Existem investimentos ideais para cada fase da vida?

Especialistas comentam os mitos ao redor da idade dos investidores e respondem: tudo depende

Lys Silva

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SÃO PAULO – É um pouco de senso comum acreditar que o investidor mais jovem é aquele que arrisca mais, possui abordagens de investimento mais arriscada e não teme as perdas por ter mais tempo de recuperá-las. Por outro lado, investidores mais velhos estão fadados à proteção de capital, com investimentos mais conservadores. Apesar de fazer sentido este tipo de pensamento, ele não pode ser levado como verdade absoluta.

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“Antes de ver a idade, é preciso trabalhar o perfil de risco do investidor. Existem jovens que não são ávidos por risco e pessoas mais velhas que gostam de se arriscar. Se um investidor jovem e iniciante possui pouco capital, ou está entrando em contato pela primeira vez, pode ser natural ele agir com cautela, enquanto um investidor que, hoje tem 60, 65 anos, mas investe na bolsa desde os 30, encare o fator como algo positivo e com o qual está acostumado”, explica o assessor de investimentos com CFP Antônio Carlos Antunes da Silva.

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Já para dar início ao planejamento financeiro e ao mundo dos investimentos, Flávio Mattedi, economista e assessor de investimentos da Valor Investimentos, é categórico: “De modo geral, entendo que quando mais cedo começar a investir, melhor. Mas penso que isso deve ocorrer quando a pessoa pode fazê-lo sem comprometer muito a sua qualidade de vida”. Ou seja, antes tarde, do que nunca.

Na hora de montar o portfólio de investimentos, os especialistas também acreditam que a idade é somente um, dentro de vários fatores. É preciso ter em mente que não existe a carteira perfeita, independente da sua idade, a carteira ideal será aquela que atender seus planos e ir de encontro com seu perfil”, indica Antônio. Flávio concorda. “A faixa etária é um fator importante a ser considerado ao montar uma carteira de investimentos. Mas a carteira perfeita também deve considerar outros fatores, como: necessidade de liquidez; objetivos e prazos dos investimentos e propensão ao risco que o investidor tem”.

Mas, uma discussão é sempre certa, a “rivalidade” entre renda fixa e variável. “Uma pessoa de 60 anos pode querer montar uma carteira de investimentos para pagar a faculdade de seu neto, 20 anos a frente. Nesse caso, pode-se avaliar a possibilidade de uma carteira de ações, NTN-B longa, ou mesmo uma previdência privada com benefício a ser concedido em parcelas mensais. Mas se esse mesmo investidor tiver como principal objetivo a preservação de capital para manutenção do padrão de vida, ele deverá considerar investimentos mais conservadores, e que lhe deem a possibilidade de resgate, quando necessário”, explica Matted.

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Por outro lado, um jovem de 25 anos que começa a trabalhar e poupar, até acumular um montante de R$ 50 mil para aplicar pode ter objetivos diferentes. “se o que esse jovem quer é comprar um automóvel em 6 meses, ou mesmo dar uma entrada para um imóvel em 12 meses, como pode tomar risco no mercado de ações, por exemplo? Nesse caso, deverá buscar investimentos em renda fixa. Agora imaginemos um jovem que já possuí imóvel e automóvel próprios, e que todo o investimento feito é para a sua aposentadoria. Nesse caso ele pode avaliar a possibilidade de montar uma carteira de investimentos mais arrojada”, indica Flávio

“O investidor precisa entender que a alocação de seus investimentos devem se ajustar conforme os estágios de vida que ele estiver passando. Se a dúvida é investir ou não em renda fixa, siga a regra básica, aplique a menor quantia nessa categoria no inicio e, conforme o tempo for passando adapte-se e vá aumentando. Lembre-se, sua idade pouco influencia seus investimentos, o que precisa ser considerado, antes de tudo, é seu perfil de investidor”, conclui Antônio.

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