Tesouro Direto: taxas de títulos públicos sobem na tarde desta quinta-feira

Investidores monitoram cenário externo e divulgação de dados de confiança do consumidor e inflação no ambiente doméstico

Mariana Zonta d'Ávila

(Shutterstock)

SÃO PAULO – As taxas dos títulos públicos negociados no Tesouro Direto, programa que possibilita a compra e venda de papéis por investidores pessoas físicas por meio da internet, apresentam alta na tarde desta quinta-feira (20), em meio a um ambiente externo mais conturbado.

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Na China, a apreensão com o coronavírus estimulou o banco central a reduzir a taxa de juros do país em 10 pontos-base, de 4,15% para 4,05% ao ano.

A notícia, que impulsionou o desempenho de algumas bolsas asiáticas, como a de Xangai, foi rapidamente ofuscada pela atualização da Comissão Nacional de Saúde chinesa, que informou a morte de mais 114 pessoas. Agora, o número de óbitos chega a 2.118 na China continental, enquanto o número de pacientes contaminados está em 74.576.

O sentimento dos mercados de aversão a risco ficou ainda maior com a confirmação da morte de dois passageiros contaminados no cruzeiro Diamond Princess, no Japão, e da primeira morte pelo vírus notificada na Coreia do Sul.

No Brasil, investidores seguem de olho no cenário externo e monitoram a divulgação de indicadores domésticos.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,22% em fevereiro na comparação mensal, em linha com a estimativa mediana em pesquisa Bloomberg. O resultado foi o menor para o mês desde o início do Plano Real, em 1994.

Já o índice de confiança do consumidor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) registrou queda de 2,6 pontos em fevereiro, para 87,8 pontos – o menor valor desde maio de 2019.

Em um momento de piora da confiança do consumidor, com um ritmo aquém do esperado da economia, o Banco Central anunciou a redução da alíquota do recolhimento do compulsório sobre depósitos a prazo de 31% para 25%, o que deve acarretar em uma liberação de R$ 49 bilhões a partir de março.

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No Tesouro Direto, o título prefixado com vencimento em 2023 pagava 5,26% ao ano, ante 5,23% a.a. na abertura do dia. O investidor podia aplicar uma quantia mínima de R$ 34,57 (recebendo uma rentabilidade proporcional à aplicação) ou adquirir o título integralmente por R$ 864,28.

O papel com juros semestrais e prazo em 2031, por sua vez, oferecia um prêmio anual de 6,71%, ante 6,62% a.a. anteriormente, enquanto o retorno do Tesouro Prefixado 2026 subia de 6,21% para 6,28% ao ano.

Entre os títulos com rendimento atrelado à inflação, a taxa avançava de 2,50% para 2,53% no Tesouro IPCA+2026, enquanto o papel com vencimento em 2035 pagava 3,22%, ante 3,19% a.a. mais cedo.

Confira, a seguir, os preços e as taxas dos títulos disponíveis no Tesouro Direto:

Fonte: Tesouro Direto

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Baixo risco, liquidez e acessibilidade

O Tesouro Direto é considerado a opção de investimento com o menor risco no Brasil e com ampla acessibilidade, dado o investimento mínimo a partir de R$ 30. Outra vantagem do programa diz respeito à liquidez, com a possibilidade de recompra diária dos títulos públicos pelo Tesouro.

O investidor pode aplicar em títulos públicos diretamente pelo site do Tesouro, se cadastrando primeiro no portal e abrindo uma conta em uma corretora, como a Rico Investimentos, por exemplo, para intermediar as transações. Atualmente, a maior parte das instituições financeiras habilitadas a operar no programa não cobra taxa de administração.

O único custo obrigatório que recai sobre o investimento em títulos públicos pelo Tesouro Direto corresponde à taxa de custódia, de 0,25% ao ano sobre o valor dos títulos, cobrada semestralmente no início dos meses de janeiro e de julho.

Entenda tudo sobre Tesouro Direto neste guia completo:

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