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Segundo pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), quase metade dos brasileiros entrevistados nos 27 estados do país não utilizam tudo o que compram. E mais: 59% dos consumidores não tem condição de realizar a compra, mas adquirem mesmo assim por acharem que merecem. E você, sabe comprar corretamente?
Essa questão merece uma reflexão por sua complexidade. Não tenho dúvidas de que todos merecem o melhor, no entanto, obter um produto ou serviço apenas pelo fato de achar que merece pode ser autossabotagem e prejudicar seriamente a vida financeira da população.
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Se você faz parte da estatística, saiba que a causa desse problema é a falta de educação financeira. Desde pequenas, as pessoas apenas foram ensinadas a comprar e não a pensar e poupar antes de comprar. Alguns questionamentos básicos poderiam evitar esse tipo de comportamento, como por exemplo:
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– Necessito comprar o produto/serviço?
– Vou ter algum benefício que valha a pena o investimento?
– Preciso adquirir hoje ou posso deixar para outro mês?
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– Não estou comprando por carência, baixa autoestima ou influência de pessoas ou propagandas?
Além disso, é interessante buscar se educar quanto ao assunto, por meio de cursos, palestras e livros que abordam o tema. Com foco e força de vontade, é possível mudar os hábitos que se tem com relação ao uso do dinheiro, vivendo de forma mais consciente e sustentável financeiramente e garantindo um futuro mais tranquilo.
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Outra questão importante é a forma de pagamento. É sempre melhor pagar à vista, para obter descontos – que chegam a ser de até 20%, em alguns casos – e não comprometer o orçamento financeiro dos meses seguintes. Se não for possível, tenha certeza de que poderá pagar as parcelas em suas datas de vencimento, sem passar dificuldade. Procure também analisar se não há uma opção mais em conta do produto/serviço que se quer.
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Para finalizar, vou um pouco mais além, e digo que, para que a sociedade realmente mude seu pensamento de consumo exacerbado, a saída é inserir educação financeira nas escolas, do Ensino Infantil ao Médio, pois, dessa forma, as gerações futuras terão base para agir com responsabilidade e mudar esse triste quadro de impulsividade, endividamento e inadimplência.