ainda é incerta, dada renda disponível ainda pressionada”, afirmaram Danniela Eiger e Gustavo Senday.

Eles também veem espaço para revisão para baixo em relação às estimativas do consenso, citando uma cautela maior para Alpargatas (ALPA4), Grupo Soma (SOMA3) e Assaí (ASAI3).

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Ainda assim, afirmam que “nem todas as notícias são ruins”, enxergando fatores positivos para o quarto trimestre que podem ajudar os resultados das varejistas, como um clima mais quente, mais dias úteis; implementação da terceira fase do Desenrola, alívio de custos e queda da inflação e das taxas de juros.

Citando o fraco desempenho do setor nos últimos meses e a dinâmica macro mais desafiadora no segundo semestre em relação à expectativa inicial da XP, os analistas ajustaram seus modelos e reduziram estimativas para 2023 e 2024 para quase toda a cobertura, sendo T&F e RD os únicos papeis que tiveram elevação na projeção dos lucros líquidos para 2024.

No caso do varejo discricionário, eles reiteraram recomendação de “compra” para Arezzo (ARZZ3), Grupo Soma (SOMA3), Lojas Renner (LREN3), Grupo SBF (SBFG3), Vulcabras (VULC3), Smartfit (SMFT3), Petz (PETZ3), Vivara (VIVA3) e Natura&Co (NTCO3).

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Os preços-alvo de alguns, porém, foram ajustados: Arezzo passou de R$ 98 para R$ 90; Grupo SBF caiu de R$ 16 para R$ 10, Vulcabras aumentou de R$ 19 para R$ 24, Petz recuou de R$ 10 para R$ 5,5. Grupo Soma permaneceu em R$ 11, Lojas Renner continuou com R$ 19, Smartfit seguiu com R$ 28, Vivara manteve os R$ 38 e Natura&Co continuou com R$ 20.

Em paralelo, Alpargatas (ALPA4), C&A (CEAB3), Track&Field (TFCO4) tiveram a recomendação “neutra” mantida, com os respectivos preços-alvo passando de R$ 11 para R$ 9,5; de R$ 3,5 para R$ 6 e de R$ 11 para R$ 15.

Ainda nesse segmento, Multi (MLAS3) teve a recomendação cortada de “compra” para “neutra”, enquanto o preço-alvo caiu a R$ 3,50, de R$ 6 antes. Guararapes (GUAR3) teve a recomendação reduzida de “compra” para “neutra”, mas o preço-alvo permaneceu em R$ 6,5.

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Entre as companhias de e-commerce, todas continuaram com recomendação “neutra”, mas Magazine Luiza MGLU3) teve o preço-alvo reduzido de R$ 5 para R$ 2,50 e Casas Bahia (BHIA3) teve o preço cortado de R$ 3 para R$ 0,70. A exceção foi Enjoei (ENJU3), que viu o preço subir de R$ 1,2 para R$ 1,6.

Quanto ao varejo alimentar, Assaí (ASAI3) teve a recomendação de “compra” mantida, assim como Grupo Mateus (GMAT3), mas os respectivos preços-alvo foram reduzidos de R$ 23 para R$ 16 e de R$ 11 para R$ 9. Carrefour Brasil (CRFB3) e GPA (PCAR3) continuaram com “neutra”, enquanto viram os preços-alvo passarem de R$ 14 para R$ 13 e de R$ 10 para R$ 4.

No segmento farmacêutico, a recomendação para RD (RADL3) passou de “venda” para “neutra”, mas o preço-alvo subiu de R$ 25 para R$ 27. Pague Menos (PGMN3) e Panvel (PNVL3) continuaram com “compra”, mas o preço-alvo da primeira passou de R$ 7 para R$ 5, enquanto o da segundo permaneceu em 15 reais. Ainda, d1000 (DMVF3) seguiu com “neutra” e preço de R$ 5.

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Em todo o setor, os analistas da XP afirmaram que Vivara, Assaí e Grupo Mateus continuam se suas preferências, mas acrescentaram que gostam de Smartfit devido às suas perspectivas de crescimento, enquanto Lojas Renner e Grupo Soma se destacam como valuations assimétricos.