Crise: “decisões extremas como tirar todo o dinheiro do país não funcionam”

Ter o direcionamento certo pode garantir melhores retornos em tempos conturbados

Lys Silva

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SÃO PAULO –  As crises econômicas costumam deixar as pessoas acuadas e com receio de fazer investimentos, com medo de perder dinheiro. Mas para Walter Mendes, economista e especialista em gestão da CEOlab, é justamente durante uma crise o investidor precisa dar um passo  firme em relação às suas aplicações. “Algumas orientações simples podem ser seguidas para tentar aproveitar os momentos críticos e possivelmente surfar nas ondas da crise com um mínimo de racionalidade”, indica.

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Tendo em mente que uma crise é sempre diferente da outra e que não há uma fórmula fixa para escapar ileso dela, Mendes pondera que a primeira atitude a se tomar é não se deixar levar pelo emocional. “Decisões extremas como tirar todo o dinheiro do país, investir tudo em dólar, comprar tudo em ações, entre outros contrassensos, são atitudes que só dão certo por acaso, quando alguém atira no que viu e acerta no que passou despercebido”, pondera.

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De acordo com o economista, as posturas que sempre devem ser tomadas durante uma crise são:

1- Designar a opção de investimento com maior liquidez possível: Pouca flexibilidade para mexer nos recursos não é boa ideia em momentos de crise que, por definição, apresentam um cenário de incerteza quanto ao futuro. Liberdade para alterar investimentos dependendo da sucessão de acontecimentos é essencial.

2- Preservação do capital deve ser uma prioridade: A taxa de retorno das aplicações deve se tornar algo secundário. Como um maior retorno de investimentos envolve assumir riscos, e eles são potencializados durante uma crise é melhor repensar essa estratégia que só pensa em alto retorno. 

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3- Vincular os investimentos em moeda estrangeira às suas despesas previstas: Se há uma previsão de fazer pagamentos em moeda estrangeira (como uma viagem ou curso no exterior, por exemplo) dentro de um prazo de 12 meses, calcule o valor total de gastos e compre a moeda, ou mesmo investa em um fundo mútuo de liquidez diária, que seja indexado ao dólar ou euro. Não deixe para investir apenas quando o preço estiver mais baixo, pois não é possível antecipar o caminho do câmbio.

Contudo, frente a um momento de crise é preciso pensar se existem ou não, além das opções mais seguras, oportunidades interessantes de investimento. Para o economista, existem sim. “São muitas chances, mas infelizmente só é possível avaliar adequadamente depois que a crise passa. A dificuldade está justamente em administrar os riscos e movimentações de forma racional e minimamente segura dentro do cenário nebuloso e de incertezas”, explica.

Para Mendes, uma saída para os mais jovens, por exemplo, é correr mais riscos ao investir em busca de um retorno maior no longo prazo, já que eles têm tempo hábil para recuperar uma eventual perda financeira.

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“Para estabelecer uma divisão entre os ativos de risco e os mais conservadores e calcular o percentual máximo de aplicações de maior risco na composição da carteira de investimentos, pode ser usada a seguinte regra: tome como base 80 anos menos a sua idade, dessa forma a diferença obtida será a proporção máxima de ativos de risco em sua carteira”, ensina.  Assim, se o investidor tem 20 anos, sua carteira poderia conter até 60% de ativos de risco, aos 40 anos, 40% e aos 60 anos, 20%.

Para quem prefere não arriscar, Mendes indica usar uma regra mais conservadora. Já que o Brasil tem historicamente uma alta taxa de juros real paga pelos títulos do governo de curto prazo, permitindo a existência de fundos com liquidez diária,  quanto maior a taxa de juros real paga pelo chamado ativo sem risco, menor deve ser a parcela de investimento em ativos de risco. “Essa é uma regra cuidadosa,  além de ser uma disciplina particularmente recomendável em países de economia historicamente menos estável, como a nossa”, conclui Walter Mendes.

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