Tesouro Direto: taxas de títulos públicos sobem nesta quinta-feira

Investidores repercutiram dados de inflação nos EUA, decisão de política monetária na Europa e noticiário de Covid-19 no Brasil

Mariana Zonta d'Ávila

Imagem mostra notas de R$ 50 (Rmcarvalho/Getty Images)

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SÃO PAULO – Após dois dias operando próximos da estabilidade, os prêmios dos títulos públicos negociados via Tesouro Direto apresentavam alta nesta quinta-feira (10), com os investidores de olho em dados de inflação nos Estados Unidos.

O título indexado à inflação com vencimento em 2026 pagava nesta tarde uma taxa anual de 3,42%, contra 3,38% na quarta-feira (9). Da mesma forma, o prêmio pago pelo Tesouro IPCA+ 2035 subia de 4,04% para 4,08% ao ano.

Entre os títulos com retorno prefixado, o papel com vencimento em 2026 pagava uma taxa de 8,39% ao ano, ante 8,34% anteriormente, enquanto a taxa paga pelo Tesouro Prefixado com juros semestrais e prazo em 2031 avançava de 8,97% para 9,12% ao ano.

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Confira os preços e as taxas atualizadas de todos os títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto nesta quinta-feira (10):

Fonte: Tesouro Direto

Inflação nos EUA

Entre os destaques do dia, as atenções dos investidores estiveram voltadas para os dados de inflação nos Estados Unidos, em meio à discussão sobre uma possível redução das medidas de estímulos pelo Federal Reserve (o banco central americano).

Em maio, o índice de preços ao consumidor CPI subiu 0,6% em relação a abril, e 5% na base anual. O resultado veio acima do esperado pelos economistas consultados pela Refinitiv, de alta de 0,4% na comparação mensal, e de 4,7% ante maio de 2020.

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Há semanas, investidores vêm demonstrando preocupação com o risco de a inflação levar o Fed a reduzir o seu ritmo de compra de ativos, ou então, sinalizar uma alta na taxa de juros. Até o momento, contudo, a autoridade monetária dos EUA vem indicando que encara a aceleração da inflação como temporária, e que pretende manter as políticas vigentes.

Ainda no exterior, o Banco Central Europeu (BCE) decidiu nesta manhã manter as taxas de juros inalteradas e continuar a realizar suas compras de títulos emergenciais a um ritmo mais alto do que no início do ano, temendo que qualquer redução possa elevar com força os custos dos empréstimos e sufocar a recuperação.

Com a decisão desta quinta-feira, a taxa de depósito do BCE, seu referencial, permanece em -0,5%. Além disso, o BCE manteve sua orientação de que vai manter ou cortar os juros até que a inflação mostre convergência “robusta” para a meta.

Os mercados também acompanham hoje o encontro do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, com o presidente americano, Joe Biden, como preparação do encontro do G7 em Cornwall (Reino Unido), que se inicia na sexta-feira. O G7 é composto pelas sete economias mais industrializadas do mundo: Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido.

Biden deve anunciar a doação de 500 milhões de doses de vacinas da Pfizer para mais de 100 países. O G7 também pode combinar doação de mais de um bilhão de doses.

Ainda em destaque, China e EUA concordaram em avançar com ligações comerciais e de investimento durante conversa entre os ministros de comércio dos dois países, reforçando a perspectiva da retomada de relações mais próximas entre os países após a eleição de Biden.

Cena doméstica

Com uma agenda esvaziada de indicadores nesta quinta no Brasil, investidores monitoraram o noticiário de coronavírus no país.

Estava marcado para hoje o depoimento, na CPI da Covid no Senado, do governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC). Rosa Weber, ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou, contudo, Lima a não comparecer à CPI. Veja a repercussão aqui.

Ontem, falou à CPI Élcio Franco, ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde na gestão do general Eduardo Pazuello.

Franco disse que não houve interrupção nas tratativas com vacinas após o presidente Jair Bolsonaro lançar dúvidas sobre a eficácia do imunizante CoronaVac e ordenar publicamente em outubro que se cancelasse o acordo para a compra de 46 milhões de doses da vacina chinesa.

Ainda no radar das vacinas, o Ministério da Saúde voltou a reduzir, pela quinta vez, sua estimativa para a entrega de vacinas no mês de junho. Até a semana passada eram previstas 39,9 milhões de doses; agora, são 37,9 milhões

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