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IM responde: entre os investimentos isentos, como escolher entre LCIs, LCAs ou debêntures incentivadas?

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Mariana Segala

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SÃO PAULO – Investimentos isentos de Imposto de Renda costumam atrair os investidores – afinal, a rentabilidade obtida não sofre nenhum desconto. Por isso, muita gente dá preferência a eles quando está decidindo onde aplicar aquele dinheirinho que sobrou no fim do mês.

Existem algumas opções disponíveis no mercado, cada uma com características distintas. Mas quais são as melhores?

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Esse foi o tema da newsletter do InfoMoney Responde de sexta-feira (29), com a pergunta da Mara. Confira!

É melhor investir em letras de crédito (LCI ou LCA) ou em debêntures incentivadas?

Mara S.

Existem diferenças importantes entre esses dois tipos de investimentos, mesmo ambos sendo alternativas de renda fixa isentas de Imposto de Renda. Elas devem ser consideradas por quem está escolhendo entre uma alternativa ou outra – afinal, não há uma resposta única e definitiva sobre qual é a melhor.

As debêntures incentivadas são títulos de crédito emitidos por empresas que precisam levantar dinheiro para projetos específicos, voltados ao desenvolvimento da infraestrutura do país. Entre os setores prioritários estão logística, transporte, saneamento básico, energia, entre outros.

Também chamados de “debêntures de infraestrutura”, os papéis foram regulamentados pela lei 12.431, de 2011. Em 2021, até agosto (último dado disponível), as emissões totalizam quase R$ 29 bilhões, superando o volume de 2020 inteiro.

Na média, as debêntures incentivadas lançadas entre janeiro e agosto ofereciam uma remuneração de 5,5% ao ano, além da variação da inflação, medida pelo IPCA. O prazo de vencimento dos papéis é de cerca de 12 anos.

As letras de crédito – as imobiliárias (LCI) e as do agronegócio (LCA) – quem emite são os bancos. Ao comprá-las, o investidor “empresta” à instituição financeira, que usa o dinheiro para conceder crédito.

Guilherme Cadonhotto, gerente de renda fixa da Spiti, diz que ao investir em papéis de crédito privado – sejam LCIs, LCAs ou debêntures incentivadas – é importante se informar sobre a situação financeira do emissor. “O endividamento é alto? O caixa é baixo? O emissor consegue se financiar de forma saudável”, questiona.

Mas há aspectos específicos dos produtos que devem ser avaliados – os riscos, por exemplo. As letras de crédito são produtos bancários e possuem cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), espécie de “seguro” que devolve até R$ 250 mil por investidor caso o banco tenha problemas financeiros que acabem em uma intervenção do Banco Central, por exemplo. Nas debêntures incentivadas, não há esse benefício.

Outro ponto é a destinação dos recursos captados com esses produtos. O dinheiro levantado com LCIs e LCAs abastece os bancos com recursos para que concedam empréstimos relacionados aos segmentos imobiliário e agrícola. “É pulverizado”, diz George Sales, professor de finanças do Ibmec.

“É diferente das debêntures incentivadas, que captam milhões para fazer um único empreendimento”, explica Sales. O risco, portanto, tende a ser bem mais concentrado.

Além de avaliar o emissor em si, Cadonhotto sugere que a escolha entre letras de crédito ou debêntures incentivadas envolva a análise do tipo de remuneração oferecida – se é prefixada, atrelada à inflação ou pós-fixada, como um percentual do CDI. “O investidor deve avaliar o que faz mais sentido para sua carteira de renda fixa. Se ela é 100% pós-fixada, talvez seja interessante comprar um pouco de prefixado ou indexado à inflação”, diz.

Também é importante atentar à remuneração oferecida. “Hoje, existem diversos ativos sendo emitidos com uma taxa de remuneração inferior às taxas dos títulos publicos”, diz Cadonhotto. Quando estiver considerando investir em ativos de crédito privado, o investidor deve buscar remunerações superiores às dos títulos públicos com vencimentos equivalentes, afirma o especialista, já que o risco é maior.

Confira mais informações no guia completo do InfoMoney sobre as LCIs e LCAs. Você também encontra informações sobre as debêntures incentivadas no nosso guia de debêntures.

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Mariana Segala

Editora-executiva do InfoMoney