Taxas de títulos prefixados ofertados no Tesouro Direto recuam nesta segunda-feira

Mercados monitoram medidas de bancos centrais em resposta ao coronavírus; Focus corta projeção de alta para a Selic em 2021

Mariana Zonta d'Ávila

(Shutterstock)

SÃO PAULO – As taxas dos títulos públicos prefixados e negociados no Tesouro Direto, programa que possibilita a compra e venda de papéis por investidores pessoas físicas por meio da internet, apresentam queda na tarde desta segunda-feira (2), em meio a sinais de apoio de bancos centrais aos mercados ao redor do mundo, por conta do coronavírus.

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No Japão, o presidente do Banco Central afirmou que proverá “ampla liquidez” aos mercados para garantir a estabilidade financeira em meio ao surto da doença. Na Europa, o Banco da Inglaterra prometeu as medidas necessárias para garantir a estabilidade financeira e monetária, enquanto o o Eurogrupo marcou uma teleconferência dos ministros da Economia para quarta-feira (4) e deve anunciar medidas de emergência para os países afetados pela Covid-19. O Eurogrupo é um grupo informal que reúne os ministros das Finanças dos países da União Europeia.

Nos Estados Unidos, o presidente do Federal Reserve, o banco central americano, Jerome Powell, disse ainda na sexta-feira (28) que está monitorando a epidemia e que agirá de forma apropriada, se necessário.

No Brasil, com o aumento das preocupações em relação a uma desaceleração do crescimento global, a perspectiva de que a já fraca economia brasileira possa declinar ainda mais levou o mercado a ver menor espaço para um aumento da taxa básica de juros em 2021, com a previsão revista de 6,00% para 5,75% ao ano em dezembro.

Foi o que mostrou o relatório Focus divulgado pelo Banco Central nesta manhã. Para 2020, a estimativa se manteve em 4,25% ao ano, indicando a Selic estável nos próximos meses.

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No Tesouro Direto, o título prefixado com vencimento em 2023 pagava 4,94% ao ano, ante 4,99% ao ano na abertura do dia. O investidor podia aplicar uma quantia mínima de R$ 34,90 (recebendo uma rentabilidade proporcional à aplicação) ou adquirir o título integralmente por R$ 872,63.

O Tesouro Prefixado 2026, por sua vez, pagava 6,16% ao ano, ante 6,23% a.a. anteriormente, enquanto o retorno do papel com juros semestrais e vencimento em 2031 cedia de 6,81% para 6,74% ao ano.

Entre os títulos indexados à inflação, o movimento era o contrário, de alta. O título com vencimento em 2026 oferecia um prêmio anual de 2,53%, ante 2,49% ao ano mais cedo. Já o Tesouro IPCA+ com juros semestrais 2055 pagava 3,50% ao ano, ante 3,48% a.a. pela manhã.

Confira, a seguir, os preços e as taxas dos títulos disponíveis no Tesouro Direto:

Fonte: Tesouro Direto

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Baixo risco, liquidez e acessibilidade

O Tesouro Direto é considerado a opção de investimento com o menor risco no Brasil e com ampla acessibilidade, dado o investimento mínimo a partir de R$ 30. Outra vantagem do programa diz respeito à liquidez, com a possibilidade de recompra diária dos títulos públicos pelo Tesouro.

O investidor pode aplicar em títulos públicos diretamente pelo site do Tesouro, se cadastrando primeiro no portal e abrindo uma conta em uma corretora, como a Rico Investimentos, por exemplo, para intermediar as transações. Atualmente, a maior parte das instituições financeiras habilitadas a operar no programa não cobra taxa de administração.

O único custo obrigatório que recai sobre o investimento em títulos públicos pelo Tesouro Direto corresponde à taxa de custódia, de 0,25% ao ano sobre o valor dos títulos, cobrada semestralmente no início dos meses de janeiro e de julho.

Entenda tudo sobre Tesouro Direto neste guia completo:

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