As medidas que mais de 50 empresas da Bolsa estão adotando em meio à pandemia do coronavírus

A cada dia que passa, mais empresas adotam mudanças em seus negócios para combater a doença

Rodrigo Tolotti

(Crédito: Envato)

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SÃO PAULO – A pandemia do novo coronavírus levou o mundo todo a mudar seus hábitos, desde as pessoas, que precisam ficar isoladas em casa, até empresas, com fechamento de lojas, paralisação de linhas de produção, entre outras medidas que devem pesar para os negócios.

Gigantes globais têm tomado medidas para ajudar na contenção da Covid-19, como a Apple, que fechou suas lojas (primeiro na China e depois no resto do mundo), a Disney com fechamento de seus parques, e a chinesa Alibaba, que tem doado respiradores para países da América Latina, incluindo o Brasil.

Por aqui, a cada dia que passa, novas medidas são anunciadas pelo governos, tanto federal quanto estaduais, o que tem levado as companhias da bolsa brasileira a tomarem medidas aos poucos, conforme cada região decide como agir.

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Os impactos financeiros em cada empresa serão diferentes, enquanto algumas precisarão parar completamente seus negócios, algumas conseguem manter fábricas funcionando e algumas operações, como caso dos e-commerce e varejistas de alimentos.

Confira abaixo o que cada companhia tem feito neste cenário de crise e os impactos disso:

Frigoríficos

Por serem negócios essenciais para a população, os frigoríficos seguem funcionando a fim de fornecer para as pessoas os alimentos necessários. Apesar disso, algumas empresas estão limitando suas produções e adotando medidas de cautela.

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A JBS (JBSS3) concedeu férias coletivas em cinco de suas 37 unidades de bovinos no Brasil por 20 dias. De acordo com a empresa, esta decisão é uma resposta à menor demanda de exportação.

Além disso, a companhia informou recentemente que obteve liminar que autoriza as atividades nas unidades de Forquilhinha e Nova Veneza, em Santa Catarina, que chegaram a ser suspensas após decisão do juiz do trabalho Paulo André Botto Jacon, da 4ª Vara do Trabalho de Criciúma.

Enquanto isso, a BRF (BRFS3) e a Marfrig (MRFG3) afirmaram que suas plantas continuam funcionando normalmente. Já a Minerva Foods (BEEF3) anunciou férias coletivas de até 20 dias para os funcionários de quatro de suas dez plantas no País.

Além destas medidas, todas as companhias informaram que reforçaram a adoção de medidas de proteção, entre elas: proibição de viagens internacionais e redução das viagens domésticas, protocolos mais rigorosos de higienização, redução de contato entre as pessoas e cancelamento de reuniões presenciais, entre outras.

Alimentação e saúde

Assim como os frigoríficos, supermercados e drogarias seguem funcionando normalmente por serem essenciais para a população. Por conta disso, empresas como Pão de Açúcar (PCAR3), Carrefour Brasil (CRFB3) e Raia Drogasil (RADL3) seguem com suas lojas abertas.

Mesmo assim, algumas medidas estão sendo tomadas, como horários exclusivos para que idosos possam fazer compras com menos risco, e reforço do canal de vendas online, bastante utilizado pelo Pão de Açúcar, que possui uma estrutura própria para isso.

Já a IMC (MEAL3) disse que adiou deste ano para 2021 o início de um plano de abertura de lojas que tem prazo de cinco anos. Além disso, a companhia informou que reforçou o serviço de delivery das empresas do grupo, como Pizza Hut, KFC, Olive Garden e Viena. A IMC também reduziu em 30% seu quadro de funcionários.

Ainda entre as companhias de alimentos, o Burger King (BKBR3) fechou, desde 23 de março, os salões de todas as suas lojas do país. São mais de 900 lojas da marca, que ainda conta com a rede Popeyes no Brasil, que manterá as lojas abertas para delivery, drive-thru e pedidos para viagem.

Empresas de diagnósticos seguem com operações normais, mas a Hermes Pardini (PARD3) vai interromper a abertura de lojas neste momento “agudo”. O cenário para negócio lab-to-lab (serviços para laboratórios) tem se mostrado mais resiliente à crise com linhas de diagnóstico aumentando não só para o coronavírus, mas também para outras doenças, disse Alessandro Ferreira, vice-presidente da Hermes Pardini em teleconferência com investidores.

Aéreas e turismo

De longe o setor mais impactado pela crise atual, as companhias aéreas e empresas de turismo foram as primeiras a sofrer com a pandemia do novo coronavírus, já que as pessoas pararam de viajar e voos no mundo todo foram cancelados.

A Gol (GOLL4) decidiu manter, até 3 de maio, apenas a operação da malha essencial de 50 voos diários, conectando todas as capitais dos estados brasileiros a partir do aeroporto internacional de São Paulo, em Guarulhos. Com isso, estão suspensas todas as rotas regionais e internacionais.

A empresa afirma ainda que fará voos extras para atender eventuais demandas específicas em destinos regionais e internacionais. Desde o início da crise, a empresa disse que reduziu em cerca de 92% a oferta nos mercados domésticos e 100% nos internacionais.

Já a Azul (AZUL4) tomou decisão parecida, reduzindo sua capacidade em 90% entre 25 de março e 30 de abril. Neste período, a companhia irá operar com 70 voos diretos por dia, para 25 cidades.

A empresa também está reduzindo custos e despesas com folha de pagamento em aproximadamente 65% em abril de 2020, a partir de iniciativas que incluem programa de licença não-remunerada e redução salarial de 50% para os membros do comitê executivo e de 25% para gerentes.

A CVC Brasil (CVCB3), por sua vez, disse que vem tomando medidas para preservar sua saúde financeira. As medidas incluem redução da jornada de trabalho de 50% dos funcionários a partir de 1° de abril, exceto em casos pontuais, de pessoas que estejam atuando em temas emergenciais.

Além disso, haverá a redução de 50% do salário da diretoria executiva e conselho, suspensão de novas contratações e promoções, postergação de todos projetos e investimentos não prioritários, renegociação de termos e prazos de pagamentos a fornecedores e devolução de todos os fretamentos até 31 de maio de 2020.

Embraer (EMBR3)

A Embraer colocou os funcionários de todas as suas unidades em licença remunerada desde o dia 23. A companhia tem cerca de 16 mil funcionários no país e a medida se aplica a todos os empregados “que não podem desempenhar suas atividades remotamente”.

Parte dos colaboradores da fabricante de aeronaves está atuando em home office.

A Embraer afirmou ainda que o afastamento, inicialmente, será até o dia 31 de março e apenas poucas atividades essenciais serão mantidas em operação durante o período.

Varejistas

Um setor também bastante afetado pela paralisação das cidades é o do varejo, já que grande parte dessas empresas tem como seu principal negócio a venda em lojas físicas. Por conta disso, há uma divisão dos impactos e de como cada uma tem se organizado para tentar amenizar os problemas.

O Magazine Luiza (MGLU3) e a Via Varejo (VVAR3), dona das marcas Casas Bahia e Ponto Frio, fecharam todas as lojas físicas que possuem no país. Por outro lado, as duas empresas possuem grandes operações de comércio eletrônico, o que deve amenizar o impacto financeiro da paralisação.

A B2W (BTOW3) é outra que não deve sofrer tantos impactos por ter seus negócios voltados para o e-commerce. Por outro lado, a Lojas Americanas (LAME4), que inicialmente manteve suas lojas físicas abertas, se viu obrigada a fechar vários estabelecimentos, como os que ficam em shoppings (que corresponde a cerca de 30% do negócio), e aqueles em cidades onde foi determinado o fechamento do comércio, caso de todo o estado de São Paulo.

Enquanto isso, a Cia. Hering (HGTX3) fechou todas as suas lojas próprias no Brasil por causa da pandemia do coronavírus. A empresa também adotou outras medidas, como passar parte do pessoal da área administrativa para o home office; na área industrial, deu férias coletivas de 15 dias para os funcionários das fábricas em Blumenau (SC), Goiás e no Rio Grande do Norte.

A empresa recomendou aos franqueados que fechem as lojas. Houve redução dos volumes de compras para o segundo trimestre e o replanejamento para o terceiro e quarto trimestres. A varejista e fabricante de vestuário também informou que houve contingenciamento das despesas e investimentos até o final do segundo trimestre.

Já a Alpargatas (ALPA4), além de fechar todas as lojas no Brasil e exterior, adotou o trabalho remoto em seus escritórios globais. A empresa ainda disse que reduziu de forma significativa o número de funcionários nas operações de logística e produção, “chegando a um nível mínimo, mantendo apenas o essencial em produção, dentro das normas e diretrizes de segurança”.

A Lojas Renner (LREN3) é outra que fechou todas as suas lojas pelo país. Além disso, a companhia anunciou um apoio de R$ 4,1 milhões para instituições hospitalares, ajudando a custear a aquisição de suprimentos básicos e fundamentais no tratamento da doença.

Lojas Marisa (AMAR3), C&A (CEAB3) e Guararapes (GUAR3), dona da marca Riachuelo, também decidiram fechar por tempo indeterminado todas as lojas físicas do país.

Já a Arezzo (ARZZ3), além do fechamento de lojas, decidiu reduzir em 30% os salários do presidente, Alexandre Birman, dos diretores executivos e conselheiros. A companhia ainda adotou trabalho remoto desde o dia 16 de março, com antecipação de férias e uso de banco de horas para empregados cujas atividades podem ser feitas de casa. As fábricas também suspenderam as operações, com férias coletivas para os funcionários.

A Vivara (VIVA3) suspendeu as operações de 258 lojas instaladas em shoppings, mantendo em trabalho apenas funcionários de tecnologia da informação e logística, ao passo que outra parte da equipe está remota. O estoque dos produtos que iria para as lojas foi direcionado para o centro de distribuição e o comércio eletrônico.

Dona das marcas Artex e MMartan, a Springs Global (SGPS3) fechou as lojas até o dia 31 de março, prazo que poderá ser estendido conforme a crise seguir. A empresa afirmou ainda que as vendas online das marcas Santista, Artex, MMartan e Casa Moysés seguem normais. Além disso, a fábrica localizada na Argentina também ficará fechada.

Shoppings

Na Bolsa, as administradoras de shoppings centers já estão sofrendo bastante. Conforme decretos de alguns estados, em especial São Paulo, todo o comércio deve permanecer fechado por pelo menos 15 dias.

Com isso, as três maiores administradoras – Aliansce Sonae (ALSO3), BRMalls (BRML3) e Multiplan (ativo=MULT3]) – fecharam cerca de 80% da base total de shoppings.

58 de 76 shoppings estão fechados em nove estados, como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Espírito Santo e outros. Enquanto isso, unidades de outras regiões operam em horário reduzido, das 12h às 20h. A Iguatemi (IGTA3) também fechou suas unidades.

Indústrias

A Weg (WEGE3) comunicou que reduziu em 50% o pessoal que trabalha em cada turno na sua fábrica de Santa Catarina. A fabricante de motores informou que a medida foi tomada para evitar a propagação do coronavírus no país. A empresa tem quatro fábricas na China, com um total de 1.986 colaboradores, e afirmou que nenhum foi contaminado pelo Covid-19.

Além disso, a WEG já adotou sistema home office para parte dos colaboradores nas unidades operacionais no Brasil e escritórios nacionais e internacionais.

A multinacional fabricante de ônibus Marcopolo (POMO4) e o conglomerado do setor automotivo Randon (RAPT4) também anunciaram que vão suspender suas atividades.

No caso da primeira, a paralisação atinge todas as unidades fabris e administrativas no país. Os cerca de 10 mil funcionários da Marcopolo, cerca de 80% no Rio Grande do Sul e o restante no Rio de Janeiro e no Espírito Santo, entraram em férias coletivas por um período de 20 dias.

A Randon também disse que dará férias coletivas de 20 dias, medida que serve para as unidades de negócios de Caxias do Sul (RS), que envolve a Randon Implementos, Randon Veículos, Fras-le, Jost, Master, Suspensys e Castertech. As demais unidades do País deverão seguir orientações de cada região ou estado em que estão localizadas.

A empresa de autopeças Mahle-Metal Leve (LEVE3) também anunciou medidas por causa da pandemia do coronavírus. Segundo a empresa, parte do pessoal administrativo trabalha em home office, enquanto nas fábricas a companhia “adotará o regime de férias coletivas e seletivas”. A Mahle-Metal Leve prevê que a situação das medidas para enfrentar o coronavírus dure até meados de abril. A sua subsidiária na Argentina também ficará fechada até abril.

Já a Indústrias Romi (ROMI3) decidiu estabelecer a suspensão de todas as operações do Brasil, a princípio até o dia 21 de abril, através de férias, banco de horas e troca de feriados, com início em 24 de março para o grupo de risco e 30 de março para os demais colaboradores.

Siderúrgicas

Um setor que precisa se desdobrar mais é o de siderúrgicas, já que muitas destas empresas produzem itens essenciais para outros setores, e portanto precisam continuar funcionando.

Gerdau (GGBR4) estruturou comitês de crise para avaliar e combater o avanço do coronavírus nos vários países onde atua. Segundo a empresa, as operações na Argentina e no Peru foram totalmente suspensas. Nos Estados Unidos, as operações industriais de aços especiais estão paralisadas, em virtude da desaceleração do setor automotivo.

No Brasil, de acordo com a companhia, há impacto nas operações devido às decisões de alguns estados de implantarem leis de quarentena. Apesar disso, o abastecimento aos clientes está sendo feito.

Enquanto isso, a Usiminas (USIM5) informou que suas controladas Soluções em Aço Usiminas S.A. (SU) e Usiminas Mecânica S.A. (UMSA), decidiram conceder férias coletivas para 46,3% e 29,6% do efetivo, respectivamente.

Além disso, as unidades de Porto Alegre, Guarulhos, Betim, Taubaté e Suape da SU, assim como a fábrica da UMSA em Ipatinga, terão as produções reduzidas para se adequar à atual demanda de mercado. Nas áreas em que é possível, a companhia determinou o home office.

Já a CSN (CSNA3), mantém parte de suas operações, instaurando, porém, um comitê de crise e medidas de reforço de higiene. Na Usina Presidente Vargas, em Volta Redonda, a companhia liberou pessoas do grupo de risco e cerca de 2 mil funcionários para quarentena.

Commodities

A mineradora Vale (VALE3) reduziu parte de suas operações pelo mundo. Entre as medidas mais fortes, a companhia paralisou temporariamente seu centro de distribuição na Malásia, com impacto esperado nas vendas de aproximadamente 500 mil toneladas de minério de ferro no primeiro trimestre de 2020.

A mineradora também disse que está repatriando 250 funcionários e familiares que residem em Moçambique, no Sul da África. Para isso, a companhia decidiu fretar um avião.

Além disso, a empresa anunciou que antecipará os pagamentos aos seus fornecedores para ajudá-los a atravessar a crise provocada pela pandemia. A Vale também irá doar 5 milhões de kits de testes rápidos de coronavírus.

Enquanto isso, a Suzano Papel e Celulose (SUZB3) fechou totalmente os escritórios centrais na capital paulista e determinou o home office para todos. A empresa, maior produtora brasileira de papel e celulose, informou que também liberou o home office para parte dos funcionários administrativos em outras cidades brasileiras e no exterior.

Nas fábricas, a Suzano mantém suas operações, com medidas de higienização redobradas. A empresa tem visto sua demanda aumentar, já que cerca de 60% da celulose produzida por ela tem como destino a produção de papel higiênico.

A Klabin (KLBN4), por sua vez, paralisou temporariamente as obras de construção civil e montagem do bilionário Projeto Puma II, no Paraná, que envolvia força de trabalho de aproximadamente 4.500 pessoas.

Distribuidoras

A BR Distribuidora (BRDT3) ativou seu comitê de crise e busca adotar medidas para sustentar a estabilidade de suas operações, o fornecimento normal de serviços e bens e a preservação da saúde de seus funcionários.

A empresa afirmou que está seguindo todas as diretrizes das agências de saúde, incluindo rotinas de trabalho remoto para a equipe administrativa e reforçando as medidas de higiene e limpeza por meio de sua cadeia de operações.

A empresa também destacou que o surto e a desaceleração subsequente da atividade econômica, restrições à circulação de pessoas e menor uso de transporte no país, poderiam levar à queda da demanda de combustível no Brasil.

Medida parecida foi tomada pela Ultrapar (UGPA3), que também afirmou que não vê um grande impacto em seu negócio de longo prazo. No curto prazo, porém, a companhia prevê uma demanda mais fraca a partir desta semana por conta da redução da mobilidade.

A Cosan (CSAN3), incluindo suas controladoras, como Raízen, Rumo ([ativo=RUMO3]) e Comgás (CGAS5), afirmou que não fará nenhuma redução de quadro de pessoal neste momento.

Como as empresas servem a negócios essenciais, as operações seguem, apesar do quadro reduzido. De acordo com a Cosan, foram tomadas as medidas “necessárias para a continuidade das atividades de forma remota e presencial, garantindo as ações pertinentes nas áreas de segurança física, de higiene e suporte psicológico”.

No caso específico da Comgás, a companhia ainda informou que irá suspender todos os cortes de fornecimento no estado de São Paulo até o dia 31 de maio.

Locadoras

A Localiza (RENT3) disse que está avaliando conforme cada estado e região o fechamento temporário de suas agências. Além disso, a companhia informou que ampliou as rotinas de higienização de seus veículos e adota as melhores práticas mundiais, alinhadas com as recomendações do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde.

Foi adotado o home office para funções que permitem, além de uma flexibilização nas cobranças, sendo possível realizar alterações ou cancelamentos sem taxas e também isenção da cobrança de devolução, quando um veículo é retirado num local e devolvido em outro.

Já a Movida ([ativo=MOVI3), também reforçou a limpeza dos veículos, além de esterilização das agências e escritórios. A companhia também decidiu isentar a cobrança de taxa para devoluções em cidades diferentes, valendo até 30 de abril. O mesmo tipo de medida foi adotada pela Unidas ([ativo=LCAM3]).

Taurus Armas (TASA4)

A Taurus informou que a sua sua atividade foi qualificada como essencial, e por isso irá “manter suas operações de forma responsável e observando todas as limitações impostas pelo Poder Executivo Federal, Estadual e Municipal”.

Em comunicado, ela informou estar realizando ajustes na sua operação, de forma a reduzir fluxo, contato e aglomerações de trabalhadores, bem como fornecendo instruções sobre cuidados que devem ser tomados, reforçando medidas de limpeza e disponibilizando material de higiene, entre outras medidas.

Além disso, algumas atividades foram direcionadas para o regime de home office e, também, por 15 dias serão adotados sistemas de escalas, de revezamento de turnos e alterações de jornadas, visando um equilíbrio da produção como fluxo de pessoas, para mitigar os riscos de transmissão do vírus e preservar os interesses sociais, econômicos e financeiros.

Ajuda em meio à pandemia

Enquanto a doença avança no Brasil, várias empresas da bolsa estão anunciando ações para mitigar o efeito do coronavírus na população.

Entre outros exemplos, a Lojas Renner anunciou doação de R$ 4,1 milhões a hospitais para o combate ao coronavírus, por meio do Instituto Lojas Renner. O montante é destinado à compra de insumos em hospitais da região Sul e Sudeste, responsáveis por unidades do Sistema Único de Saúde (SUS).

Já o Itaú informou que destinará cerca de R$ 150 milhões para infraestruturas hospitalares, compra de equipamentos como respiradores, cestas de alimentação e kits de higiene. A Marfrig e as empresas da Família Menin (MRV, Banco Inter e LOG CP) vão doar, no total, R$ 17,5 milhões.

A Petrobras encomendou, nos Estados Unidos, 600 mil testes para diagnóstico de Covid-19. Deste total, 400 mil serão entregues ao Ministério da Saúde e 200 mil à Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro. Já a Vale fechou a compra de 5 milhões de kits de testes rápidos para a verificação de infecção pela covid-19.

A Ambev, por sua vez, anunciou na última semana que usará linhas de produção de sua fábrica de cervejas em Piraí (RJ) para produzir 500 mil unidades de álcool em gel para distribuir em hospitais públicos.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.