Ifix fecha sessão com ganhos de 0,25%; FII CARE11 é destaque de alta

O fundo Brazilian Graveyard and Death Care (CARE11) liderou a lista das maiores altas do pregão, com elevação de 4,68%.

Wellington Carvalho

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O IFIX – índice que reúne os fundos imobiliários mais negociados na B3 – fechou a sessão desta quarta-feira (10) com alta de 0,25%, aos 2.832 pontos. O fundo Brazilian Graveyard and Death Care (CARE11) liderou a lista das maiores altas do pregão, com elevação de 4,68%. Confira os demais destaques de hoje ao longo do Central de FIIs.

Em relatório da Guide Investimentos, Fernando Siqueira e Caio Ventura, analistas da corretora, listam os 20 fundos imobiliários que mais sentirão os efeitos da deflação de 0,68% apurada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em julho.

No documento, os especialistas confirmam que a queda da inflação no mês passado reduzirá a taxa de retorno com dividendos (dividend yield) de FIIs de “papel” – aqueles que investem em títulos de renda fixa atrelados a índices de preços e à taxa do CDI (certificado de depósito interbancário).

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“Isto não quer dizer que os dividendos serão zero ou negativos”, pondera Siqueira. “Além disso, é possível ver que alguns fundos irão sofrer mais do que outros”, pondera.

Entre os fundos que mais podem sofrer com a deflação de julho, aponta o relatório da Guide, estão o Kinea Índice de Preços (KNIP11) e o Kinea High Yield (KNHY11).

Ventura explica que boa parte dos dividendos pagos por esses FIIs são gerados por títulos indexados ao IPCA, tornando as carteiras mais sensíveis às variações do índice. A correlação entre o dividend yield da carteira e o indicador pode chegar a 90%, como no caso do Kinea Índice de Preços e do Kinea High Yield. Confira a lista completa:

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Maiores altas desta quarta-feira (10):

Ticker Nome Setor Variação (%)
CARE11 Brazilian Graveyard and Death Care Outros 4,68
RBRP11 RBR Properties Outros 3,32
HFOF11 Hedge Top FoF II FoF 3,15
KFOF11 Kinea FoF FoF 3,15
HGBS11 Hedge Brasil Shopping Shoppings 2,79

Maiores baixas desta quarta-feira (10):

Ticker Nome Setor Variação (%)
CVBI11 VBI CRI Títulos e Val. Mob. -2,65
DEVA11 Devant Títulos e Val. Mob. -2,11
TORD11 Tordesilhas EI Outros -2,06
VGIP11 VALORA IP Outros -1,98
RECR11 Rec Recebíveis Títulos e Val. Mob. -1,98

Fonte: B3

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Nova ação do FII Nossa Senhora de Lourdes contra a Rede D’Or; SPX SYN Multiestratégia contrata formador de mercado

Confira as últimas informações divulgadas por fundos imobiliários em fatos relevantes:

FII Nossa Senhora de Lourdes (NSLU11) cobra R$ 5,2 milhões da Rede D’Or, inquilina do fundo

FII Hospital Nossa Senhora de Lourdes iniciou nova ação judicial para cobrar R$ 5,2 milhões da Rede D’Or, locatária do fundo e administradora do hospital homônimo da carteira, localizado na zona sul de São Paulo.

O montante é resultado de processo anterior em que a Justiça determinou que a empresa revelasse o faturamento bruto do hospital entre agosto de 2016 e maio de 2017.

Pelo contrato, a locatária teria a obrigação de efetuar o pagamento do aluguel mensal fixo ou de um aluguel variável, que corresponderia a 8% do faturamento bruto mensal – e eventualmente maior do que o montante recebido pelo fundo nos últimos anos.

Em fato relevante divulgado nesta terça-feira (9), o FII Nossa Senhora de Lourdes explicou que o dispositivo no contrato não teria sido observado e o fundo deixou de receber R$ 5,2 milhões da Rede D’Or.

As duas partes – fundo e locatária – têm travado uma série de embates na Justiça nos últimos anos. Em uma delas, a carteira teve de devolver R$ 27 milhões que recebeu a mais do inquilino.

SPX SYN Multiestratégia (SPXS11) contrata Banco Fator como formador de mercado

O FII SPX SYN Multiestratégia anunciou a contratação do Banco Fator para a função de formador de mercado das cotas do fundo. O contrato tem prazo de até um ano com vigência mínima de três meses.

Reconhecido e autorizado pela B3, o formador de mercado tem como objetivo estimular a liquidez das cotas e evitar oscilações artificiais dos papéis.

De acordo com a gestão da carteira, a prestação de serviço do Banco Fator começa já nesta quarta-feira (10).

Considerado um fundo híbrido – que investe em imóveis, títulos ligados ao setor imobiliário e cotas de outros FIIs –, o SPX SYN Multiestratégia começou a ser negociado nesta terça-feira (9) na B3.

Dividendos hoje

Confira quais são os seis fundos que distribuem rendimentos nesta quarta-feira (10):

Ticker Fundo Rendimento
FIIB11 Industrial Do Brasil  R$        3,50
VERE11 Vereda  R$        2,11
EDFO11B Ed. Ourinvest  R$        1,68
CRFF11 Caixa Rio Bravo FoF II  R$        0,59
CXRI11 Caixa Rio Bravo FoF  R$        0,55
ELDO11B Eldorado  R$        0,49

Fonte: InfoMoney. Tickers com final diferente de 11 se referem aos recibos e direitos de subscrição dos fundos.

Giro Imobiliário: FIIs de “papel”: com deflação no IPCA de julho, é hora de comprar, vender ou manter os fundos de recebíveis?

Os fundos imobiliários de “papel” – focados no investimento em títulos de renda fixa atrelados a índices de inflação ou à taxa do CDI (certificado de depósito interbancário) – têm sido os queridinhos dos investidores do segmento nos últimos anos. A paixão por esses FIIs, porém, deu uma estremecida com a divulgação de deflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) em julho – e a possibilidade de corte nos turbinados dividendos das carteiras.

Considerados blindados da inflação e do avanço dos juros, justamente por comprarem títulos que acompanham a elevação desses indicadores, os fundos de “papel” ostentam uma valorização média de 27% nos últimos dois anos, de acordo com o Índice Teva de Fundos Imobiliários de Papel. No período, os fundos de “tijolo” – que investem diretamente em imóveis – caíram 2,3%. O Ifix, índice dos FIIs mais negociados na B3, recuou 3,21%.

Mas foram os dividendos crescentes dos fundos de “papel” que realmente conquistaram os investidores. Na lista dos dez maiores pagadores do ano – até o mês de julho – nove eram FIIs que investem em títulos como certificados de recebíveis imobiliários (CRI).

A explicação para os ganhos desses FIIs é exatamente a elevação da a Selic – que saiu de 2% em janeiro de 2021 para os atuais 13,75% – e o aumento de índices como o IPCA, que acumulava 11,89% nos 12 meses encerrados em junho. Ocorre que a maré virou. Em julho, o registrou uma deflação de 0,68%, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o resultado mais baixo em toda a série histórica do indicador.

Se os fundos de “papel” – ou de fundos de CRI, como também são conhecidos – surfaram com a alta dos indicadores, o que acontecerá com eles agora que os preços estão caindo? De acordo com analistas ouvidos pelo InfoMoney, a tomada de decisão do investidor dependerá da sua estratégia e do perfil do fundo que possui na carteira.

Além disso, eles lembram que o cenário de deflação é pontual e não deve ser encarado como o fim da linha para os FIIs de “papel”.

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Wellington Carvalho

Repórter de fundos imobiliários do InfoMoney. Acompanha as principais informações que influenciam no desempenho dos FIIs e do índice Ifix.