Black Friday: Americanas foca ‘em quem não quer esperar’ e investe em influencers e ‘live commerce’

Clientes buscaram primeiro uma TV nova e depois começaram a 'equipar' a casa; agora, cresce a compra de petiscos e bebidas na varejista

Lucas Sampaio

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Uma das maiores (e mais antigas) varejistas do país, a Americanas (AMER3), está focando no consumidor “que não quer esperar” no seu “esquenta” da Black Friday. Para alavancar as vendas, aposta em influenciadores digitais e no “live commerce”.

“O brasileiro tem um perfil muito especifico, que adora redes sociais, influenciadores e entretenimento”, afirma Marcelli Valle, gerente de branding da Americanas (o InfoMoney tem mostrado a estratégia das principais redes de varejo do Brasil — nacionais e estrangeiras — para a Black Friday).

“A Black Friday é o período mais importante para nós, então começamos cedo”, afirma Valle. “Começamos no dia 24 de outubro, com uma fase muito importante de ‘esquenta’, com antecipação de ofertas e ações especiais, focada no público que não quer esperar — ou que as compras já são uma necessidade”.

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A gerente de branding (marca) da Americanas diz que a televisão tem sido um dos produtos mais procurados pelos consumidores, devido à Copa do Mundo, e por isso a empresa começou uma campanha específica ainda em setembro, com o narrador Galvão Bueno, chamada “Haja televisão”.

Valle conta que os consumidores têm se comportado da forma como a empresa projetou que seria: primeiro buscaram uma TV nova, depois começaram a “equipar” a casa e, agora, o consumo de petiscos e bebidas já está aumentando. “É quase uma ‘timeline de comportamento’. Fizemos vários estudos e estamos vendo esse comportamento na prática”.

“Primeiro as pessoas se preocuparam com a TV, depois veio o consumo de eletroportáteis e itens domésticos, como chopeiras, itens que as pessoas compram para receber as visitas em casa. Agora o consumo de snacks e bebidas já está aumentando muito”, afirma a executiva.

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Influencers e ‘live commerce’

Valle diz que Galvão Bueno é o “principal asset” da Americanas, mas destaca outros famosos que fazem parte da campanha da Black Friday da marca, como as ex-BBBs Camilla de Lucas e Ana Clara, “que são pessoas ativas digitalmente”, e nomes como Felipe Neto e Gkay, “para ajudar a disseminar [a campanha] no digital”.

A estratégia da Americanas é “apostar muito no ‘live commerce’ (live shopping)” — em que as promoções são exibidas ao vivo no YouTube, em uma parceria com o Google (os mais velhos vão se lembrar do Shoptime, canal de TV a cabo muito famoso nos anos 90 e 2000).

A Americanas fez uma “super live” na sexta-feira passada (11), aproveitando o 11/11 (data importante para o varejo chinês, que a Americanas tenta emplacar aqui no Brasil também), e fará outra no dia 24, na véspera da Black Friday (no dia da estreia da seleção brasileira na Copa do Mundo).

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“Somos pioneiros no Brasil, nessa nova maneira de comprar. Em vez de a pessoa entrar no app, ela assiste à live que tem descontos e promoções especificas.  Já fazemos isso desde 2019 com o Google”, afirma a gerente de branding.

“Começamos com essa fase ‘esquenta’, passamos por um momento muito forte do 11/11, de ofertas antecipadas — tanto loja física quanto online — e depois vamos continuar até a Black Friday em si”, diz Valle. “Tudo o que vamos oferecer, nas duas lives, vai ser com base no que as pessoas querem comprar”.

Lucas Sampaio

Jornalista com 12 anos de experiência nos principais grupos de comunicação do Brasil (TV Globo, Folha, Estadão e Grupo Abril), em diversas funções (editor, repórter, produtor e redator) e editorias (economia, internacional, tecnologia, política e cidades). Graduado pela UFSC com intercâmbio na Universidade Nova de Lisboa.