Ibovespa cai 0,74%, seguindo exterior, com investidores aguardando inflação americana; Dólar sobe

Investidores, lá fora, estão cautelosos, levando os índices ao vermelho, enquanto aguardam o CPI (inflação ao consumidor) dos EUA

Fernando Lopes

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O Ibovespa terminou a sessão desta terça-feira (9) com queda de 0,74%, aos 131.446 pontos. O movimento, em parte, se deveu à cautela vista em Nova York, com os investidores levando os índices ao vermelho, enquanto aguardam o CPI (inflação ao consumidor) de dezembro, que será divulgado na quinta (11) e vai orientar o Federal Reserve em sua decisão de taxa de juros no final de janeiro.

Dow Jones e S&P 500 caíram, respectivamente, 0,42% e 0,15%, enquanto o Nasdaq subiu 0,09%. Já o dólar comercial subiu frente ao real, com alta de 0,69%, a R$ 4,904 na compra e na venda.

No campo político, Brasília ainda em recesso já se articula para resolver o impasse da MP da reoneração da folha de pagamento, enviada pelo governo de surpresa ao Congresso, segundo os líderes do Senado. É férias, é recesso, mas o ano já começou quente.

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O Goldman Sachs afirmou hoje cedo que segue otimista com os bancos brasileiros em 2024, dadas as tendências operacionais saudáveis e as avaliações ainda atrativas. Mas, nessa conta, rebaixou Bradesco (BBDC4) de neutro para venda e as ações caíram 2,69%. Foi o ativo mais negociado do dia.

A análise positiva não foi suficiente para animar os investidores dos outros nomes do setor. Banco do Brasil (BBAS3) terminou em queda de 1,50% e o Itaú Unibanco (ITUB4) até ensaiou uma virada durante a tarde, mas acabou perdendo 0,06%.

Outros nomes de peso contribuíram para a queda do Ibovespa nesta terça. A Vale (VALE3) emendou a sétima derrota seguida, com 1,27% dessa vez, e segue sem fechar no azul em 2024. O minério de ferro em queda lá na China, mais uma vez, ajudou a derrubar a ação.

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petróleo até subiu com amplitude, com a tensão no Oriente Médio continuando a escalar e a Arábia Saudita se preocupando com a estabilidade dos preços, mas as ações de Petrobras (PETR3;PETR4) foram no caminho contrário, caindo 0,55% e 0,86%, respectivamente.

As petro juniores, porém, aproveitaram o impulso e subiram, especialmente 3R Petroleum (RRRP3), com mais 4,20%, após a forte alta de ontem (4,67%). PRIO (PRIO3) ganhou 1,16%.

Varejo encerra dia de forma mista

Casas Bahia (BHIA3) perdeu 1,35%, com analistas revisando suas projeções, de forma a incorporar o resultado do 3T23 e o grupamento de ações realizado em dezembro de 2023. Lojas Renner (LREN3) também caiu, com 2,72%; enquanto Magazine Luiza (MGLU3) acelerou 2,39%. O varejo fechou misto em um dia que os DIs (juros futuros) acabaram subindo por toda a curva.

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Em outro canto da B3, Tenda (TEND3) desabou 8,17%: guidance sinaliza empresa no caminho certo, mas ainda com pressões de curto prazo.

Hapvida (HAPV3) teve alta de 0,23%, consolidada como “top pick” de dois bancos.

Já Aeris (AERI3) subiu 5,88%, após anunciar a extensão de seu contrato de fornecimento de pás eólicas com a Vestas para até o final de 2028, podendo gerar receitas adicionais de até R$ 7,6 bilhões ao longo do contrato.