Futuros dos EUA recuam após salto na véspera com Powell; reações ao Copom e mais assuntos do mercado hoje

Enquanto isso, bolsas da Europa avançam após falas do presidente do Federal Reserve; por aqui, atenção ainda para a temporada de balanços

Equipe InfoMoney

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Os índices futuros de Nova York recuam, enquanto as bolsas da Europa sobem na manhã desta quinta-feira (5), depois que o Federal Reserve (Fed) aumentou as taxas em meio ponto; contudo, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, anulou especulações sobre um aperto monetário mais agressivo, o que animou os mercados na véspera.

As ações subiram pelo terceiro dia consecutivo no início do mês, depois que o Fed aumentou sua taxa básica de juros em 50 pontos base, como esperado, e disse que começaria a reduzir seu balanço em junho. No entanto, o sentimento dos investidores, que está atolado desde o início do ano, mudou durante a entrevista coletiva de Powell, quando ele esclareceu que o Fed “não está considerando ativamente” um aumento maior, de 75 pontos-base.

Após os comentários de Powell, os investidores mostraram maior confiança com a capacidade do banco central de desacelerar a inflação sem desencadear uma recessão.

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A guerra na Ucrânia também permanece no radar dos investidores. As forças russas teriam renovado seu ataque ao complexo siderúrgico Azovstal, um último reduto de combatentes ucranianos na cidade portuária de Mariupol, no sul.

Enquanto isso, a União Europeia propôs uma proibição gradual do petróleo russo em sua sexta rodada de sanções contra Moscou desde a invasão não provocada da Ucrânia.

Em dados econômicos, os investidores estarão de olho nos dados de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA, que devem ser divulgados às 9h30.

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Após a decisão do Copom de elevar a taxa Selic em 1 ponto percentual, a agenda de indicadores domésticos está esvaziada. Os investidores devem repercutir que o BC não conseguiu cumprir o seu plano de voo e sinalizou estender o ciclo de alta da taxa básica de juros para junho, contratando novo ajuste “de menor magnitude”.

No campo corporativo, destaque para a divulgação dos resultados da Petrobras, após o fechamento do mercado.

Confira mais destaques:

1. Bolsas Mundiais

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam em baixa, depois que o Fed elevou as taxas em meio ponto e os principais índices subiram na sessão anterior.

A temporada de balanços americana continua nesta quinta-feira, com Shell, Shopify e ConocoPhillips antes da abertura. Block, DoorDash, Shake Shack, Zillow e outros grandes nomes serão divulgados após o fechamento do mercado.

Veja o desempenho dos mercados futuros:

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam entre perdas e ganhos, depois que o Fed esvaziou as apostas de um aperto monetário mais agressivo e o retorno dos negócios na China após dias de feriados.

A atividade do setor de serviços da China encolheu ainda mais em abril, mostrou uma pesquisa do setor privado na quinta-feira. O Índice de Gerentes de Compras (PMI) de serviços da Caixin caiu para 36,2 em abril, abaixo da leitura de março de 42.

Europa

Os mercados europeus operam em alta acompanhando o sentimento global depois que o Fed afastou as especulações sobre um aperto monetário mais agressivo.

O foco na Europa nesta quinta-feira se voltará para o Banco da Inglaterra, que deve anunciar um quarto aumento consecutivo da taxa de juros para combater a alta dos preços.

Commodities

Os preços do petróleo operam mistos nesta quinta-feira, após a forte alta da véspera em meio a uma proposta da União Europeia de novas sanções contra a Rússia, incluindo um embargo ao petróleo em seis meses, compensando as preocupações com a demanda chinesa.

Bitcoin

2. Agenda

O dia começa com a decisão da taxa de juros do Banco da Inglaterra (8h) e pedidos de seguro-desemprego nos EUA (9h30). A OPEP+ se reúne no meio da tarde (14h50).

Os investidores também repercutem a decisão de política monetária do Copom. O Banco Central subiu a Selic em 1,0 ponto percentual nesta quarta-feira, a 12,75% ao ano, em linha com o esperado pelo mercado, e disse ser provável uma extensão do ciclo de alta dos juros com um ajuste de menor magnitude na próxima reunião, em junho, sem especificar se esse seria o último aumento da taxa.

“O comunicado reforça nossa expectativa de alta adicional de 50 pontos base em junho, levando a Selic para 13,25% ao fim do processo de alta. Diante do entendimento de que o risco continua pesando para o lado altista, mantemos viés para cima sobre essa expectativa”, aponta Júlio Barros, economista da Daycoval Asset.

Já Caio Megale, economista-chefe da XP, destacou manter  a expectativa de uma taxa Selic terminal em 13,75%. “A nosso ver, esse patamar poderá ser alcançado com duas altas adicionais (em ritmo mais moderado) em junho e agosto, ou mesmo com o Copom se convencendo a fazer uma alta adicional de 1 ponto na próxima reunião, pois acreditamos que o cenário para a inflação seguirá desafiador nos próximos meses”, avalia.

Inglaterra

8h: BC da Inglaterra decide sobre política monetária

EUA

9h30: Variação da produtividade do setor não-agrícola

9h30: Pedidos de seguro-desemprego, com consenso Refinitiv de 182 mil solicitações

10h15: Fala do diretor do Fed John Williams

3. MP do Auxílio Brasil

O Senado aprovou a medida provisória que garante o pagamento mínimo de R$ 400 mensais para beneficiários do Auxílio Brasil, programa que substituiu o Bolsa Família no governo Bolsonaro. O texto foi aprovado de forma simbólica e será enviado para sanção presidencial. Inicialmente, a medida garantia a transferência de R$ 400 somente até dezembro.

Pacheco quer votar reforma do IR direto em plenário

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), deseja que o projeto de reforma do Imposto de Renda (IR) seja apreciado diretamente no plenário, sem votação prévia na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Para isso, deve haver uma mudança na relatoria da matéria: o senador Angelo Coronel (PSD-BA) daria lugar a Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), que era líder do governo na Casa, e ficaria como novo responsável pela elaboração de um parecer final.

A ideia de Pacheco, segundo fontes ouvidas pelo Valor, é restringir o texto à redução do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e à criação da tributação sobre dividendos, como forma de compensação. Isso porque uma das propostas de Angelo era fazer uma atualização da tabela do Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF), o que acabou travando as negociações entre Parlamento e equipe econômica.

Projeto na Câmara quer suspender reajustes de energia, mas é ilegal, dizem analistas

O senador Marcelo Castro (MDB-PI), escolhido como relator-geral do Orçamento de 2023 no Congresso, defendeu excluir as despesas do Auxílio Brasil do teto de gastos públicos.

Em entrevista coletiva após a instalação da Comissão Mista de Orçamento, o parlamentar afirmou que apoia uma proposta como essa. Nesta quarta, o Senado deve aprovar a medida provisória que garante o pagamento mínimo de R$ 400 mensais de forma permanente para beneficiários do auxílio.

Câmara aprova piso salarial para enfermeiros

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (4), por 449 favoráveis e 12 contrários, o projeto de lei que institui piso salarial para enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e parteiras. Oriundo do Senado, a matéria segue para sanção presidencial.

Decreto facilita inserção de 100 mil aprendizes no mercado

O presidente Jair Bolsonaro assinou decreto que, de acordo com o governo, facilita a inserção de ao menos 100 mil aprendizes no mercado de trabalho. O texto foi anunciado em cerimônia no Palácio do Planalto.

Ministro da Defesa disse que Forças Armadas estão comprometidas com eleições e democracia, diz Fux

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, afirmou nesta quarta-feira que o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Olivera, disse-lhe em encontro na véspera que as Forças Armadas estão comprometidas com as eleições e com a democracia no país.

“Também na tarde de ontem me reuni com o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, que solicitou o encontro após sua posse como ministro da Defesa, oportunidade em que manifestou que as Forças Armadas estão comprometidas com o processo eleitoral e com a democracia”, disse ele, na abertura da sessão do Supremo nesta quarta.

4. Covid

Na última quarta-feira (4), o Brasil registrou 51 mortes e 20.556 casos de covid-19 em 24h, segundo informações do consórcio de veículos de imprensa, às 20h.

A média móvel de mortes por Covid em 7 dias no Brasil ficou em 93, baixa de 7% em comparação com o patamar de 14 dias antes.

A média móvel de novos casos em sete dias foi de 14.855, o que representa alta de 8% em relação ao patamar de 14 dias antes.

Chegou a 164.428.786 de pessoas totalmente imunizadas contra a Covid no Brasil, o equivalente a 76,54% da população.

O número de pessoas que tomaram ao menos a primeira dose de vacinas atingiu 177.331.515 pessoas, o que representa 82,55% da população.

A dose de reforço foi aplicada em 87.213.268 pessoas, ou 40,6% da população.

5. Radar Corporativo

Gerdau (GGBR4) e Metalúrgica Gerdau (GOAU4) publicam seus números do primeiro trimestre, todas antes da abertura.

À noite, Petrobras (PETR4), Petroreconcavo (RECV3), Bradesco (BBDC4),  Lojas Renner (LREN3) e Unidas (LCAM3) publicam seus balanços.

Ambev (ABEV3)

A Ambev (ABEV3) registrou lucro líquido ajustado foi de R$ 3,551 bilhões no primeiro trimestre de 2022 (1T22), uma alta de 28,6% na base anual. Já o lucro líquido foi de R$ 3,528 bilhões no primeiro trimestre de 2022 (1T22), o que representa um crescimento de 29,1% em relação ao mesmo trimestre de 2021.

O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado cresceu 3,7% no 1T22, totalizando R$ 5,522 bilhões.

Suzano (SUZB3)

A Suzano (SUZB3) lucrou R$ 10,306 bilhões no primeiro trimestre deste ano, revertendo prejuízo de R$ 2,755 bilhões de igual período do ano passado.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado subiu 5%, atingindo R$ 5,121 bilhões, com uma margem de 53%, 2 pontos porcentuais abaixo de um ano antes.

BRF (BRFS3)

A BRF (BRFS3) registrou um prejuízo líquido, seja societário ou de operações continuadas, de R$ 1,5 bilhão, revertendo lucro de R$ 22 milhões de um ano antes.

CSN (CSNA3)

A CSN (CSNA3) registrou um lucro líquido de R$ 1,364 bilhão no primeiro trimestre, cifra 76% inferior ao R$ 5,697 bilhão de igual período do ano passado.

Petrorio (PRIO3)

A Petrorio (PRIO3) registrou lucro líquido de US$ 223,4 milhões no primeiro trimestre deste ano, revertendo prejuízo de US$ 12,009 milhões de um ano antes.

GPA (PCAR3)

O GPA (PCAR3) registrou um lucro líquido consolidado R$ 1,399 bilhão no primeiro trimestre, cifra acima da registrada um ano antes, de R$ 112 milhões.

No entanto, o GPA informou que, considerando o resultado líquido dos controladores, das operações continuadas, o resultado foi um prejuízo de R$ 111 milhões, ante lucro de R$ 103 milhões de um ano antes.

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