Ação de Vale cai abaixo de R$ 90 e siderúrgicas recuam até 6% com minério; Cielo salta 5,4% e bancos registram baixa

Confira os destaques do noticiário corporativo na sessão desta quinta-feira (16)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Além do noticiário sobre Log-in (LOGN3, R$ 20,00, +33,78%), cuja ação chegou a disparar até 50% após oferta da MSC e da Hypera (HYPE3, R$ 33,53, -2,10%), que caiu após encerrar processo de arbitragem em venda de negócios de fraldas descartáveis, tendo que desembolsar R$ 500 milhões, outras ações chamaram a atenção nesta quinta-feira (16).

Os papéis da Vale (VALE3, R$ 87,93, -4,15%) tiveram um novo dia de queda com o minério de ferro se aproximando dos US$ 100. Os ativos caíram mais de 3,5%, ficando abaixo dos R$ 90. Siderúrgicas também tiveram um dia de perdas, caso de CSN (CSNA3, R$ 31,28, -6,18%), Usiminas (USIM5, R$ 14,70, -5,41%), enquanto Bradespar (BRAP4, R$ 61,47, -3,67%) também caiu após a forte alta da véspera.

Também no mercado de commodities, a ação da Petrobras (PETR3, R$ 26,72, -0,93%; PETR4, R$ 26,10, -0,87%) caíram quase 1%, em um dia de leve queda para os principais contratos de petróleo após a queda da véspera. Além disso, Arthur Lira, presidente da Câmara, falou que a estatal precisa prestar informações adequadas sobre preços.

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As ações também refletiram o noticiário doméstico, com a continuidade das incertezas fiscais em meio ao impasse em torno dos precatórios. O cenário também impactou as ações de bancos como Bradesco (BBDC4, R$ 20,77, -1,28%) e Itaú (ITUB4, R$ 28,50, -0,07%), que ainda conseguiram amenizar as perdas no fim do pregão.

As ações da Cielo (CIEL3, R$ 2,52, +5,44%) fecharam em alta de cerca de 5%, mas ainda acumulam queda de cerca de 12% no mês de setembro. Nesta quinta-feira, ela ainda divulgou o o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) que apontou que, em meio ao abrandamento das medidas de isolamento e a alta dos preços, as vendas reais do varejo, quando descontada a inflação, avançaram 1,9% em agosto na comparação com o mesmo mês do ano passado.

Já as ações da Cia. Hering (HGTX3, R$ 38,52, +4,90%) e do Grupo Soma (SOMA3, R$ 17,73, +5,85%) fecharam com forte alta. As companhias aprovaram em assembleias na terça-feira a combinação de negócios entre elas.

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Confira mais destaques:

Americanas (AMER3, R$ 37,76, -4,60%)

A Americanas comunicou a compra da Skoob, maior rede social brasileira para leitores, com mais de 8 milhões de usuários, por valor não revelado. Com a aquisição, a gigante do e-commerce espera acelerar vendas de livros pela internet, categoria que costuma ser uma porta de entrada de novos clientes e tem elevada recorrência de compras.

Lançada em 2009, a Skoob oferece uma biblioteca virtual que permite a organização de leituras (concluídas e desejadas), produção de resenhas e avaliação de obras literárias. É possível interagir com outros leitores, editoras e autores. A plataforma e o app têm ainda interatividade com outras redes sociais.

A XP aponta que a aquisição está em linha com a estratégia da empresa de estar mais presente no dia a dia dos clientes, e contribui para o aumento de conversão da categoria de livros e diminuição do custo de aquisição de clientes.

“Enxergamos a transação como positiva, mas não deve ter impacto financeiro relevante para os resultados no curto prazo. Mantemos a nossa recomendação de compra e preço-alvo para o fim de 2021 de R$ 82 por ação”, apontam os analistas da XP.

Viveo (VVEO3, R$ 24,85, +4,19%)

O Itaú BBA iniciou a cobertura da Viveo com recomendação outperform (perspectiva de valorização acima da média do mercado) e preço-alvo para 2022 de R$ 35, frente à cotação de quinta de R$ 23,85. O banco diz que a empresa é a principal solução no país para a gestão de medicamentos e suprimentos médicos, com uma abordagem integrada e foco em resultados de execução, com um mercado maior e retornos maiores em comparação com atores focados exclusivamente na distribuição.

Cogna (COGN3, R$ 3,04, +0,33%)

A Cogna Educação comunicou que a BlacRock, uma das maiores gestoras de fundos passivos negociados em bolsa (ETF) do mundo, alcançou uma participação de 5,01% do total de ações de emissão da companhia, totalizando 94.162.289 ações ordinárias.

Em adição, a BlackRock informou que detém 21.461.483 instrumentos financeiros derivativos referenciados em ações ordinárias da Cogna com liquidação financeira, representando aproximadamente 1,14% do total de ações ordinárias da companhia.

Log-In (LOGN3, R$ 20,00, +33,78%)

A Log-In comunicou ao mercado ter recebido uma oferta da Sas Shipping Agencies Services Sàrl, subsidiária da MSC, para adquirir o controle da companhia.

De acordo com a empresa, um pedido de autorização já foi enviado ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica, o Cade, para que a Sas possa adquirir, por meio de uma oferta pública de aquisição (OPA) ações que representem até 67% do capital social da empresa.

brMalls (BRML3, R$ 8,53, -1,04%)

A empresa de shopping centers brMalls afirmou que seu conselho de administração aprovou um programa de recompra de até 42.186.434 as ações, o equivalente a 5% de seus papéis em circulação no mercado.

Por meio de fato relevante, a empresa explicou que manterá os papéis recomprados em tesouraria “para maximizar a alocação de caixa gerando valor aos seus acionistas”. O programa tem prazo de até 12 meses.

O Credit Suisse avalia a notícia como positiva, e ressalta que os papéis da empresa estão sendo negociados em níveis próximos aos mais baixos do período da pandemia, apesar de desempenho melhor em vendas e aluguéis.

Vamos (VAMO3, R$ 16,15, +0,87%)

A Vamos Locação de Caminhões, Máquinas e Equipamentos, controlada do grupo Simpar (SIMH3), informou que seu conselho de administração aprovou a realização de oferta restrita de 32,7 milhões de ações, com possibilidade de lote adicional também com 32,7 milhões de ações.

Haverá esforços de colocação no Brasil e no exterior. A oferta é coordenada pelo banco BTG Pactual (coordenador-líder), Bradesco BBI, Itaú BBA, J.P. Morgan, Santander, UBS Brasil e XP Investimentos.

O valor a ser levantado na oferta seria de R$ 525 milhões, levando em considerando o fechamento de R$ 16,01 na véspera. Considerado o lote adicional de ações, o valor dobraria, para R$ 1,050 bilhão.

Rumo (RAIL3, R$ 17,67, -2,97%)

A operadora de logística Rumo precificou nesta quarta-feira uma captação de US$ 500 milhões no exterior com bônus de 10 anos atrelados a métricas sustentáveis publicou o IFR, serviço da Refinitiv.

Itaú, Morgan Stanley, Santander, Bradesco, BTG Pactual, Citi, Goldman Sachs, JPMorgan, UBS e XP coordenaram a operação, que envolve rentabilidade ao investidor de 4,25% ao ano.

B3 (B3SA3, R$ 14,12, +0,50%)

A B3 anunciou em fato relevante na quarta-feira uma revisão na estimativa de alavancagem financeira para o fim de 2021, após concluir uma captação de US$ 700 milhões em bônus. A operadora de infraestrutura de mercado financeiro passou a prever para o final deste ano uma relação dívida bruta/Ebitda em 12 meses de duas vezes.

Hypera (HYPE3, R$ 33,53, -2,10%)

O grupo farmacêutico Hypera anunciou na quarta-feira que fechou acordo por meio do qual pagará à Falcon R$ 500 milhões para encerrar um processo de arbitragem envolvendo a venda do negócio de descartáveis em 2017.

Em fato relevante, a Hypera afirmou que o pagamento “não altera as projeções financeiras estabelecidas para o ano de 2021 ou os investimentos previstos”.

BMG (BMGB4, R$ 3,80, -0,52%)

O banco BMG anunciou nesta quarta-feira que concluiu sua primeira emissão de letras financeiras públicas no valor total de R$ 300 milhões.

Segundo a instituição, os recursos serão usados para reforço de caixa para sua estratégia de negócios. Os papéis têm prazo de 24 meses e 10 dias e a remuneração de CDI + 1,8% ao ano.

Segundo o diretor de atacado e tesouraria do banco, Roberto Simões, a emissão aproxima o BMG de investidores institucionais para acessar o mercado “de forma recorrente”.

Hapvida (HAPV3, R$ 15,28, -0,65%) e SulAmérica (SULA11, R$ 28,12, -1,19%) 

A Hapvida e a SulAmérica informaram novas propostas pelo Grupo HB Saúde.

No caso da Hapvida, a nova proposta vinculante, enviada para a diretoria do Grupo HB Saúde em 15 de setembro de
2021, foi de R$ 650,0 milhões para a aquisição de até 100% do grupo e será encaminhada para aprovação em assembleia de acionistas a ser realizada em 23 de setembro de 2021.

Já a SulAmérica apresentou ontem uma proposta vinculante atualizada para a aquisição de até 100% do Grupo HB Saúde pelo preço base de R$ 563 milhões para a totalidade das ações. A companhia afirmou que considera o potencial estratégico e a expectativa de novos e importantes vetores de crescimento e aumento de penetração na região de São José do Rio Preto, praça estratégica para a expansão da Companhia no interior do estado de São Paulo. Adicionalmente, a transação pode acelerar um novo hub regional de crescimento, nos moldes do que tem sido executado com sucesso no Sul do País pela Paraná Clínicas.

Rede D’Or (RDOR3, R$ 69,93, +0,39%)

Ainda no radar do setor, a Rede D’Or São Luiz informou a celebração de contrato para aquisição de, pelo menos, 90,3% do capital social do Hospital Novo Atibaia, da AMHA Saúde e HNA Empreendimentos e Participações, sendo esta última a sociedade detentora dos imóveis onde o hospital exerce suas atividades, inclusive com terreno, permitindo futura expansão.

Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 28,50, -0,07%), Banco Bradesco (BBDC4, R$ 20,77, -1,28%), Banco do Brasil (BBAS3, R$ 29,47, +1,62%) e Santander Brasil (SANB11, R$ 36,51, +0,97%)

O Credit Suisse comentou o anúncio da divulgação do primeiro relatório focado em ESG do Banco Central do Brasil, que busca definir a agenda da instituição quanto a sustentabilidade, de uma forma integrada. Entre as metas estão a atualização e preparação das Políticas de Responsabilidade Social, Ambiental e Climática (PRSAC) pelas instituições financeiras reguladas, a regulação de anúncios por meio da criação de um relatório e a criação de outra linha de defesa em relação a impedimentos para contratar créditos rurais com base em questões ambientais, climáticas e sociais.

O Credit diz ver a iniciativa do Banco Central com bons olhos por institucionalizar a temática da ESG no Brasil e alinhar o sistema financeiro brasileiro às melhores práticas internacionais. Na avaliação do banco, as medidas ajudam a fortalecer a transparência sobre o tema e a identificar riscos ligados a ESG, em especial em relação ao clima. Também aumenta o escrutínio sobre empréstimos agrícolas, e adiciona impedimentos legais, dependendo do impacto social e ambiental. O Credit diz acreditar que os grandes bancos sob sua cobertura não devem ter dificuldades em aderir às exigências regulatórias.

(com Reuters e Estadão Conteúdo)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.