Como os autônomos podem se preparar para a aposentadoria?

Especialistas indicam caminhos e opções para profissionais que não trabalham com carteira assinada

Lys Silva

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SÃO PAULO – O mercado de trabalho passa por uma crise no país. Nos últimos doze meses foram quase um milhão de vagas perdidas, fazendo com que os brasileiros procurem alternativas para não terem a renda drasticamente afetada.

Uma das saídas tem sido virar trabalhador autônomo, sem vínculo empregatício e com o comando das horas de trabalho em suas mãos. Dados do IBGE apontam que, em agosto, 19,8% da população ocupada se encaixou nessa modalidade, o maior volume desde dezembro de 2006, o que equivale a 4,5 milhões de trabalhadores. Em 2014, essa participação era de 19% e, em agosto, de 2013, de 17,9%.

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Assim como o trabalhador com carteira assinada, o autônomo precisa se programar para ter uma aposentadoria tranquila quando deixar de trabalhar. A assessora de investimento da Praisce Capital, Licelys Marques, afirma que o primeiro passo fazer o recolhimento de INSS para ter uma cobertura mínima por parte do governo. No entanto, como a aposentadoria social não é suficiente para garantir o padrão de vida da maioria das pessoas, é necessário investir uma parte dos ganhos mensais pensando na aposentadoria. “As opções de previdência privada e investimentos em Tesouro Direto, por exemplo, trazem segurança, rentabilidade e podem se tonar uma alternativa de renda extra”, diz Licelys.

Os autônomos muitas vezes possuem uma renda que varia mês a mês, o que dificulta o planejamento. Por isso, é importante definir quais são os custos fixos mensais da família e estipular uma quantia para investir. Se em algum mês a renda não for suficiente para fazer o investimento que você estipulou, é possível compensar investindo mais nos meses em que conseguiu acumular mais dinheiro com seu trabalho.

Outra dificuldade do autônomo é saber qual valor ele vai precisar acumular para poder se aposentar com tranquilidade. Para isso, identificar todos os gastos mensais por meio de um planejamento adequado também é fundamental. “Com essa definição é possível entender que tipo de aplicação (considerando seu patrimônio e as oscilações do mercado) você terá que fazer para chegar nesse valor”, diz Alexandre Faizibaioff, assessor de investimento Compromisso Investimentos. Licelys Marques concorda e lembra que o ideal é calcular um valor um pouco mais alto do que seu custo de vida atual. “Se hoje o custo de vida está em torno de R$ 5 mil, provavelmente será preciso ter em torno de R$ 6 a R$ 7 mil por mês quando a aposentadoria chegar e assim ter uma folga para as despesas médicas e outras que podem surgir. Muitos pensam que irão gastar menos nesta fase da vida, mas é o contrário. Os idosos estão cada vez mais ativos e é preciso estar preparado para os gastos”, afirma.   

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Após o primeiro identificar os gastos e ajustar o orçamento, é necessário avaliar as melhores opções de investimento para o longo prazo. “É preciso entender que não existe milagre. Se o objetivo é ter a mesma renda que agora quando se aposentar, vai ser preciso guardar e investir”, afirma Licelys. 

Segundo Faizibaioff,  o investidor deve ter ciência que a sua alocação de recursos vai mudar de acordo com o momento de vida. “Se o autônomo está numa fase em que pode arriscar, quando ainda é novo, não tem família para sustentar, ele pode optar por uma carteira um pouco mais arrojada já que é um dinheiro que ainda vai levar um bom tempo para ser usado”, diz.

Com o passar do tempo é preciso reavaliar a carteira com algum frequência e recalcular os pesos de cada aplicação – normalmente, as aplicações de renda variavel perdem espaço à medida que a aposentadoria fica mais próxima. “Ele pode mudar a carteira para algo mais conservador e  montar canal de retiradas mensais caso já queira parar de trabalhar. Nessa fase, bons produtos são fundos com liquidez e baixa volatilidade (DI, Renda Fixa e alguns multimercados), alguns papéis de renda fixa também cabem na carteira desde que tenham boa liquidez ou baixa carência. Acho válido também pensar em fundos imobiliários visando a renda mensal que eles podem proporcionar”, conclui.

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