Varejo, saúde e shoppings operam entre maiores altas da bolsa, com queda dos juros futuros

Mercados repercutem inflação dentro do esperado nos EUA e criam contexto favorável para ações que vinham em baixa nos últimos tempos

Mitchel Diniz

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O Ibovespa aponta para um segundo dia consecutivo de alta e desta vez o índice está sendo puxado por ações que vinham operando em forte baixa nos últimos dias. Às 13h30 (horário de Brasília), as companhias dos setores de varejo, saúde e shopping centers se destacavam entre as altas.

Analistas explicam que a recuperação do varejo nesta quarta-feira (12) está relacionada ao indicador de inflação ao consumidor (CPI) nos Estados Unidos, semelhante ao nosso IPCA. O índice subiu 7%, na comparação anual, registrando sua maior alta desde 1982.

“O número veio em linha com o esperado, e só pelo fato de não ter vindo pior, começou a puxar as Bolsas lá fora, o que se refletiu por aqui também”, explica Anderson Meneses, CEO da Alkin Research. “O dado também contribuiu para que a gente não tenha inflação tão alta de importados”, complementa.

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O CPI conforme o esperado indica que o Banco Central dos Estados Unidos deve manter o cronograma sinalizado até agora para retirada de estímulos, como o encerramento de compra de títulos públicos e, principalmente, a alta de juros.

Portanto, após a divulgação do CPI, a Bolsa brasileira encontra impulso para subir numa perspectiva de inflação menor e, portanto, de aperto monetário menos rigoroso.

Assim, os contratos de juros futuros operavam em queda: DIF23, -0,14 p.p., a 11,89%; DIF25, -0,26 p.p., a 11,26%; DIF27, -0,25 p.p., a 11,20%; DIF29, -0,23 p.p., a 11,29%.

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Expectativa de juros menores no futuro, ajudam empresas de consumo, mais sensíveis a taxas mais elevadas.

Adicionalmente, pela manhã, a Multiplan (MULT3) divulgou sua prévia operacional, com vendas que ultrapassaram pela primeira vez o nível verificado em 2019 – período pré-pandemia no país.

Para o Credit Suisse, em relatório, a empresa apresentou uma melhora em todas as métricas operacionais, com vendas e aluguéis superando os níveis de 2019.

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“Em uma base relativa, o portfólio de alta qualidade da Multiplan deve continuar a resultar em resultados mais fortes do que os pares”, acrescentou.

Leia mais: Como ficam os shoppings com o aumento de casos de Covid e Influenza?

Ações em alta

Assim, destacavam-se entre as maiores altas no setor de varejo Lojas Renner (LREN3), que subia 6,32%, Grupo Soma (SOMA3) e Magazine Luiza (MGLU3), com altas acima de 4%.

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Entre os shoppings, as ações de Iguatemi (IGTI11) avançavam 6,45, Multiplan subiam 5,9% e BrMall (BRML3) registrava alta de 5,3%.

Por sua vez, Hapvida (HAPV3) e Notredame (GNDI3) avançavam, respectivamente, 6,2% e 5,4%.

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Mitchel Diniz

Repórter de Mercados