Como pré-adolescentes devem lidar com mudanças em relação às finanças

Por  Reinaldo Domingos
info_outline

Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

A pré-adolescência é uma fase em que as mudanças – de todos os tipos – aparecem aos montes. Meninos e meninas entre 10 e 14 anos vão testando e se transformando até acharem seu espaço. A maioria dessas alterações finaliza de forma natural, mas um aspecto específico deve ser acompanhado e ensinado, para não causar problemas sérios em médio e longo prazo: como lidar com as finanças.

Isso aspira preocupação por conta da inexperiência no trato com o dinheiro e a constante exposição às publicidades, que incentivam um consumo impulsivo. E daí surge outro problema: como ainda não possuem idade para trabalhar e ganhar seu próprio dinheiro, muitos ganham mesada – e não conseguem se manter com esse valor – e outros pedem dinheiro constantemente aos pais, podendo causar um grande desequilíbrio no orçamento financeiro de toda a família.

Percebemos, assim, a importância do ensino da educação financeira, desde a fase infantil, para combater esse comportamento, que, sem acompanhamento, pode ser destrutivo. A prova disso são os altos índices de endividamento já entre os jovens que acabaram de entrar no mercado de trabalho, fazendo com que se forme uma geração de pessoas não conscientes e nada sustentáveis financeiramente.

Por isso, a educação financeira é o melhor caminho, promovendo um aprendizado eficaz sobre os hábitos corretos em relação ao uso e à administração dos recursos financeiros, inclusive alertando sobre a importância de já poupar para investir em uma previdência privada, garantindo que tenham uma aposentadoria tranquila.

A educação financeira também leva os jovens à reflexão sobre os seus sonhos, que são de extrema importância para ajudá-los a ter foco e saber se planejar. Milhares de escolas por todo o país possuem um programa de educação financeira, ensinando desde crianças do Ensino Infantil a jovens do Ensino Médio. Há diversos livros sobre o assunto voltados a essa faixa etária de pré-adolescentes e adolescentes, como o Ter dinheiro não tem segredo (Editora DSOP), de minha autoria.

Para se programar para a realização de objetivos, basta que eles tenham bem definido quais são, quanto custam e quando podem guardar por mês para essa finalidade. É importante que tenham mais de um, dividindo-os em curto, médio e longo prazos. Existem aplicativos que ajudam nesse processo de organização das finanças, que, na maioria das vezes, se tornam mais atraentes para essa faixa etária do que ficar anotando em papel ou planilha.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Na hora de guardar o dinheiro destinado à realização desses sonhos, os pais devem auxiliar, fazendo uma Poupança para eles, por exemplo. Essa ação conjunta (pais e filhos) é mais eficiente, pois um ajuda o outro. Os responsáveis também devem procurar se educar financeiramente, já que são o maior exemplo para os filhos, a partir de livros, palestras e cursos – alguns até online e gratuitos, como o oferecido pela DSOP (http://cursodeeducacaofinanceira.com.br/online-gratuito/) –, adquirindo esse conhecimento para sua própria vida e poderem, assim, auxiliá-los nesse processo.

Reinaldo Domingos Reinaldo Domingos é presidente da Abefin (Associação Brasileira de Educadores Financeiros), autor de vários livros e criador da Metodologia DSOP de Educação Financeira.

Compartilhe

Mais de Finanças em casa

Finanças em casa

Apenas 9% dos brasileiros conseguem pagar as despesas de início de ano

O ano já começou e para não comprometer as finanças logo em janeiro é preciso se planejar, mas diante da situação financeira atual do brasileiro, sabemos que não é simples. Prova disso é uma recente pesquisa divulgada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), apenas 9% dos brasileiros conseguem pagar as despesas de início de ano com o que recebem.
Finanças em casa

Mega-Sena da Virada ou investimento: o que é melhor?

Todo fim de ano a cena se repete: filas enormes para fazer aquela "fezinha" na Mega-Sena da Virada em todas as lotéricas do país. Neste ano, o prêmio é o maior da história, sendo R$ 280 milhões, e por isso muitos apostam também a esperança de resolver, de uma vez por todas, a vida financeira.
Finanças em casa

Saúde Física x Saúde Jurídica: a importância do equilíbrio

Sempre gosto de ponderar que é preciso haver um equilíbrio em tudo o que fazemos e com a nossa saúde não poderia ser diferente. Aprofundo mais essa questão em meu livro Empreender Vitorioso com Sonhos e Lucro em Primeiro Lugar, lançado no fim de Novembro. É imprescindível dar a mesma atenção à saúde física e jurídica. 
Finanças em casa

Planejamento é a chave para as contas de início de ano

Mesmo que a taxa de desemprego tenha diminuído para 11,9% no mês de setembro, ainda são 12,5 milhões de brasileiros sem trabalho de acordo com os últimos números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A falta de renda também se reflete no grande número de inadimplentes – cerca de 63 milhões, segundo dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), divulgados neste mês de novembro. Diante deste cenário preocupante, as contas típicas de início de ano das famílias, se não forem analisadas com cautela, podem causar um grande desequilíbrio no orçamento.
Finanças em casa

Conheça os caminhos para empreender de forma vitoriosa

Sabemos que a palavra “empreendedorismo“ sempre esteve muito ligada ao campo empresarial, mas ao longo do tempo percebi que o ato de empreender não se restringe apenas a isso, mas permeia todo o nosso cotidiano. É partindo deste entendimento que o meu novo livro Empreender Vitorioso com Sonhos e Lucro em Primeiro Lugar se desenvolve.
Finanças em casa

Pesquisa comprova: brasileiros ainda dependem do INSS

Quase metade dos brasileiros esperam depender apenas com os recursos da Previdência Social (INSS) para se manter na aposentadoria. É o que atesta uma pesquisa recente do Datafolha, encomendada pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima)
Finanças em casa

13º dos aposentados: caminhos para a melhor utilização

Aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) começam a receber a partir do dia 27 deste mês a primeira parcela do 13º salário, que corresponde a 50% do valor. Com esse dinheiro extra em mãos, muitos beneficiários podem se perguntar qual o melhor destino: quitar dívidas, consumir ou investir?
Finanças em casa

Maioria dos colaboradores brasileiros enfrentam dificuldades financeiras

Em pesquisa divulgada recentemente pela Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), em parceria com a Unicamp e o Instituto Axxus, revelou-se que apenas 16% dos colaboradores brasileiros são capacitados financeiramente. Já 84% dos entrevistados enfrentam dificuldades para lidar com o dinheiro, sofrem prejuízos ou não entendem de finanças.
Finanças em casa

Não deixe os juros dominarem a sua vida financeira

Nesta semana, uma pesquisa divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio), constatou que no ano passado as famílias brasileiras gastaram R$ 354,6 bilhões apenas com o pagamento de juros. Esse número corresponde a 10% da renda anual, superando os gastos com energia elétrica, planos de saúde e educação, por exemplo.