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SÃO PAULO – Em busca de uma rentabilidade maior, muitas pessoas têm procurado aplicações de renda fixa emitidas por banco menores, apoiadas na garantia do FGC (Fundo Garantidor de Créditos) para investimentos de até R$ 250 mil. Um leitor do InfoMoney perguntou por meio da plataforma Ganhe Mais se essa garantia é realmente confiável.
O assessor de investimentos Antônio Carlos Antunes da Silva, da RJ Investimentos, lembrou que o fundo é totalmente confiável desde que o investidor respeite as regras, como por exemplo não ultrapassar o limite de R$ 250 mil por CPF e instituição bancária. “É extremamente importante entender exatamente como funciona os critérios da proteção para montar uma carteira que esteja de fato toda protegida”, disse.
O FGC é administrado pelos próprios bancos, que contribuem com uma parcela de seus depósitos para compor o patrimônio do fundo. A ideia é dar tranquilidade aos investidores para aplicarem seu dinheiro sem o risco de precisarem travar uma batalha na Justiça para reaver as suas economias em caso de falência do banco.
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Desde 1996, mais de 4,167 milhões de clientes de bancos que quebraram foram beneficiados pelo sistema. A grande maioria pertencia ao extinto Bamerindus, que decretou falência em 1997 e possuía 3,9 milhões de clientes nas aplicações garantidas pelo FGC.
Em 2004, com a quebra do Banco Santos, 1.903 investidores possuíam investimentos nos produtos garantidos pelo fundo. Destes, 1.194 se enquadravam no limite do FGC na época, de R$ 20 mil. Em 2013, o Banco Cruzeiro do Sul teve a liquidação extrajudicial decretada pelo Banco Central e o fundo garantiu o pagamento de 1.731 clientes até o limite preestabelecido.
Em 2012, 7.440 clientes do Banco BVA foram pagos pelo FGC após a liquidação do banco. No ano seguinte, o fundo garantiu o pagamento de 2.341 clientes do Banco Rural. Em 2015, o fundo pagou 180 clientes do Banco BRJ (os pagamentos ainda estão sendo efetuados).
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Veja as principais regras do Fundo Garantidor
• Garante depósitos em conta corrente, caderneta de poupança, CDB, LCI, LCA, letras de câmbio, letras imobiliárias, letras hipotecárias e operações compromissadas
• A garantia do FGC é por instituição – e não por aplicação financeira. EX: Se você investir R$ 250.000 em CDB de um banco e mais R$ 250.000 em LCI da mesma instituição e ela quebrar, você só vai receber de volta R$ 250.000.
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• Nas contas conjuntas, o valor da garantia é limitado a R$ 250.000, dividido pelo número de titulares. Por exemplo: Em uma conta conjunta com dois titulares com um saldo de R$ 280 mil, o valor garantido é de R$ 250 mil (R$ 125 mil para cada titular). Os R$ 30 mil que excedem o limite não ficam protegidos.
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