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Ibovespa futuro cai mais de 1% após dado de inflação nos EUA; dólar e juros futuros passam a subir

Investidores acompanham dados de inflação nos Estados Unidos e votação da PEC dos Auxílios aqui no Brasil

Mitchel Diniz

(Shutterstock)

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O Ibovespa futuro começou o dia entre perdas mas passou a cair forte após a divulgação da inflação ao consumidor nos Estados Unidos. O número, pior que o esperado, aponta que Federal Reserve pode ser mais agressivo em sua política de aperto monetário. Por aqui, atenção aos riscos fiscais, após a aprovação em primeiro turno da PEC dos Auxílios na Câmara.

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) avançou 1,3% em junho na comparação com maio, acima da média das projeções do mercado (1,1%). Em 12 meses, a inflação nos Estados Unidos acumula alta de 9,1%.

Na seara política, o mercado vai acompanhar a votação dos destaques da Pec dos Auxílios, que foi aprovada em primeiro turno na Câmara dos Deputados ontem à noite. A proposta precisa passar por uma segunda votação, que deve acontecer ainda hoje.

Leia mais: Vendas do varejo sobem 0,1% em maio, bem abaixo do esperado

Às 9h38 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro para agosto operava em queda de 1,2%, aos 98.500 pontos.

O dólar comercial passou a subir 0,12%, a R$ 5,445 na compra e R$ 5,446 na venda. O dólar futuro para agosto subia 0,27%, a R$ 5,481.

Os juros futuros também passaram a subir após o dado de inflação: DIF23, +0,01 pp, a 13,86%; DIF25, + 0,07 pp a 13,12%; DIF27, + 0,03 pp, a 12,97%; e DIF29, + 0,02 pp, a 13,10%.

Em Nova York, o Dow Jones passou a cair 0,5%, enquanto os futuros do S&P 500 e Nasdaq tinham baixa respectivamente, de 0,98% e 1,48%.

Os investidores também vão acompanhar a divulgação do Livro Bege – um resumo sobre a situação econômica dos distritos do Federal Reserve. O documento será divulgado às 15h (horário de Brasília).

Agora pela manhã, o pré-mercado repercutiu o balanço da Delta Airlines no segundo trimestre, cujo lucro de US$ 1,44 por ação ficou abaixo da média das projeções. Os papéis da companhia aérea recuavam após a divulgação dos números.

As Bolsas europeias voltam a cair, com temor de recessão. A perspectiva de desaceleração econômica no velho continente fez o euro se desvalorizar e chegar à paridade com o dólar, o que não ocorria há 20 anos. Os investidores também aguardam dados de inflação nos Estados Unidos. O índice Stoxx 600 recuava 0,71%.

A economia do Reino Unido teve um crescimento inesperado de 0,5% em maio na comparação com abril. A produção industrial britânica também surpreendeu, com alta de 0,9%, enquanto o consenso de mercado apontava para uma estagnação.  A produção industrial da zona do euro, por sua vez, teve variação mensal de 0,8% em maio (a média das projeções do mercado apontava para alta de 0,3%).

Na Alemanha, a leitura final anualizada do CPI (inflação ao consumidor) subiu 7,6% em junho, em linha com a previsão.

A maioria das Bolsas asiáticas fechou em alta. A balança comercial chinesa foi indicador de destaque da sessão. Os dados mostraram um aumento de 17,9% nas exportações denominadas em dólar em junho, acima dos 12% que os analistas esperavam, informou a Reuters. As importações subiram 1%, abaixo dos 3,9% previstos por analistas em pesquisa.

A Coreia do Sul, por sua vez, subiu juros em meio ponto percentual pela primeira vez, para 2,25% ao ano. O país se junta à política de aperto do Banco Central dos Estados Unidos e de outros países para combater a alta da inflação. Analistas preveem mais aumentos nas taxas no futuro.

Análise técnica por Pamela Semezatto, analista de investimentos e especialista em day trader da Clear Corretora

Ibovespa

“Mais uma vez, o movimento de baixa não teve continuidade e continua na região de briga e na consolidação desde o dia 17/06. Já fez duas pernas dentro dessa lateralização e podemos ficar atentos ao rompimento na terceira perna. Resistência em 101.050 pontos e suporte, em 98.000.”

Dólar

“Dólar continua com força na compra e já se aproxima novamente da região de resistência de R$ 5,500 e média aritmética de 200, que pode segurar um pouco o movimento. Se romper essa resistência, próximo ponto forte está em R$ 5,700 e suporte em R$ 5,300.”

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Mitchel Diniz

Repórter de Mercados