Prêmios de títulos do Tesouro Direto têm queda na tarde desta terça-feira

Investidores monitoraram cena política e avanço da Covid-19 no Brasil; no exterior, dados da economia chinesa foram destaque

Mariana Zonta d'Ávila

Imagem mostra notas de R$ 50 (Rmcarvalho/Getty Images)

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SÃO PAULO – As taxas oferecidas pelos títulos públicos negociados via Tesouro Direto, programa do governo federal de compra e venda para pessoas físicas, apresentavam queda na tarde desta terça-feira (1).

O título prefixado com vencimento em 2023 pagava um prêmio anual de 5,00%, ante 5,17% ontem. A taxa paga pelo mesmo papel com prazo em 2026, por sua vez, recuava de 7,44% para 7,30% ao ano.

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Entre os papéis indexados à inflação, o com vencimento em 2026 pagava uma taxa anual de 2,86% nesta tarde, ante 2,99% a.a. no pregão anterior. Já o juro pago pelo Tesouro IPCA+ 2045 era de 3,98%, ante 4,10% a.a. anteriormente.

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos nesta terça-feira (1):

Fonte: Tesouro Direto

Cena doméstica

No noticiário político, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) afirmou que há votos para a reforma tributária mesmo sem apoio do governo. “O Brasil não cresce cortando despesa, a economia vai crescer se o ambiente de negócios melhorar”, disse Maia em entrevista ao portal UOL.

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Ele destacou que a proposta já tem aproximadamente 320 votos, incluindo os partidos de esquerda, mas ressaltou que, se o governo apoiar, a margem para aprovar o texto é muito maior. Segundo Maia, o relator da reforma, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), deve apresentar o parecer nesta semana à equipe econômica e aos líderes.

Os investidores monitoraram ainda a reclassificação na véspera de todas as regiões do estado de São Paulo para a fase amarela, em meio ao avanço do coronavírus. O anúncio foi realizado ontem pelo governador João Doria (PSDB), um dia após o fim das eleições municipais.

No campo econômico, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) melhorou suas projeções para a economia brasileira em 2020, mas previu que a retomada no ano que vem não será tão forte como antes se esperava.

De acordo com a organização, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro sofrerá uma contração de 6% este ano, menor que a de 6,5% prevista três meses atrás, e depois crescerá 2,6% em 2021, abaixo da alta de 3,6% projetada anteriormente.

As atenções recaíram ainda sobre a decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de antecipar a volta do sistema de bandeiras tarifárias, passando a valer a partir de hoje a “bandeira vermelha 2”, encarecendo a conta de luz e com potencial de pressionar a inflação.

Quadro internacional

No exterior, os mercados repercutiram os dados do Índice Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) industrial chinês, que subiu para 54,9 pontos em novembro, acima da mediana das expectativas dos economistas consultados pela Bloomberg, que apontava para 53,5 pontos.

Os resultados são os melhores desde novembro de 2010, e indicam que a economia chinesa está se recuperando a níveis pré-pandemia.

Nos Estados Unidos, o presidente eleito Joe Biden começou a montar sua equipe econômica, com a indicação da ex-presidente do Federal Reserve (o banco central norte-americano), Janet Yellen, para o comando do Tesouro dos EUA a partir do ano que vem.

Por lá, permanece a incerteza com relação a novos estímulos econômicos para minimizar os impactos da pandemia, que volta a registrar aumento no número de casos da doença.

Ontem, Jerome Powell, o presidente do Fed, afirmou que, apesar de as notícias sobre o desenvolvimento de vacinas trazerem uma perspectiva positiva no médio prazo, a projeção para os próximos meses é motivo de preocupação.

“As notícias recentes sobre vacinas são muito positivas a médio prazo. Por enquanto, permanecem desafios e incertezas significativas, incluindo tempo, produção, distribuição e eficácia em diferentes grupos. Continua difícil avaliar o tempo e o escopo das implicações econômicas desses desenvolvimentos com algum grau de confiança”, afirmou.

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