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A corretora cripto Binance lançou nesta quinta-feira (29) um pool de mineração do “ETHW”, o token do fork (bifurcação) do Ethereum (ETH) que nasceu após a “Merge” (Fusão, na tradução para o português), atualização que mudou o mecanismo de mineração do projeto cripto.
Um pool de mineração de criptomoedas é formado por um conjunto de mineradores que combinam seus recursos computacionais para validar transações e receber ativos como recompensa.
Os participantes do ETHW Pool não serão cobrados durante o período promocional que termina em 29 de outubro, de acordo com o comunicado da exchange de criptomoedas.
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Há duas semanas, a Merge mudou com sucesso a blockchain do Ethereum, e passou de um modelo de prova de trabalho (proof-of-work, ou PoW) para um sistema de prova de participação (proof-of-stake, ou PoS), eliminando a necessidade de mineradores na rede.
O suporte da Binance, a maior exchange do mundo por volume negociado, vem duas semanas após o surgimento Ethereum PoW, rede criada por mineradores insatisfeitos com a atualização do Ethereum. Apesar dos poucos dias de existência, o projeto acumula fortes críticas.
Assista: “Para quem tem que pagar energia, acabou”. A situação delicada dos mineradores após o Merge do Ethereum
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O Ethereum PoW passou por problemas técnicos desde suas primeiras horas de vida. No começo, usuários relataram problemas para adicionar a nova rede à uma carteira como a MetaMask. Mais tarde, o CoinDesk verificou as alegações dos usuários e atestou que os servidores da criptomoeda estavam inacessíveis.
A blockchain também foi alvo de um “ataque de repetição”, tipo de hack indireto que explora um bug em aplicativos incompatíveis com a rede nova, e que acabam espelhando transações realizadas em uma outra cadeia. Nesse caso, hackers transferiram 200 ETH no Ethereum e, como consequência, obtiveram 200 ETHW automaticamente na rede do Ethereum PoW. No momento da transferência, os tokens obtidos valiam US$ 1,6 milhão.
Assim que ganhou vida, o token ETHW começou a ser distribuído de graça para quem já tinha ETH na carteira até 24 horas antes, em uma proporção de um para um. O processo, conhecido no meio cripto como airdrop, virou uma chance de lucro fácil para quem já apostava no Ethereum “oficial”.
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A festa, contudo, durou pouco. Em três dias, a nova criptomoeda desabou mais de 80%, de cerca de US$ 60 para menos de US$ 6, em meio a uma liquidação em massa do ativo.